Natural de Passo Fundo (RS), o ator Marcelo Argenta é nome confirmado no elenco de “Gênesis”, da RecordTV. Ele está na fase “Ur dos Caldeus”, em que dá vida a Gurik. O personagem começa como um oficial, que acompanha a caravana de Terá (Ângelo Paes Leme). Seguindo a história, ele se torna general de Ur, servindo e sendo fiel ao seu Rei Ibbi-Sim (Felipe Roque). “Gurik é a cabeça pensante do castelo, o estrategista, a quem o rei se apoia. Levando isso até as últimas consequências”.
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Gurik é um personagem ficcional e o ator teve muita liberdade para criá-lo. “Para criar sua personalidade tive como base como se estivesse fazendo um Shakespeare”, diz. Ainda sobre Gurik, ele ressalta que as cenas de batalhas, que tiveram bastante complexidade para fazer, são algumas as quais ele está ansioso para assistir. “Fiz por volta de cinco ou seis sequências de batalha, duas, em especial pela complexidade, estou muito ansioso para ver. Todas as cenas têm muita ação, foram muito bem escritas e dirigidas”, conta Argenta.
O ator espera que o público tenha uma boa surpresa com o seu personagem, ele fala ainda sobre o seu ineditismo e o elenco.
“Meu personagem não é bíblico, com isso teremos um ineditismo nele. Acredito que o telespectador não saberá se ele é do bem ou do mal, principalmente nos primeiros capítulos da fase. Começo na trama na história da Caravana de Terá, que tem nomes como Ângelo Paes Leme, Gustavo Falcão, Guga Coelho, depois eu sigo para o núcleo Castelo, que tem Felipe Roque (rei de UR), Maria Joana (Rainha) e consequentemente outros nomes que admiro como Thales Coutinho, Julio Levy, Samir Murad… Enfim, contraceno com uma turma de peso, o elenco é sensacional”, ressalta o gaúcho de 39 anos.
“Gênesis” é o terceiro trabalho de Argenta na RecordTV, ele fez “A Terra Prometida”, em 2016, e, no ano seguinte, esteve em “Apocalipse”, vivendo o personagem Luis Sardes na primeira fase da trama.
“O Luis era um policial que estava em um caso que envolvia uma série de crimes de um serial killer, que era vivido pelo Jayme Periard, era uma história que me lembra muito a do filme ‘Seven – Os Sete Crimes Capitais’, além disso havia motivos bem pessoais, pois na história esse assassino havia matado o pai do meu personagem. Envolvia muitas cenas de ação, perseguição de carro. Tudo era gravado fora dos estúdios da Casa Blanca, nas ruas do Rio de Janeiro, a delegacia era em um casarão no bairro Cosme Velho, a casa dele era em Marechal Hermes, enfim, parecia que estava fazendo cinema (rs)”, recorda.
Marcelo Argenta como Gurik – Foto: RecordTV
Sobre o novo trabalho, Argenta ainda fala sobre as semelhanças que vê entre ele e Gurik. “Acredito que temos em comum aquele famoso ‘tamo junto’ (rs). A relação dele com o rei é esse tipo de relação que acabo tendo com pessoas com as quais trabalho, principalmente em trabalhos independentes. Se entro em um projeto no qual acredito, seja a dificuldade que for para realizá-lo, ‘se tô dentro…Tô dentro!’”, diz.
Argenta, que tem 16 anos de carreira e mora há 18 anos no Rio de Janeiro, é conhecido do público por trabalhos como o Lauro de “Êta Mundo Bom”, que acabou de ser reprisada na TV Globo, e Vanderlei, de “Amor à Vida”, ambas tramas de Walcyr Carrasco.
“Foram personagens que tiveram grande aceitação do público. Com o Vanderlei, eu contracenei com Tatá Werneck na sua primeira novela, além de ser a primeira das 21h do Walcyr (Carrasco) e a dobradinha foi um sucesso. Com o Lauro, em ‘Êta Mundo Bom’, que foi um sucesso tanto na época quanto na reprise em 2020, foi muito legal, pois em uma trama de época eu vivi um personagem que ao final se revela gay. Foi uma história muito bem escrita e seu final, principalmente, foi de uma lindeza só. Mais um trabalho do Walcyr, que me convidou para fazer esse belo personagem. Fiquei honrado pela sua trajetória e a forma como foi conduzido.”
Além de viver personagens que ganharam a simpatia do telespectador, o ator também teve um que esteve envolvido em um assunto bem delicado: o assédio sexual. Em “Malhação – Vidas Brasileiras”, ele viveu o professor Breno, que se envolvia com Verena (Joana Borges).
“Ele era um professor que tinha uma trama com um tema bem delicado que era o abuso, o assédio sexual. A história era debatida entre ele e a personagem da Joana. Foi um trabalho muito difícil de ser feito, que me demandou muita atenção e cuidado pelo tema, pelas cenas que gravávamos e principalmente no momento final, quando ele virou praticamente um psicótico.”
Durante a pandemia, o ator tem ficado bastante em casa, fazendo uma rotina que se restringe ao trabalho e ao extremamente necessário.
“Desde quando retomamos as gravações em outubro, minha rotina tem sido basicamente casa, gravar, casa. Como tenho gravado praticamente todos os dias, estou sem tempo para qualquer outra coisa. Quando estou em casa, saio apenas para o necessário. Tenho me resguardado ao máximo”, revela.
Para este ano, ele ainda está com outros projetos engatilhados. Argenta conta que está envolvido em dois projetos no teatro, além do lançamento do filme “As Almas que Dançam no Escuro”, que tem lançamento previsto para março.