Top

UP Time Art Gallery oferece mostra online até 29 de março

Obra “Inca Vibes”, da artista Carol Poci – Foto: Divulgação

Amantes de arte e admiradores da força feminina podem apreciar a exposição 3D “Empoderamento Feminino” promovida pela UP Time Art Gallery, galeria de arte itinerante que reúne artistas do Brasil e de países da Europa para disseminar o que há de melhor da arte contemporânea. A exibição, 100% online, busca homenagear a luta feminina no mês da mulher, enquanto oferece a possibilidade de todas as pessoas, em qualquer canto do mundo, consumirem arte e conhecerem novos artistas, de diferentes nacionalidades, do cenário da arte independente, por meio de obras visuais que retratam o feminino como protagonista, exaltando o poder e a beleza das mulheres.

SIGA O RG NO INSTAGRAM

“Exposições de arte com mulheres são frequentes, mas esta é diferente. Além da presença de artistas do sexo feminino, participam, igualmente, os homens. Para nós, seria um contrassenso criticar a exclusão praticando a mesma. O fim do desequilíbrio de nossa sociedade patriarcal não passa só pelo despertar das mulheres. É uma tarefa de todos e qualquer caminho em busca dessa justiça precisa passar pela conscientização dos homens e no reconhecimento de que é preciso mudar, desarmar e se unir para construir um mundo onde absolutamente ninguém seja discriminado pelo gênero, crença ou pela cor de sua pele”, conta Marisa Melo, fundadora da UP Time Art Gallery e curadora artística que selecionou os 27 artistas que fazem parte da exposição coletiva.

Disponível até 29 de março, a exposição pode ser vista no site da galeria de arte itinerante, junto a depoimentos dos artistas, de ambos os sexos, sobre a importância do mês que marca luta, desafios e conquistas que, apesar de avançadas, ainda estão longe de acabar. Veja, abaixo, alguns deles:

Adélia Clavien

“Despertar a consciência de que todos, independente de gênero, somos parte desse esforço por direitos e oportunidades. O que move essa jornada é o amor. É possível lutar sem deixar de lado a sensibilidade e a elegância”.

Versatilidade é o que encontramos em Adélia, artista visual nascida em Portugal e radicada na Suíça. Aos 18 anos, planejou com sua irmã uma volta ao mundo, que foi interrompida quando conheceu esse país que conquistou o seu coração e que, hoje, mora há mais de 40 anos. Embora desde cedo fosse fascinada pela arte, Adélia tem se dedicado, por muitos anos, à ciência da computação. Para alguém que fala vários idiomas e toca vários instrumentos musicais, seria impossível limitar essa pluralidade. Atualmente, Adélia tem dedicado tempo, devido ao seu lado artístico, à música, dança e fotografia, além, é claro, da pintura, onde passou pelo Abstrato e, atualmente, navega pelo Figurativo, no que pode ser chamado de Neorrealismo Pop ou Pop Art.

Juliana Carvalho

“Numa sociedade que lucra com a nossa insegurança, gostar de si mesma é um ato de rebeldia.”

Com a vontade de encontrar novas linguagens, a escultora se encantou por texturas e camadas. A partir disso, começou sua relação com a pintura, o que fez ser natural que em suas telas tenham, além da mensagem visual, um apelo ao tato. É como a artista realiza o encontro dos dois mundos, criando obras que são quase esculturas em tinta. No trabalho de Juliana, é possível fazer um paralelo com a arte psicodélica. Suas fotografias proporcionam uma experiência sensorial de exploração e percepção de aspectos inusitados, dando realce a uma exuberância criativa.

Escultura “Igualdade de Gênero”, do artista Luiz Campoy – Foto: Divugação

Luiz Campoy

“Trabalhe sempre sua autoconfiança, fortalecendo e capacitando o seu crescer, com objetivo e foco para seguir seus sonhos. Isso faz uma mulher ‘empoderada’, com o domínio de sua própria vida.”

Campoy é escultor e engenheiro civil. O seu conhecimento da resistência dos materiais e da mecânica dos fluidos lhe deu desenvoltura para conceber formas e estruturas. Em sua vida, a arte, que chegou como hobby, lhe deu novos elementos de expressão para canalizar o que ele sempre soube captar do cotidiano ao seu redor. Sua criatividade faz com que peças de “ferro velho”, jogadas e esquecidas, sejam recriadas, ganhando novos significados e cumprindo o propósito de despertar e intrigar.

Obra “Frida em Azul”, da artista Andrea Mariano – Foto: Divulgação

Andrea Mariano

“Por trás de toda mulher bem-sucedida existe ela mesma!”

Os desenhos realistas de Andrea capturam o olhar, de modo a deixar o observador em dúvida se o que vê é foto ou desenho. Em seus retratos, com uma técnica bem desenvolvida, ela consegue transmitir as emoções e os sentimentos do retratado, sem alterar a naturalidade da imagem. Autodidata, a artista nasceu na Paraíba, estado no nordeste do Brasil. Com cinco anos, já reproduzia e ampliava imagens de gibis. O amor pela arte levou ao profissionalismo e as redes sociais facilitaram a divulgação. Suas pinturas em tela já foram apresentadas em exposições em seu estado natal e seus desenhos realistas, em papel, lápis de cor, grafite e em tela, ganharam projeção internacional.

Philippe Seigle

“Ao lado de um grande homem, há sempre uma grande mulher. O contrário também deveria ser dito: ‘Ao lado de uma grande mulher, há sempre um grande homem’, porque, na ordem dos fatores, o homem não precisa ser o centro.”

Seigle é um globetrotter das artes. O francês, viajou a vida toda com o pai, que era diplomata na França e, depois, através da hotelaria e da arte, suas duas profissões. Cidadão do mundo, hoje residente de Málaga, na Espanha, já morou em mais de 20 países e visitou mais de 70, apresentando sua obra e incorporando a seu imaginário elementos das mais variadas culturas. Essas influências resultam em um estilo que se caracteriza pelo exotismo e por cores vibrantes. Um estilo inconfundível, em um jogo de equilíbrio entre o Figurativo e o Abstrato. Seigle também já morou no Brasil e foi nomeado Embaixador do Turismo no Rio de Janeiro, pelo seu destaque no trabalho de valorização da cultura e seu amor pelo país tropical, que é uma das maiores inspirações para seus quadros.

Mais de Cultura