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Onze anos após seu primeiro álbum, Patrícia Polayne lança “Fogueira”

PatrÍcia Polayne -Foto: Melissa Warwick

A cantora e compositora sergipana Patrícia Polayne faz seu primeiro lançamento após o álbum “O Circo Singular”, de 2009. “Fogueira” é uma balada quase mântrica, que conta com a performance de Isis Broken no videoclipe e é o primeiro single do seu novo álbum.

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O trabalho será lançado no primeiro semestre de 2021 e é inspirado nos arcanos do tarô, fazendo uma analogia às ilusões do tempo presente.

O fogo tem um poder agregador. Desde a sua descoberta, as pessoas se reúnem em torno dele para ouvir e contar histórias, sentir o calor, compartilhar. “Lançar ‘Fogueira’ neste momento é uma tentativa simbólica de reunir as pessoas, ainda que diante do isolamento”, explica Patrícia.

A cantora e compositora conta ainda que a música é uma forma lúdica de abordar a guerra tácita que vivemos, a realidade crua e sombria dos dias de hoje, do domínio dos dragões da maldade.

“A ideia foi trazer as guerras medievais, com os sintetizadores emulando sons de trombetas anunciando uma batalha e a percussão metálica, com sons análogos ao ferro e espadas”, explica o produtor musical Dudu Prudente sobre a atmosfera do single. No fim, o poema de Perla Bulhões evoca citações de Joana d’Arc em francês, que, junto às vocalizações de Patrícia, endossam o clima místico da canção.

Videoclipe

Numa produção de Gabriel Barretto e Gladson Galego, o videoclipe de “Fogueira” tem como base a performance da multiartista Isis, que incorpora arquétipos míticos, guerreiros e femininos, na batalha contra os dragões da maldade. “Certa vez, numa longa conversa até o amanhecer, pós show, vi a luz que emanava dela e ali entendi um tanto da presença daquela corpa-protesto”, conta Patrícia sobre Isis. “A vi enfrentando maldades inimagináveis, abrindo estradas espinhosas na aridez de um território hostil, lgtbqfóbico. Como é o mundo, como é a nossa aldeia”, finaliza.

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