Jup do Bairro – Foto: Sérgio Fernandes
Repetindo a dose de autenticidade e frescor do ineditismo, neste ano o Festival Afromusic #2 realiza sua segunda edição com shows de artistas e bandas pretas que estão alavancando a nova cena independente, além de uma série de entrevistas que irão refletir sobre temas ligados à música e sociedade. Totalmente gravada no Teatro de Contêiner, no centro de São Paulo, as atrações vão ao ar nos dias 09, 10 e 11 de abril, sempre a partir das 19h, no canal do YouTube Universo Afromusic.
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Show Ilu Inã – Foto: Sérgio Fernandes
Viajando pelos ritmos tradicionais, contemporâneos e futuristas, Jup do Bairro, Gê de Lima, Izzy Gordon, Renato Gama, Biel Lima e Fabriccio são alguns dos convidados que destacaram repertório autoral em suas próprias linguagens. O grupo Mental Abstrato, por sua vez, realiza um feat inédito com a rapper baiana Mana Bella, que nesta versão funde suas rimas aos beats e células rítmicas consagradas do jazz atual. Já a Banda Nova Malandragem, que celebra o samba-rock clássico em composições instrumentais, convida o ilustre e experiente trompetista Walmir Gil.
Mental Abstrato feat Manna Bella -Foto: Sérgio Fernandes
Fechando a agenda, Ballet Afro Koteban faz um resgate ancestral com o espetáculo que mescla som e dança a partir de uma pesquisa aprofundada da cultura Malinkê, do oeste da África. E, no ano em que o carnaval foi cancelado em todo o país, em virtude da pandemia de Covid-19, o Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã, acostumado às ruas de São Paulo, oferece ao público seu novo “MacumBrass”.
Emparelhado aos shows, compõem a programação 10 pílulas de conteúdo sobre a construção do DNA musical afro-brasileiro. Nomes como o do multiartista Salloma Salomão, da pesquisadora Danielle Almeida, dos cantores e compositores Marina Afares e Aloysio Letra estão confirmados. A deputada Erica Malunguinho abre o festival discorrendo sobre o tema que orientou a construção desta edição: “Música tem Cor”.
Show Izzy Gordon – Foto: Sérgio Fernandes
“Estamos no país mais preto fora da África e é fato que a população preta e originária do Brasil inscreveu expressões vitais em nossa identidade até os dias atuais”, reflete Hever Alvz, idealizador e curador do festival. “O Afromusic #2 é um convite para conhecer um universo que enaltece a música preta brasileira e mostra com quantos tons é feito um encontro que fortalece a herança e a imensa criatividade do povo preto”, complementa.
Totalmente online e gratuita, essa é uma iniciativa para romper com as fronteiras da cidade e brindar o público com a arte que, mais do que nunca, tem sido um alento frente ao conturbado contexto de isolamento social.
Renato Gama – Foto: Sérgio Fernandes
Assinando o registro e a montagem audiovisual, Joyce Prado, da Oxalá Filmes. A apresentação é da jornalista Nayara de Deus. A realização fica a cargo do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Do começo ao fim, o Festival Afromusic #2 é uma expressão fundamental a favor da vida e da cultura da população afro-brasileira.