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Almério grava “Brasil”, de Cazuza, com participação de Ney Matogrosso

Ney Matogrosso e Almério – Foto: Divulgação

Em 2021, Cazuza completaria 63 anos. Mais atual do que nunca, a obra do compositor carioca é o norte do novo projeto de Almério. O artista pernambucano encarou com vigor e personalidade o desafio de mergulhar na poesia urgente, romântica e visceral de Cazuza, no álbum que vai se chamar “Tudo é amor“, que será lançado em maio pela Biscoito Fino.

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O primeiro single do novo álbum de Almério, a emblemática “Brasil”, abre os trabalhos e ganha as plataformas digitais no dia 4 de abril, celebrando o aniversário de Cazuza, com direito a participação especialíssima de Ney Matogrosso.

“Em julho de 2020, começo da pandemia, recebi uma ligação de Ione Costa, do Rio de Janeiro, me perguntando se eu sabia cantar “O Tempo Não Para“, de Cazuza. Respondi que sim, que cantei essa canção a vida inteira nas noites de barzinho em Caruaru, capital do agreste de Pernambuco. Perguntei se ela queria que eu cantasse essa canção, que eu sabia de frente pra trás, de trás pra frente, e ela respondeu: – Não! Eu quero um disco de Almério cantando Cazuza”, conta Almério.

Idealizadora do projeto, agora prestes a ser lançado, Ione o propôs à gravadora Biscoito Fino, que encampou a ideia e sugeriu o nome de Marcus Preto para produzi-lo.

Almério e Ney Matogrosso – Foto: Divulgação

“Marcus nos sugeriu Pupillo como diretor musical, para que o disco tivesse essa pegada pernambucânica “pop rock mangue agreste”, que é como eu penso, sinto e canto Cazuza. Meu maior desafio, depois de quase 4 meses de pesquisa, laboratórios, de mergulhar na obra e nas canções dele, foi encontrar um jeito próprio de cantar e interpretar o repertório que selecionamos juntos – eu, Preto, Ione e André Brasileiro, meu produtor e empresário”, pontua Almério.

Lançada originalmente no álbum Ideologia, “Brasil” reverbera ainda mais nos dias sombrios que vivemos, 33 anos depois de escrita, como comenta Matogrosso: “Fico impressionado com a atualidade do pensamento do Cazuza, não somente em Brasil; outras músicas que estão no disco do Almério também mantém a atualidade”.

Matogrosso foi convidado para gravar em dueto com o cantor pernambucano, que já conhecia há algum tempo: “Foi fácil ajustar as nossas vozes e tonalidades. A gravação ficou muito boa”, avaliza, com a propriedade de quem conhece como poucos o universo do homenageado.

Para Almério, “Cantar ‘Brasil’ já é um mar de desafios, por muitos motivos. Eu precisava de uma voz poderosa e luminosa como a do Planeta Ney, que foi de uma generosidade e beleza de emocionar o mundo. Dois rios de gerações cantando ‘Brasil mostra a tua cara’ nessa conjuntura atual, é hastear a bandeira da esperança e da luta em cada Brasileira e Brasileiro”, conclui.

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