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Bruno Martini lança “Original”, 1º álbum da carreira: “É o que eu gosto de ouvir”

DJ e produtor musical Bruno Martini estreia “Original”, primeiro álbum da carreira – Foto: Divulgação/Gabriel Wickbold

Conhecido mundialmente com seus grandes hits como “Hear Me Now”, o DJ e produtor musical brasileiro Bruno Martini deixou de lado um pouco a lógica comum à música eletrônica – principalmente – da avalanche de lançamentos de singles para estrear o primeiro álbum de sua carreira.

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Na última semana, “Original” aterrizou em todas as plataformas digitais depois de mais de 3 anos de produção. “Sempre quis lançar meu álbum, mas não tinha rolado o aquele ‘match’ com as músicas que fazem sentido. O período que eu tive antes dele foi uma construção para eu chegar até ele agora”, disse Martini ao RG.

A carreira solo como um dos expoentes nomes da música eletrônica começou em 2017. Agora, ele se joga em um álbum de pop eletrônica com 17 faixas que bebe das principais influências musicais que o artista teve desde a infância.

“O ‘Original’ tem todas as minhas influências musicais desde pequeno. Meu pai é músico, curte rock, tinha inúmeras guitarras e foi ali que comecei a ouvir as primeiras coisas musicais”

Ele não está sozinho nesta nova empreeitada: para o álbum de estreia, ele convocou Iza, Luísa Sonza, Timbaland, Diara Sylla e outros grandes nomes que agregaram nos vocais deste trabalho.

“É trabalho muito detalhado, tem muito coração nele. Já ouvi ele pronto e tive vontade de chorar. Tenho muito orgulho”, afirma Bruno Martini, sobre seu álbum final.

Veja abaixo a entrevista na íntegra com o DJ e produtor musical.

DJ e produtor musical Bruno Martini estreia “Original”, primeiro álbum da carreira – Foto: Divulgação/Gabriel Wickbold

RG – Você lançou seu primeiro álbum solo na semana passada, desde o início de sua carreira solo lá em 2017. Como é que você enxerga essa diferença entre lançar singles e álbuns, dentro do circuito da música eletrônica?

Bruno Martini – Acho que cada artista tem seu planejamento. A pessoa em si tem ambições na vida e faz um planejamento conforme os desejos. Acho que os singles também são bem importantes, vários artistas – e eu mesmo – trabalham muitos singles, um atrás do outro. Foi uma estratégia que adotei no começo por fazer sentido no contexto do nosso estilo musical. O álbum, para mim, sempre foi o ápice. Todas as minhas referências musicais sempre lançaram álbuns. Ele, de certa forma, conta uma história para o artista e é um marco na vida dele e na carreira. Sempre quis lançar meu álbum, mas não tinha rolado o aquele match com as músicas que fazem sentido. O período que eu tive antes dele foi uma construção para eu chegar até ele agora. O lançamento deste álbum, para mim, tem um significado muito importante. É uma marca na minha história, mostrar para todo mundo o que eu gosto de ouvir.

RG – Quando você falou isso do álbum ser a cara do artista, eu concordei muito. Como você acha que as pessoas vão te ver depois desse álbum? O que ele imprime?

Bruno Martini – O “Original” tem todas as minhas influências musicais desde pequeno. Meu pai é músico, tinha inúmeras guitarras e foi ali que comecei a ouvir as primeiras coisas musicais. Na escola, eu tinha aula de música e comecei a tocar violão aí. Ouvia muito rock clássico por conta do meu pai. Acho que os três pilares musicais da minha vida são o rock, que foi o estilo que passei a ouvir por conta do meu pai; o hip-hop; e depois a música eletrônica. Eles são o que fizeram o “Original” tomar forma.

RG – Você sente que seu som amadureceu e tomou outras formas de 2017 para cá?

Bruno Martini – Acho que música é um aprendizado constante. Hoje, desde que eu assinei meu primeiro contrato com 15/16 anos com a Disney, a partir disso, sempre foi evolução e aprendizado.

RG – A produção do seu álbum “Original” aconteceu em 2020, no ano que começou a pandemia do coronavírus, ou já vinha de antes?

Bruno Martini – Veio de antes, a gente já tava produzindo antes da pandemia estourar.

DJ e produtor musical Bruno Martini estreia “Original”, primeiro álbum da carreira – Foto: Divulgação/Gabriel Wickbold

RG – As colaborações neste seu álbum de estreia são bem mistas: têm desde brasileiros até artistas internacionais. Queria saber como rolaram esses convites? Foi via gravadora ou são pessoas próximas a você?

Bruno Martini – Depende muito, cada uma foi de um jeito. Timbaland foi algo bem legal: quando eu tava fazendo um show no EDC em Las Vegas, ele mandou um e-mail para minha equipe falando que gostou de um som meu e perguntando se tínhamos mais coisas prontas. Nessa, marcamos de se encontrar em um estúdio em Los Angeles. Éramos para ficar 1 dia juntos, acabou que ficamos 10 dias e as famílias super próximas. A partir disso, eu comecei a contar a história do meu álbum. Logo de cara, pensei em chamar a Iza e ela pirou na ideia. Ela e o Sérgio Santos (marido dela e produtor musical) vieram no meu estúdio e gravamos mais. Com a Luísa foi a mesma coisa, íamos gravar apenas uma e gravamos duas. Cada parceria é única e cada uma surgiu de um jeito e, para mim, o mais legal é que foi tudo bem orgânico.

RG – Que legal, bem especial. Uma das parcerias é com a novata Diarra Sylla, que faz parte do sucesso mundial Now United. Você acha que, fazendo esta parceria com uma cantora focada na geração Z, traz mais público para o seu som?

Bruno Martini – Vou ser bem sincero com você: eu acabo não pensando muito nisso de públicos. Para mim, o foco principal é sempre a música. Se eu conseguir atingir pessoas, de certa forma, estarei satisfeito. De fato, o público da Diarra é bem fiel, eu notei pelas redes sociais. Os seguidores dela são bem ativos e, com certeza, isso agrega muito no trabalho como um todo.

RG – E, para finalizarmos, hoje em dia, quando você ouve o trabalho como ouvinte, o que você sente? Se sente satisfeito?

Bruno Martini – Pô, eu estou muito orgulhoso. É um trabalho de 2 anos e meio, 3 anos que venho fazendo música, selecionando, escolhendo. É trabalho muito detalhado, tem muito coração nele. Já ouvi ele pronto e tive vontade de chorar. Tenho muito orgulho. É um projeto diferente do que é feito por aqui, no Brasil. É um desafio. Os próprios artistas que trabalharam comigo no álbum também saíram da zona de conforto deles e exploraram caminhos que não tinham sido feitos. Fiquei muito contente que todo mundo topou essa loucura. Ser original é isso: se encontrar, sair da caixa, viver porque o mais original é ser você mesmo. Às vezes, ficamos presos a padrões da sociedade e não somos nós mesmos por medo de querer se readequar a algum padrão que já existe. Quando, então, você consegue se libertar e ser realmente você, aí encontra o que é ser original – de fato.

Veja videoclipe da faixa “Ain’t Worried”, com Bruno Martini, Luísa Sonza e Diarra Sylla

Ouça o álbum “Original”, o primeiro da carreira de Bruno Martini

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