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Galeria Kogan Amaro abre programação com individual de Gabriel Botta

“Passagem”, 2020, Gabriel Botta – Foto: Divulgação

Transportar a imagem ao seu limite provocando alargamentos e distorções na realidade por meio de excessos cromáticos, repetições, reflexões e materiais distintos. Transformá-la em um enigma e em um deslocamento de um processo automático de leitura do observador.  Essa amplitude de significados é proposta pelo artista Gabriel Botta em “Nos Confins”, sua primeira exposição individual na Galeria Kogan Amaro, em cartaz a partir de 20 de janeiro de 2021.

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Com curadoria de Pollyana Quintella, a mostra traz um conjunto inédito de cerca de 20 pinturas e desenhos criados em diferentes suportes e dimensões ao longo de 2020. Nestes trabalhos, é possível observar as conexões pictóricas formadas no campo das ideias. Como um fenômeno intrínseco, eles possuem relação de partilha e referência entre si, como uma paisagem infinita, onde os fragmentos do conjunto são capturados e repetidos de diferentes maneiras, ora através do gesto, ora através de sistemas sígnicos.

“Parte de Um Canto”, 2020, Gabriel Botta – Foto: Divulgação

As obras de Botta convidam o público para a beira, onde podem observar a efemeridade de imagens transitórias que se desfazem na mesma medida que se reconstroem. Por um lado, se referem a paisagens do mundo externo, como arrebentações, erupções e ventanias, por outro, tocam o plano do interno do espectador, como cartografias de afetos, intensidades e emoções. Essa dualidade traz às pinturas um corpo que se desloca incessantemente, não se limitando à impressão da tela.

“A pintura de Botta pode ser lida como exercício das vidas possíveis, exercício do gesto infinito. Ela nos fala da aparência frágil das coisas no mundo, mas também de sua pulsão por tomar as superfícies”, pontua a curadora.

O artista transporta para a tela questões atuais relacionadas à política e sociedade, sem, necessariamente, apontar para o tema claramente, gerando indagações tanto no artista quanto no espectador. “A realidade apresenta uma maneira de ser vista. Quando ela é transportada para uma construção pictórica, é possível expandir a visualidade, o repertório e, consequentemente, a si. A minha busca de expansão do real é um processo constante”, explica Botta.

“Coisa”, 2020, Gabriel Botta – Foto: Divulgação

“Nos Confins” reúne pinturas que, propositalmente, não representam fielmente a imagem do real. Ao contrário, propõem enigmas, sussurram segredos e nublam a visão do espectador, proporcionando a sensação de que é possível apenas entrever, espiar e vislumbrar.

O público pode visitar a exposição com horário agendado pelo telefone (11-3045-0755 / 0944) ou e-mail (atendimento@galeriakoganamaro.com). Seguindo o protocolo de segurança ambiental e sanitária da pandemia da Covid-19, a galeria funciona em horário especial, das 11h às 15h, com número limitado de visitantes, uso obrigatório de máscara, além da disponibilização de álcool em gel e orientação de distanciamento mínimo de 1,5 metro entre clientes e colaboradores.

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