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“Macumbeira”: Jéssica Ellen apresenta seu segundo álbum solo 

Jéssica Ellen – Foto: Gabriella Maria (@afroafeto)

Depois do single “Macumbeira”, lançado em novembro passado, Jessica Ellen lança, nesta quarta-feira (20.01), o álbum de mesmo nome. A data de lançamento foi escolhida pela artista por ser o dia de São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, cidade onde nasceu a umbanda, que é a homenageada do álbum. Ouça aqui!

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Esta é a primeira novidade de 2021 da artista multifacetada que, com amplo domínio para a interpretação – seja ele como atriz, seja para entoar canções -, estreia neste ano na música enquanto tem seu aguardado retorno como a personagem Camila, da novela global “Amor de Mãe”, previsto para este trimestre. 

“Macumbeira” é, em suma, uma ode às suas crenças no qual canta e celebra algumas das muitas entidades da Umbanda. “Macumbeira” é o segundo álbum da carreira da artista que já tem no currículo o elogiado “Sankofa” (2018). Composto por oito faixas, conta com três canções inéditas – incluindo a faixa título – além de participações especialíssimas de Zezé Motta em “Pai Benedito”, Pretinho da Serrinha em “Pout Porri Pombagira” e sua irmã caçula, Enjoyce, na faixa “Juremeira”.

Zezé Motta e Jéssica Ellen – Foto: Gabriella Maria (@afroafeto)

“A umbanda foi o primeiro contato que tive, ainda criança, com alguma espiritualidade, por intermédio de meu falecido avô. São muitas entidades, não daria para homenagear todas apenas em um álbum, então escolhi algumas personalidades que são muito fortes e cada uma é uma homenagem”, explica Jéssica. 

O projeto, idealizado e gravado durante a pandemia, para além de homenagear a Umbanda, religião afro-brasileira que sintetiza vários elementos das matrizes africanas e cristãs, tem o desejo de transmitir amor e esperança ao público.

“Acho que 2021 ainda será um ano difícil, como foi 2020, mas também foi um ano que me fez refletir, me fez voltar para dentro, me fez reafirmar os valores de importância da minha família, do meu relacionamento, das pessoas que eu amo, da minha fé. A minha fé foi uma das coisas que me salvou em 2020, porque a fé é você acreditar em algo maior que você, é saber que aquilo vai passar. Tudo passa, né? Até as coisas boas, mas as ruins a gente tende a achar que vão demorar mais, e não necessariamente é assim. Então, é um grande desejo compartilhar afeto, amor, fé e a relação com os encantados. Na Umbanda a gente fala que as entidades são os encantados, porque eles vêm, se incorporam, se manifestam, mas eles são energias encantadas. A gente não vê o vento, não pega o vento, mas a gente sente a brisa e isso é o que pra mim define a beleza das entidades, a beleza da religião, que infelizmente ainda é tão atacada e mal interpretada.”

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