Cultura

Mostra do Estúdio Hammer é imperdível para amantes de terror

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Christopher Lee personifica o Drácula da Hammer – Foto: Divulgação

A mostra “Estúdio Hammer – A Fantástica Fábrica de Horror” exibirá 30 longas-metragens, produzidos entre as décadas de 1950, quando foram lançados os primeiros filmes de terror do estúdio, passando pelo auge dos anos 1960, até o início da sua decadência nos anos 1970. São filmes que têm uma legião de fãs no mundo todo e que são, até hoje, cultuados, copiados, parodiados e reverenciados. Entre os fãs de carteirinha estão cineastas como Quentin Tarantino, Guillermo Del Toro, Steven Spielberg, David Lynch, Tim Burton e Martin Scorsese que, quando era adolescente, não perdia um título do estúdio e declarou: “quando víamos o logotipo da Hammer sabíamos que era um filme muito especial, uma experiência surpreendente”.

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“Atração Mortal”- Foto: Divulgação

As sessões dos filmes serão nos cinemas dos CCBBs. No Rio de Janeiro, as datas são de 6 de janeiro a 1º de fevereiro, de quarta-feira a domingo. Serão realizados também eventos online: uma masterclass (21.01, às 19h) com o cineasta Rodrigo Aragão, a maior referência em filme de terror no Brasil; dois debates (28.01, às 19h; segunda data a confirmar); e um curso de três aulas com o curador Eduardo Reginato (27.01 e 03.02, às 19h; 10.02, às 20h).  Os links para as atividades online, com capacidade para 500 pessoas, serão divulgados na página www.facebook.com/mostraestudiohammer. Tudo gratuito. O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

“A Múmia” – Foto: Divulgação

Os curadores Eduardo Reginato e Danilo Crespo destacam, entre os títulos da mostra, o primeiro filme do Estúdio Hammer com o “Conde Drácula – Vampiro da Noite” (“Horror of Dracula”, 1958), com os atores que se tornariam os grandes astros do gênero – Peter Cushing e Christopher Lee; uma versão do clássico de Sherlock Holmes “O Cão dos Baskervilles” (“The Hound of the Baskervilles”, 1959); os filmes de múmias e monstros de Frankenstein que têm um toque especial, diferentemenre dos clássicos americanos, como “A Maldição da Múmia” (“The Curse of the Mummy´s Tomb”, 1964) e “O Horror de Frankenstein” (“The Horror of Frankenstein”, 1970); além de “Atração Mortal” (“The Vampire Lovers”, 1970), uma história de vampiras sensuais que aterrorizam um vilarejo.

“Vampiros da Noite” – Foto: Divulgação

“O segmento de horror dos Estúdios Hammer surgiu devido à imensa demanda dos adolescentes e jovens adultos por histórias mais violentas, sensuais e aterrorizantes diferentes da morna e conservadora programação da TV inglesa. No Brasil, os filmes eram exibidos nas sessões da madrugada nas TVs, nos anos 1970 e 1980. Era comum as crianças e adolescentes fingirem dormir até o momento da madrugada em que o filme da Hammer começaria e na ‘clandestinidade’ ligar a TV para assistir um delicioso filme de terror que mais divertia do que assustava”, comenta Reginato.

“O Cão dos Baskervilles”- Foto: Divulgação

O Estúdio Hammer era uma pequena produtora britânica de produção familiar que dominou o mercado global de terror e continua sendo altamente influente. A Hammer ressuscitou os ícones góticos descartados por Hollywood após a 2ª Grande Guerra em filmes elegantes, sensuais e violentos que capturaram a essência da forma literária original e funcionaram como reflexos sombrios do drama convencional, da mesma forma que narrativas góticas inverteram o realismo oitocentista. Embora a idade de ouro do Hammer tenha terminado no início dos anos setenta, a marca continua sendo sinônimo de horror e o estúdio, muito parecido com Drácula, saiu recentemente do túmulo e voltou a produzir novos filmes.

“As Noivas de Drácula”- Foto: Divulgação

Durante 40 anos, o Estúdio Hammer produziu mais de 300 obras. Seus filmes lançaram estrelas que se tornaram lendas do cinema, foram dirigidos por grandes cineastas e são marcados por compositores talentosos. O legado do Hammer ajudou a revitalizar todo um gênero de histórias, deu origem a alguns dos maiores talentos da Grã-Bretanha e continuou a inspirar outros filmes como “The Rocky Horror Picture Show”, “The Mummy” (versões de Brendan Fraser e Tom Cruise), “Um Sonho de Liberdade” e muitos outros.

“Condessa Drácula”- Foto: Divulgação

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