A artista brasileira Taly Cohen criou uma série de obras durante a quarentena e a pandemia. Usando cores e bordados, ela partiu de sua própria casa para desenvolver a série “Bordados”.
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Além de encher os olhos, o conceito dos painéis produzidos com fitas de cetim entrelaçadas é interessante e atraente. A inspiração surgiu durante o isolamento, momento em que Taly sentiu a necessidade de “gritar ao mundo um pouco de esperança”, segundo explica.
Sentada com suas filhas na varanda de sua casa, Taly começou a desenhar mentalmente linhas coloridas na rede de proteção de seu apartamento. Pouco tempo depois, já com o conceito estruturado, decidiu então realizar esta interferência urbana, chamando a atenção de familiares e vizinhos.
Instigada a dar continuidade ao processo e levar essa obra para dentro das casas, ela criou a série “Bordados”, em que as fitas e a rede foram instaladas em chassis de madeira, tornando-se uma “escultura de parede”.
É quase uma arte abstrata, cheia de vida, cheia de perspectiva e história. Uma arte única, que será exposta no Janelas Casa Cor, no projeto do arquiteto e designer Arthur Guimarães.
“As janelas foram o nosso respiro na quarentena, vivemos lá a liberdade que não possuíamos. As cores falam de futuro, da minha fé na humanidade. As tramas se relacionam com os obstáculos que temos para alcançar nossos objetivos, ora por cima, ora por baixo, sempre mantendo a beleza e a alegria de viver. O formato e materiais falam da poesia, da janela que cada um tem dentro de si, que nos faz sobreviver ao inusitado, como esse vírus que fechou cada um dentro de seu próprio mundo”, diz a artista.