Cultura

“Mostra Museu: Arte na Quarentena” traz eixo de música centrado em artistas brasileiros

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Jup do Bairro – Foto: Felipa Damasco e Cai Ramalho

Música e artes visuais se fundem na “Mostra Museu: Arte na Quarentena”, projeto encabeçado pela Amarello Projetos Integrados que propõe reflexões sobre as produções artísticas realizadas ao longo da pandemia. O eixo de música, que tem curadoria do jornalista, diretor e roteirista Pedro Henrique França, reúne criações de cerca de 20 nomes da música brasileira, são canções e videoclipes que estão disponíveis na plataforma da Mostra Museu.

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As músicas e videoclipes dos artistas curados por França estarão disponíveis na plataforma www.mostramuseu.com por meio de playlists temáticas e também serão disponibilizadas via QR Code nos mobiliários urbanos que receberem as obras de arte selecionadas pelo núcleo de Artes Visuais da Mostra. Além disso, mostra está promovendo o Arte, Papo e Palinha, um ciclo de conversas com artistas pelo Instagram (@ mostramuseu), que ficarão disponíveis para o público no IGTV. A próxima participante, Jup do Bairro, conversa com o curado França no dia 8 de abril, quinta-feira, às 18h .

As playlists disponíveis no site estão divididas pelas categorias Lado A: Agora Presente, e Lado B: Olhar no Futuro. A primeira está focada em artistas consagrados que se reinventaram durante a pandemia, como Majur, Letrux, Criolo, Emicida, Gal Costa e Gaby Amarantos, que lançou recentemente a canção “Vênus em Escorpião”, com Urias e Ney Matogrosso, entre outros. Já a segunda está centrada em novos talentos, como, Zé Manoel, Dulcineia, Marina Sena e Kaike, cantor mineiro de 14 anos, que foi revelado à internet pela cantora Duda Beat. “A cultura, mais uma vez, nos ajudou a sobreviver, enquanto os artistas provedores de nossas alegrias se reinventavam em seus silêncios, sem nunca parar”, se lembra França.

Yan Cloud – Foto: Mariana Ayumi

Dentre os destaques da seleção musical figuram também Numa Ciro, artista que lançou o primeiro álbum aos 70 anos; Yan Cloud, que discute em suas letras as vivências do jovem negro periférico; e Kunumi MC, rapper indígena que canta a força da natureza e dos povos originários. “O recorte curatorial revela o exercício de criatividade feito pelos artistas neste período de tantas dificuldades”, afirma França.

O curador se lembra ainda de exemplos como o de Letrux (Letícia Novaes), que havia lançado o álbum “Aos Prantos” uma semana antes do início da pandemia. Após suspender toda a agenda presencial de lançamentos, a artista fez lives compartilhando as novas músicas com o público e também lançou o EP “Prantos Pandêmicos”, composto por algumas das faixas do disco rearranjadas pelos integrantes da banda. Além das músicas, foram ainda gravados videoclipes para todas as faixas dirigidos pela própria Letrux.

O rapper Baco Exu do Blues adiou o lançamento de um disco finalizado e lançou o EP “Não tem Bacanal na Quarentena”, gravado em apenas três dias e com composições completamente afinadas com o momento presente. Jup do Bairro, que participa do próximo Arte, Papo e Palinha, lançou o aguardado álbum-manifesto “Corpo Sem Juízo”, em que discute temas como sexualidade, gênero e a vida real da periferia. Já Emicida lançou o documentário “AmarElo – É Tudo Pra Ontem”, cujo subtítulo também nomeou um single lançado na sequência com participação de Gilberto Gil.

Gaby Amarantos – Foto: Rodolfo Magalhães

Segundo Chiara Paim Battistoni, idealizadora do projeto, a Mostra Museu incorpora a tecnologia como dispositivo a serviço da troca entre público, obra e artista, aspecto que reforça o pioneirismo do projeto e seu amplo alcance, potencializado pelo recorte internacional. “Se por um lado toda a situação que estamos vivendo escancarou também nossas fragilidades, por outro, evidenciou saídas coletivas e fortaleceu uma rede de solidariedade e empatia, essenciais para alcançá-las”, afirma.

A “Mostra Museu:Arte na Quarentena” é uma iniciativa da Amarello Projetos Integrados que une arte, música e tecnologia em diferentes formatos e apresenta obras de artistas de nacionalidades diversas. O núcleo de artes visuais será responsável por uma seleção de obras artísticas com curadoria de Ana Carolina Ralston e The Covid Art Museum (CAM) – museu digital criado no início da pandemia, na Espanha, por Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrer.

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