Raphael Masi foi um adolescente apaixonado por skate e anda um pouco até os dias de hoje. Pelas ruas de São Paulo, mais precisamente no centro da cidade, se encontrava para andar com os amigos. O local, berço do graffiti, despertou no jovem o interesse pelo movimento da arte urbana.
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“Vendo aquelas referências nos muros e nos prédios, me fez iniciar um processo de desenho nos cadernos. Chegava em casa e queria recriar aquilo de alguma forma”, relembra Masi.
A partir dali, ele começou a personalizar tudo que era seu: parede do quarto, o próprio skate, as roupas. A intenção era que as pessoas vissem que ele havia feito aquilo. “Acho que por isso minhas referências são muitas do universo da moda também! Até crescer e ir estudar algo que achei que usaria essa minha criatividade, me formei em publicidade e propaganda e artes visuais”, completa o artista.
A personalização passou a chamar atenção de amigos e conhecidos que o indicaram para trabalhos em collabs com marcas da cena street wear brasileira e fotógrafos também em ascensão. Assim, lançou sua primeira coleção.
“Hoje já não digo que sou grafiteiro, acho que o que produzo já é fruto de um estudo mais refinado da história da arte, mas uso o que aprendi na época, referências como as latas e os canetões de tinta.”
Do trabalho com as marcas para as telas. Masi criou uma identidade própria com texturas abstratas e sobreposições geométricas singulares para elaboração de cada peça. Em meio aos pedidos de encomenda que não paravam de chegar, um telefonema rendeu um convite muito especial. O jovem foi convidado a expor sua obra na Casa Expo – Oscar Freire e foi um sucesso.
Atualmente, as obras de Masi estão em cartaz no salão do Hotel Hilton em São Paulo e o jovem artista não esconde a empolgação pelos elogios e espaços que desejam apresentar o seu trabalho.
“É animador! Escutar que sou uma ‘promessa’ para um cenário que levei tanto tempo para entender, estudei bastante, não dá para negar. Mas ver um reconhecimento naquilo que fazia por diversão no quarto, simplesmente por querer me expressar de alguma forma, tomando proporções dessas, inspira a querer ir muito além, sou novo então ainda tenho muito mais para mostrar”, diz o artista.