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Teatro #EmCasaComSesc está em nova fase; veja

“O Beijo no Asfalto” – Foto: Kim Leekyng

A programação de Teatro #EmCasaComSesc está em nova fase, com os atores e as atrizes ocupando os palcos das unidades do Sesc na capital paulista, além das apresentações transmitidas das casas dos artistas. Com a mudança, o Sesc São Paulo passa a acolher versões de espetáculos com estruturas maiores, contando com os recursos do palco para a transmissão. As exibições seguem sem a presença do público e dentro de todos os protocolos de segurança no horário das 21h. A série tem apresentações aos domingos, quartas e sextas.

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Na quarta-feira (25.11), o palco do Sesc Santana recebe o espetáculo “O Beijo no Asfalto”, adaptação de Bruno Perillo, que também dirige a montagem, para o clássico de Nelson Rodrigues. Um atropelamento acontece em plena Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro. Na sua agonia, o homem atropelado, caído no asfalto, pede um beijo a um outro homem que correu em seu auxílio. O beijo acontece, o atropelado morre e a multidão ao redor testemunha a cena. O fato considerado “fora do paradigma da normalidade”, que aparenta estar em um plano de percepção divergente do senso comum, traz à tona os vícios e estigmas da sociedade. Com Anderson NegreiroAngela RibeiroHeitor GoldflusLucas Lentini, Mauro Schames, Natalia GonsalesRita PisanoRoberto Audio e Valdir Rivaben. Classificação: 14 anos.

“Ficção”- Foto: Ligia Jardim

Sexta-feira (27.11), os atores Thiago Amaral e Dilson Amaral, da Cia. Hiato, sobem ao palco do Sesc Ipiranga com o espetáculo “Ficção”. A obra é uma adaptação de um dos cinco trabalhos que compõem o projeto homônimo da companhia – que reúne montagens independentes, complementares e ressonantes, criadas a partir de relatos e projetos autorais de seus integrantes. Para esta apresentação, Thiago Amaral propõe a criação de uma ficção como pretexto para reatar laços com seu pai, após anos sem contato. Ao executar o projeto criativo “A Extinção dos Coelhos Selvagens”, o ator expõe as motivações de uma criação artística e compartilha com o espectador um momento de grande relevância pessoal. Classificação: 16 anos.

Ïnutilezas”- Foto: Marco Terranova

No domingo (29.11), Bianca Ramoneda e Gabriel Braga Nunes, também responsável pelo roteiro da peça, apresentam direto do Rio de Janeiro o espetáculo “Inutilezas”, com direção de Moacir Chaves. Reunindo textos do poeta Manoel de Barros (1916-2014), a montagem conta a possível história das memórias de um casal de irmãos que passou a infância num lugar chamado “lacuna de gente”. Protegidos pelo abandono, fizeram da invenção sua ferramenta de pensar e de brincar e, daquilo que não serve para nada, sua matéria de poesia. A montagem também sugere a história de uma dupla de atores que se reúne para transformar poesia em teatro, num jogo de cena que aposta na força da palavra e no espírito lúdico como potência criadora de outros mundos. A versão 2020 da montagem – cuja estreia aconteceu há 18 anos – apresenta o reencontro de artistas que precisam experimentar os deslimites da cena, agora virtual, por receio de amanhecerem normais. Classificação: 12 anos.

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