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Duo Tunna lança primeiro disco “Avenida Elétrica”; ouça já

Foto: Júlia Rodrigues

Formado pela cantora Anna Crô e pelo baterista e produtor Arthur Kunz, o duo Tunna lança, nesta sexta-feira (29.01), o álbum “Avenida Elétrica”. Disponível em todas as plataformas digitais, o disco segue o estilo pop reflexão e apresenta letras autorais que debocham e divertem a partir de questionamentos das crenças estabelecidas na sociedade e relações amorosas. Ouça aqui!

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Para a criação conceitual do projeto, os artistas uniram três pilares referenciais: pop universal, eletrônica alternativa e o pop brasileiro – que vai desde o tecnobrega, axé music ao arrocha do forró.

“Já que a música é algo que fica na cabeça das pessoas, queremos ajudar a criar novas crenças mais saudáveis emocionalmente para a geração atual e as próximas”, reflete a cantora e compositora Anna. “Buscamos com o álbum fazer música para o corpo agitar e entreter a mente. Fazemos sons para rebolar chorando, sobre as sofrências digitais”, completa. 

As letras foram inspiradas em conversas e discussões presentes em memes e páginas diversas na internet, bem como em poemas de Matilde Campilho e Hilda Hilst. Importante ressaltar, que todas as composições têm a preocupação de não serem endereçadas a um único gênero.

O duo criou uma linha narrativa que ordena suas composições no álbum: “Gif.” abre o disco com a fusão do trap com synthwave, ditando a sonoridade do projeto e traz a história de uma paixão na pista, o amor à primeira vista e início de uma obsessão. Em seguida, “Transe Psicodélico”, um dancehall futurista, com a história de simulacro de um novo “crush” e toda fantasia que essa nova situação pode trazer. Já em “Vem Me Amar”, a relação já está um pouco esquisita, talvez mais fria, mas sempre tem espaço para aquela típica recaída.

“Coração Congelado” – com claras referências do hit “Ralando o Tchan”, do É o Tchan, uma mistura de funk com elementos da cultura árabe – conta sobre o processo de cura a partir de situações impulsivas e inconsequentes para quebrar o gelo de uma relação que não deu certo com o “crush”.  

Pronta para voltar à ativa nos aplicativos de encontros, “Flerte Moderno” transita nesse universo do amor em tempos digitais. Já empoderada, dona de si e com consciência do “boy lixo” que não quer, em “Musa” os artistas trazem, em uma batida influenciada pelos clássicos do pop internacional dos anos 90, a narrativa da mulher que sai desse lugar de objeto.

Foto: Divulgação

Depois de muita busca e relações casuais, em “Beijo Lento”, uma parceria de neo soul com o músico Éfiro, traz a possibilidade de se abrir para um novo amor, que se encaminha para uma relação linda e saudável da música “Sem Você”. Na faixa “Meu Bem”, o namoro já acabou, mas ficou a saudade boa. A canção “Coisa de Pele” traz questionamentos de toda essa história e o caminho percorrido para chegar até aqui. 

O álbum é encerrado com “Quase Humana” (intro), uma balada retrô-futurista com inspiração em trilha de clássicos dos anos 80, passa a mensagem de nostalgia a partir de uma relação tóxica, em que se coloca o outro como prioridade e repensa esse comportamento.

A direção de arte, comandada por Paula Bustamante, apresenta o conceito nonsense casual, com uso de objetos inusitados que provocam interesse e curiosidade ao explorar cores etéreas e neon, que traduzem a vibe de sofrências digitais exploradas nas letras e beats eletrônicos. A direção de fotografia é de Júlia Rodrigues, e a beleza é responsabilidade de Alma Negrot (Karol Conka e Johnny Hooker).

Criado em 2017, o duo Tunna já lançou quatro singles: “Sem Você”, “Beijo Lento” em parceria com Éfiro, e as músicas “Coisa de Pele” e “Flerte Moderno”. Além disso, também realizou alguns shows em duas casas de São Paulo – Casa do Mancha e Fau Haus.

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