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Festival Pangeia lança música de James Bantu

James Bantu – Foto: Thamara Lage

Idealizado para fomentar artistas da periferia e expandir as fronteiras regionais, a 3ª Edição do Festival Cultural Pangeia, com o tema “Conexão Américas e África”, promove uma parceria com o cantor James Bantu, com a gravação da música e a produção do videoclipe de “Vou Pelos Becos”, uma referência das quebradas da zona sul de São Paulo. A música já está nas principais plataformas de streaming, ouça aqui. 

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Bantu é um artista com forte ligação com suas raízes, sua comunidade e as pessoas que lá convive. Ele criou a música observando as “tretas” e as movimentações que aconteciam no beco da casa de sua mãe, localizado no bairro da Vila Missionária, Zona Sul de São Paulo, na época em que morava com ela. 

“Eu fiz a música inspirado em minha experiência enquanto jovem preto periférico, que habita e reconhece a vida em um território tido como marginal. Cresci atravessando becos e vielas, sabendo que vidas pretas moram, vivem e sobrevivem nesses espaços que formam encruzilhadas que cruzam nosso cotidiano e são lidos ou retratados como laboratórios de pesquisa acadêmica. Ver as pessoas que vivem e passam por esses becos, trabalhando nessa construção mexeu comigo. É a concretização do que imaginava”, conta.

“Procurei a música nas plataformas digitais e não a encontrei. Foi quando soube que ela não tinha sido gravada e somente apresentada nos shows, nesse momento surgiu a ideia de fazer uma gravação profissional. Fui dormir com a letra na cabeça e comecei a sonhar com as cenas de cada passagem, quando acordei liguei para o James e disse: Vamos fazer um videoclipe?”, conta Priscila Magalhães, produtora do festival e diretora do filme.

Parceira do festival, desde a primeira edição do FIC Pangeia (Festival Internacional de Curtas Pangeia), o selo musical Play Lab foi responsável pela produção. André Minnassian, produtor executivo, abraçou o projeto assim que ouviu a música e assumiu a direção musical.

“Nesse processo realizamos diversas reuniões para que eu pudesse traduzir o sentimento que ele coloca na composição. Então, todo o processo criativo foi tocado remotamente com compartilhamento de ideias ao longo do trabalho, para, finalmente gravar de forma presencial. O James é dono de uma poesia muito forte. Me senti realizado em poder trabalhar com ele e fazer parte de um projeto, no qual a qualidade artística e a dedicação das pessoas são mais importantes do que o investimento financeiro,” diz André.

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