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Theo Bial lança o EP “Pra Sonhar”

Theo Bial – Foto: Joaquim Lima

“Pra sonhar, sem despencar, sobrevoar…”, no refrão da música que dá nome ao novo EP, aparecem os primeiros indícios de uma nova fase. Theo Bial, que se lançou na música inicialmente como “Theozin”, assume novo nome artístico e se arrisca em diferentes sonoridades. O músico sonha e quer voar alto.

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“Pra Sonhar”, EP com 3 músicas inéditas compostas pelo próprio, sendo uma delas fruto de uma parceria inédita com o pai, Pedro Bial, e Gabriel Miranda, faz uma releitura da bossa nova e do jazz. Os arranjos são de Calvin Sucena, do grupo Quartetinho. O trabalho estreia nas plataformas digitais, com o primeiro videoclipe do artista.

“Quando eu comecei a produzir minhas músicas, tinha uma ideia de gravar tudo independente. Me juntei com o OgrowBeats, amigo e produtor de rap, fazíamos quase tudo no estúdio, com elementos eletrônicos, sintetizador. Era um processo mais experimental. Depois de lançar um álbum com ele, comecei a buscar outros processos de produção, formas mais orgânicas, voz e violão. Sinto que encerrei um ciclo como Theozin. Tenho muito orgulho do que já produzi, mas agora começo uma nova fase como Theo Bial.”

O EP abre com a música-título, “Pra Sonhar” (Theo Bial), uma espécie de carta de amor, conectando o sentimento a referências de belezas naturais. O jovem cantor e compositor nos leva a um mergulho onde sonho e realidade se confundem em busca do amor, em canção marcada por melodia que une o tom jazzístico, com forte presença de metais, à batida consagrada por João Gilberto.

“Mais Uma Vez”, parceria de Theo Bial com Pedro Bial e Gabriel Miranda, chega de mansinho, remetendo ao formato voz e violão característico da bossa nova. Melancólica e ao mesmo tempo suave, a canção exalta as lamentações de um amor partido.

Fechando o álbum, “Pra Chorar” (Theo Bial), canção com forte influência do jazz, conecta o público com sentimentos de solidão e força. Mostrando que é possível chorar, se fortalecer e seguir em frente.

A arte sempre esteve presente na vida do cantor. Filho da atriz Giulia Gam com o apresentador e escritor Pedro Bial, o músico carioca começou a tocar violão aos 10 anos de idade por influência da mãe, que acreditava na importância de aprender ao menos um instrumento. Ainda com o nome artístico ‘Theozin”, lançou em 2007 o EP “Presente” e em 2018 o álbum “Do Amor à Sabedoria”.

Admirador do cantor e compositor Djavan, começou a se dedicar mais ao estudo da música para aprender as harmonias de seu ídolo. Foi então estudar na Berklee College Of Music, nos Estados Unidos, e passou a dar mais atenção ao jazz e à bossa nova. “Fora do Brasil eu tive uma aula na universidade sobre música brasileira. Eles falavam sobre a bossa nova, principalmente, e também o samba. Era muito bom ver como as coisas que eu acompanhava de perto, brasileiras, eram tão admiradas lá. Comecei a ver com outros olhos a bossa nova” , comenta.

As canções de João Gilberto entraram na trilha sonora da vida de Theo por influência do pai, quando percebeu que o músico estava cada vez mais encantado pela bossa nova. Tom Jobim chegou por influência de sua professora de canto, Eveline Hecker. Outros mestres vieram naturalmente, quase por osmose: Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, entre outros.

No início de  2019, Theo conheceu o Quartetinho, banda instrumental de jazz, e a identificação foi imediata. Começaram a fazer algumas experiências musicais juntos, trocar composições e a ideia do EP foi tomando forma. A primeira música do projeto foi justamente “Mais Uma Vez”, primeira parceria com Pedro Bial e também com o amigo de longa data Gabriel Miranda.

A última música do EP, que acabou virando a de trabalho, foi a mais difícil de fazer, segundo Theo. “O Calvin (líder do grupo Quartetinho) achava que faltava uma música em tom maior, um pouco mais animada. Eu sentia que estava com um bloqueio. Então um dia peguei o violão e falei “vou fazer”. As duas primeiras eu tinha feito no piano. Fiz uma melodia com uma harmonia, que eu estava meio na cabeça, e no outro dia fiz a letra e ela virou o carro chefe e deu nome ao CD.”

Theo Bial é bossa, jazz, MPB e samba, estilos pelos quais tem se apaixonado mais a cada descoberta. Jovem representante da música brasileira, o cantor resgata referências da música nacional  e as une com o frescor da nova geração.

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