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George Clooney diz que Caoilinn Springall, de 7 anos, não repetia cenas em ‘O Céu da Meia Noite’: “envergonhou todos nós”

Foto: Philippe Antonello/Netflix

George Clooney interpreta Augustine e Caoilinn Springall, Iris (Foto: Philippe Antonello/Netflix)

[ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS! SE AINDA NÃO ASSISTIU AO FILME, NÃO LEIA O INTERTÍTULO]

“O Céu da Meia Noite”, dirigido e protagonizado por George Clooney (Augustine), chega nesta quarta-feira (23.12) à Netflix. O filme é um drama emotivo, que fala de um cientista preso em sua base na Antártida, tentando se comunicar com uma tripulação à deriva no espaço após uma missão de conquista de novo solo em um planeta distante. O longa é uma adaptação do livro homônimo, escrito por Lily Brooks-Dalton, que será lançado no Brasil no primeiro semestre de 2021.

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Como a personagem de Caoilinn Springall (Iris), de 7 anos, não tem falas, toda a interpretação da jovem atriz foi focada em sua reação às situações. “Ela envergonhou todos nós. Chegava nos outros atores e falava que as cenas da Caoilinn eram feitas em uma tomada”, conta Clooney. “Pedia para ela: me dê sua cara mais triste e assustada, o que é perfeito. E funcionou muito bem.”

Algumas cenas sofreram mudanças do texto original, no livro de Lily, mas a autora acompanhou de perto algumas gravações e, nas palavras de Clooney, ficou muito feliz e “muito orgulhosa” com as diferenças e condensações que são necessárias para as telonas. “De muitas maneiras, é um filme sobre arrependimento, porque o personagem que interpreto, consegue a redenção. Acredito que a rejeição é uma grande plataforma que nos lava de tudo e nos dá esperança em meio à adversidades”, explica Clooney.

Foto: Philippe Antonello/Netflix

Felicity Jones, que interpreta Sully, aparece com David Oyelowo, que faz Adewole. (Foto: Philippe Antonello/Netflix)

Toda essa emoção vem à tona nos cinco minutos finais do longa quando há uma noção, para os personagens, de que algo em sua vida se tornou completo. “É um momento bastante profundo, uma parte tão bonita do filme, com aquela dinâmica entre Augustine e Sunny”, conta Felicity Jones, que interpreta Sullivan. “O final é incrivelmente comovente”, conta ela, controlando-se para não contar mais detalhes. “Aqueles minutos finais torna tudo tão esperançoso e interessante. Você tem a sensação de que tudo vai ficar bem”, completa o ator e diretor.

O longa foi filmado em duas etapas: uma na gélida Islândia e a outra em estúdio, reproduzindo a nave espacial e o próprio espaço, com gravidade zero. A primeira parte aconteceu de outubro a dezembro, em 2019, quando houve uma pausa para as festas. Depois, retomaram as gravações até fevereiro nos Estúdios Sheppard, pouco antes da pandemia, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Foto: Divulgação

Gravações em meio ao frio aconteceram na Islândia (Foto: Divulgação)


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BALÉ ESCARLATE
Além das belas sequências de ação, há uma poética em torno de uma das cenas mais bonitas e emocionantes do filme. Quando Maya (Tiffany Boone) é ferida em uma missão, ela se dá conta de que está ferida na gravidade zero. Na câmara de despressurização, teve de imaginar a primeira gota de sangue derramada, que voa pelo ar e ganha tom de superrealidade com o auxílio dos efeitos especiais. “O corte final é tipo: uau. Era exatamente o que eu estava pensando na hora da gravação. Para todo esse processo, ensaiamos durante quatro meses”, diz ela. A cena dura poucos minutos.

“Fui aos caras da pós-produção e disse: quero que este sangue aja como se fosse um balé de sangue”, complementa Clooney. “Quando há uma tela verde, só podemos imaginar as coisas. É um momento muito pessoal onde o ator chega a um limiar de vida ou morte. Porque tem de fazer aquilo com base na sua própria imaginação, sem ajuda de nenhum de nós, atores ou diretores. Ela colocou toda sua energia nessa sequência, o que foi maravilhoso. Vejo a cena acontecendo e imagino que é uma coisa muito difícil de fazer e que ela acertou em cheio.”

Foto: Philippe Antonello/Netflix

O diretor George Clooney no set dos estúdios Shepperton ao lado de David Oyelowo e Tiffany Boone (Foto: Philippe Antonello/Netflix)

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