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Mostra “Ressetar”, do Museu da Diversidade Sexual, está em cartaz em versão online 

“Olimpo ll”, obra de Irene Guerreiro – Foto: Divulgação

A exposição Ressetar” estreou em fevereiro de 2020 no Museu da Diversidade Sexual (MDS),instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo  e gerido pela Amigos da Arte, mas teve a temporada suspensa devido à pandemia do coronavírus. Agora, a mostra está disponível de modo online, com acesso pelo site www.mds.org.br/. No portal, as obras são exibidas em 3D, permitindo que o público veja as peças em 360º. Também há a possibilidade de ativar o recurso de audiodescrição, disponível para toda a exposição.

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A mostra conta com obras de 12 artistas e foram criadas a partir de uma provocação sobre a retomada da vida após situações de trauma e desmoronamentos. “A exposição apresenta narrativas de reconstrução. São registros de perdas, medos, discriminação e violência. Situações, que muitas vezes, fazem parte do cotidiano da população LGBTQIA+, mas as obras também podem ser compreendidas como arquétipos de superação”, diz Danielle Barreto Nigromonte, diretora executiva da Amigxs da Arte, instituição responsável pelo gerenciamento do MDS. 

As obras foram compostas a partir de diversas técnicas: A colagem está representada por André Felipe; pintura por Andrey Rossi, Gabriel Almeida, e Yan Copelli; instalação por Gabriel Torggler; escultura por Élle de Bernardini, Julio Dojcsar, Ramo Negro e Roberta Fortunado; colagem com desenho por Irene Guerriero e escultura de parede por Silvana Marcondes. A curadoria é assinada por Duilio Ferronato.  

“Peludão”, obra de Élle de Bernardini – Foto: Divulgação

“Muitos artistas que estão expondo já criam a partir desse tema, que pode ser avaliado de diversas formas: tombos econômicos, separação, expulsão de casa e problemas familiares. Essas obras são um aviso de que há vida após isso”, argumenta Ferronato. Um dos exemplos destacados pelo curador é o da artista Silvana Marcondes, que autora de uma escultura inspirada pelas plantas que nascem nas rachaduras do asfalto. 

Todos artistas são relacionados de diversas maneiras à causa LGBTQIA+ e estão projetados no cenário da arte brasileira e internacional. A palavra Ressetar, que intitula a mostra, sintetiza a postura de combate dos artistas frente à situações desfavoráveis, muitas delas gerada pelo preconceito e pela desigualdade social.

A ação faz parte de uma série de iniciativas online do Museu da Diversidade Sexual desde o início da pandemia, considerado o segundo museu mais acessado virtualmente dentre todos os museus do Governo do Estado de São Paulo, ficando atrás apenas da Pinacoteca. Alguns dos exemplos são aQueerentena”, primeira exposição digital do espaço, e uma parceria com o Google Arts and Culture, site mantido pelo Google em colaboração com museus espalhados por diversos países que consiste em visitas gratuitas e virtuais por essas galerias via tecnologia Street View.

Em parceria com a #CulturaEmCasa, plataforma criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Amigos da Arte, o espaço também tem oferecidos lives com apresentações artísticas, debates e eventos diversos. Ao todo, o MDS recebeu 2.368.928 visitas virtuais durante o ano de 2020.

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