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Online e gratuito: Festival Cultural Pangeia vai até domingo

Mariama – Foto: Divulgação

Festival Cultural Pangeia, promovido pelo coletivo MisturArte, chega a sua 3ª edição, de forma totalmente online neste ano, e acontece até o próximo domingo (13.12). O evento, que traz o tema “Conexão Américas e África”, tem como principal objetivo mostrar que apesar das barreiras continentais e culturas distintas também temos uma grande conexão com a cultura de outros povos. O festival consiste em promover ações artísticas, culturais e educacionais da periferia para a periferia, com trabalhos de artistas da quebrada, imigrantes e refugiados.

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Por conta da pandemia da Covid-19 a organização abraçou o desafio de transferir todas as atrações para o meio virtual, o que acabou se tornando uma grande oportunidade de expandir o alcance do evento, como conta a diretora do festival, Pauliana Reis. “Tínhamos tudo preparado para o formato tradicional e, de repente, nos vimos em um grande desafio de mudar completamente, alterar cronogramas e adaptar as apresentações, os cursos, os debates e as exibições dos curtas-metragens. Ao mesmo tempo que foi trabalhoso está sendo muito gratificante ver o empenho de todos para o festival dar certo e o tamanho do alcance das ações.”

“Quebras”, de Cauã Bertoldo – Foto: Divulgação

Várias atividades compõem o Festival Cultural Pangeia neste ano. São elas: “Exposição Origens #3”, mesas de debates, apresentações artísticas e a primeira edição do FIC Pangeia (Festival Internacional de Curtas Pangeia), que exibirá 12 vencedores entre as categorias voto do júri, popular e menção honrosa. Selecionados entre os 130 curtas inscritos e recebidos de todas as regiões do Brasil, Chile, Equador e Argentina, além de países africanos como Moçambique.

A “Exposição Origens #3” acontece em formato totalmente virtual, com mais de 50 obras de 5 artistas que refletem os resultados da diáspora africana nas realidades periféricas em que vivem. Com curadoria de Priscila Magalhães, os trabalhos, que são compostos por pinturas e fotografias, ficarão expostos no site do festival durante todo o evento, com acesso gratuito. Os artistas são: Isabela Alves “Afrobela”, Cauã Bertoldo, Cassimano, Paulo Chavonga e Ione Maria.

Além da exposição também será possível acompanhar mais de 20 apresentações artísticas na “Mostra Memórias Subterrâneas”, que exploram as mais variadas formas de linguagens da arte como: performance, dança, música, teatro, contação de histórias e recital de poesia. “O Festival Pangeia apresenta memórias subterrâneas que emergem e criam pontes além mar. Identidades sociais, culturais e simbólicas, distâncias e proximidades entre dois continentes. Permita-se, e deixe cada poro se inundar nesse mar de artes afrodiaspóricas”, filosofa a curadora da mostra, Priscila Obaci.

O FIC Pangeia (Festival Internacional de Curtas Pangeia) traz em sua primeira edição 12 obras relacionadas com o tema do festival, que conectam os povos das Américas e África em um mesmo local, mostrando o dia a dia das nações que, mesmo distante, possuem inúmeras coisas em comum. O festival recebeu mais de 130 inscrições de curtas-metragens de vários países da América do Sul e da África, entre documentários, ficção, animação, experimental ou híbridos. As obras possuem no máximo cinco minutos e apresentam temáticas sociais, questões de gênero, preocupação ambiental, inclusão social e combate ao racismo.

“Realeza”, de Ione Maria – Foto: Divulgação

Além dos 10 filmes finalistas do FIC, mais cinco produções de convidados e três trabalhos escolhidos pelos jurados compõe o evento. Na mostra estarão os vencedores nas categorias: Voto do Júri “É Exatamente Isso!” de Rubia Bernasci e Voto Popular “Trava Gira” de Jonas Junior, além dos cinco que receberam a Menção Honrosa.  Todos os 18 curtas-metragens estão disponíveis para o público, de graça, na plataforma Todesplay (www.todesplay.com.br), durante o mês de dezembro.

Durante o festival a artista Ione Maria fará uma Live Paint que usará como inspiração a exposição, as apresentações na construção da obra. No encerramento do festival a artista irá revelar a sua arte.

“Trançadeira”, de paulo Chavonga – Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (10.12), ocorre a Mesa de Debate, que poderá ser acompanhada pelo público de forma gratuita, na página do Facebook do Festival Cultural Pangeia, que tem como tema: “O que alimenta nossas africanidades”. O evento começa às 20h, com as participações de Ana Koteban, Suieidê Kintê e Lenna Bahule e conta com a mediação de Douglas Araújo.

Para saber mais e ver a programação completa, acesse www.festivalpangeia.com.

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