Lu Big Queen – Foto: Vanderlei Yui
A Cia. Sacana, composta majoritariamente por jovens artistas pretas que desenvolvem projetos artísticos e socioculturais, celebra a Semana da Dança com uma série de oficinas programadas entre os dias 26 e 30 de abril. Completamente gratuita e online, com transmissões realizadas pelo Facebook dos Centros Culturais Grajaú, Santo Amaro, Vila Formosa e CRD – Centro de Referência da Dança, a agenda aposta em uma programação diversa que objetiva a expansão da consciência corporal e o entendimento de novas formas de dança.
Abrindo a programação, Bruno Coelho traz – na segunda-feira (26.04), – “ARA AMO – MOLDE DO CORPO”. A atividade propõe investigações de movimentos ligados aos Itans (histórias dos orixás), seus elementos da natureza e as qualidades de movimento que cada um expressa em manifestações nos terreiros de Candomblé.
Na terça-feira (27.04), “DESARRANJO CORPORAL”, com Ricardo Januário, é uma aula pensada para investigar novos gestos, se apropriando do espreguiçar, acolher, contrair e aquecer. Essa é para todos que querem se colocar em fluxo, gerando autonomia e agilidade corporal a partir de suas próprias condições físicas e mentais.
Já na quarta-feira (28.04), Tatiane Martins conduz os trabalhos “BRINCANDO DE DANÇAR”. Direcionada para crianças, a oficina aborda procedimentos que estimulam o equilíbrio, a apropriação, percepção e exploração do esquema corporal por meio de atividades lúdicas e simbólicas, despertando o ritmo, a musicalidade, noções de tempo, espaço, planos e direções.
Quinta-feira (29.04), é a vez de Tata Nzinga com “CORPO TRANSCENDENTAL”, uma oficina que oferece desafios propostos por novas formas de se movimentar, trazendo como base algumas das danças negras contemporâneas africanas e diáspora: kuduro, ragga, dança dos orixás, samba e o ijexá.
Fechando a temporada, Lu Big Queen mostra “DESCOLONIZAÇÃO DE CORPAS PRETAS Y GORDAS”. Guiada por jogos, sequências coreográficas e experimentações, dança e moda se conectam.
“Essas artistas, cada uma em sua pesquisa, possuem um conhecimento ancestral que deve ser transmitido das mais diversas formas, no entanto a única opção nesse momento é a conectividade através das câmeras de computadores, assim podemos levar para dentro da casa das pessoas como a Cia. Sacanadesenvolve as criações, a partir da experiência colaborativa”, ressalta Micall.
Projeto é uma realização da 1ª Edição de Apoio à Cultura Negra do Município de São Paulo.