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Duda Beat estreia nova era com “Meu Pisêro”: “Depois de sofrer, está tudo perdoado e vida que segue”

Cantora Duda Beat estreia novo single chamado “Meu Pisêro”, um forró sobre amor & terror – Foto: Divulgação/Caíque Silva

Duda Beat dá início a uma nova fase de carreira neste domingo (14.03) com o lançamento da faixa “Meu Pisêro“. A cantora recifense – radicada no Rio de Janeiro – continua explorar o amor, mas em outras esferas. Pausa na ‘sofrência’ para falar daquele amor que também deu certo. Ela também deixa de lado os looks coloridos e cheios de camadas para apostar em uma cartela menos vibrante, modelagens mais justas e referências mais geométrica.

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“Como eu canto, depois de tanto sofrer, chega uma hora que está tudo perdoado e vida que segue”, conta ela sobre a nova música, adiantando que o novo trabalho também vai ter letras de ‘sofrência’ misturado com um pouco de tudo. “As pessoas precisam saber que o amor é de fato o meu tema. Gosto muito de esmiuçar cada fase sobre se apaixonar, sabe?”.

Abaixo, leia um ping-pong feito com a artista antes do lançamento do novo single – que já está disponível nas plataformas digitais. No papo, além de música, a dona de “Sinto Muito” (2018) conta um pouquinho da sua quarentena, planos de atuar e os filmes que amava na adolescência e adoraria compartilhar com seus fãs.

Cantora Duda Beat estreia novo single chamado “Meu Pisêro”, um forró sobre amor & terror – Foto: Divulgação/Caíque Silva

RG – Quais foram os temas que te tocaram na pandemia? Qual o reflexo dela no trabalho? Quem te acompanhou no lockdown?

Duda Beat – Era impossível não ser afetada pela pandemia. Passei o isolamento da minha casa com Tomás (Troia, namorado e companheiro de banda). Posso dizer que todo processo do álbum acabou sendo entrelaçado com a pandemia. Quando começamos a falar sobre ela aqui no Brasil, eu estava em um retiro para compor as músicas deste novo projeto. Saí de lá direto para o confinamento em casa.

O disco (ainda sem título), que sairia ano passado, atrasou. Porque o meu tempo de entender e processar tudo que estava acontecendo foi grande e precisei dar mais pausas para isso. Me preocupou muito, e ainda preocupa, a situação dos profissionais da cadeira produtiva da música, aqueles que atuam nos bastidores para fazer o show acontecer no palco. Ano passado, fiz uma live com Nando Reis que visava arrecadar doações para esses profissionais. Estou sempre ligada também em como posso contribuir.

RG – Na fase anterior, você falava sobre estar só, despedidas e carência… a famosa “sofrência”. Estar em um relacionamento despertou a vontade de escrever sobre outros temas? Quais foram eles?

Duda Beat – Sim, despertou a vontade de cantar também sobre esse amor que dá certo, que é de parceria e companheirismo, que me faz feliz e me traz paz. E ele estará também no novo disco. Mas uma coisa não exclui a outra. Estar hoje em um relacionamento saudável e feliz não faz com que minhas experiências antigas desapareçam. Acho que o que aconteceu foi que eu ressignifiquei muitas dessas coisas. Como eu canto em “Meu Pisêro”, depois de tanto sofrer, chega uma hora que está tudo perdoado e vida que segue. E vai ter também letras de sofrência. Vai ter de tudo um pouco.

Cantora Duda Beat estreia novo single chamado “Meu Pisêro”, um forró sobre amor & terror – Foto: Divulgação/Caíque Silva

RG – O que esperar da nova fase, além das cores sóbrias dos looks? No que ela se difere do álbum anterior, o “Sinto Muito”?

Duda Beat – A principal diferença é que, dessa vez, vou cantar o amor de maneiras mais diversas. Tem ‘sofrência’ ainda. Mas tem também a volta por cima depois de sofrer, que é onde “Meu Pisêro” está nesse universo do novo disco, tem o amor que deu certo também. Meu segundo álbum de estúdio, como “Sinto Muito”, traz minhas experiências de vida. Nesses três anos, eu amadureci e ressignifiquei muita coisa. Isso aparece na música, nas letras delas. Aparece também na parte visual, por exemplo, dos looks.

Continuo amando looks cheios de camadas, coloridos, com referências do Camp Style. Mas eu e Leandro Porto, meu stylist, achamos que neste momento não eram essas roupas que me representariam. Eu queria mostrar um outro lado meu. Por isso, vão entrar em cena cores mais sóbrias e menos vibrantes, modelagens mais justas, referências mais geométricas.

RG – Quais são as coisas que te assombram hoje em dia, já que a temática deste filme é uma coisa de terror?

Duda Beat – O descaso com a vida das pessoas. Não temos um plano de vacinação, tem quem ainda conteste o uso de máscara, distanciamento social. Já estamos nessa há um ano e ainda não temos um plano consistente de enfrentamento da pandemia.

Cantora Duda Beat estreia novo single chamado “Meu Pisêro”, um forró sobre amor & terror – Foto: Divulgação/Caíque Silva

RG – Você era do tipo que assustava os outros ou se assustava nos filmes de terror?

Duda Beat – Sempre me assustei nos filmes de terror, mas também sempre fiquei curiosa para saber até onde alguns personagens iam nos seus papéis nesse tipo de filme… Mesmo com medo, sou do tipo que vê até o final (risos).

RG – A gente vê uma Duda mais atriz nesta nova fase. Quais foram aqueles filmes que marcaram sua adolescência e você adoraria que seus fãs também vissem?

Duda Beat – Alguns filmes que eu amava eram os das sessões da tarde, né? “Esqueceram de Mim”, “Xuxa contra o baixa astral”, “Convenção das bruxas”, “De volta para o futuro”, “Jovens bruxas”, “Um príncipe em Nova York” são alguns deles.

Cantora Duda Beat estreia novo single chamado “Meu Pisêro”, um forró sobre amor & terror – Foto: Divulgação/Caíque Silva

RG – Aliás, atuar é uma coisa que está no seu horizonte?

Duda Beat – Atuar está nos meus planos sim. Adoraria fazer participações em novelas, séries… Enquanto isso não acontece, estou treinando nos clipes (risos).

RG – O que as pessoas precisam saber sobre a nova fase ou, de repente, o que gostaria de perguntar a você mesma sobre esse novo trabalho?

Duda Beat – Acho que as pessoas precisam saber que o amor é de fato o meu tema. Gosto muito de esmiuçar cada fase sobre se apaixonar, sabe? Às vezes, falarei mais do momento da paixão; às vezes, da ‘sofrência’ que o amor não correspondido traz; outras vezes, vou falar do amor romântico e correspondido. Ou seja, amor para todas as fases dele.

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