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“Cada vez que vou ao Brasil, acontece algo bom”, diz Diogo Piçarra sobre parceria com Vitor Kley

Cantor falou sobre paternidade, “férias” e possibilidades de novas colaborações no Brasil (Fotos: Divulgação)

“Cada vez que eu vou para aí, acontece sempre algo bom”, afirma Diogo Piçarra em conversa com RG via Zoom. Ele diz isso porque sempre que se reúne com um artista brasileiro, resulta em parceria. Foi assim na regravação de “Trevo (Tu)”, com o duo AnaVitória, “Aqui”, sua parceria com Jão, que também resultou na letra de “Me Liga”, do cantor paulista com Ivete Sangalo. Outra letra que teve dedo seu foi “Complicado”, feat. de Vitão com Anitta, composição dele com Day Limms e Carol Biazin.

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A sua mais recente é com Vitor Kley, “Nada é Para Sempre”, desta semana, com direito a single e clipe lançados simultaneamente. “A ideia era mesmo essa, ficarmos gigantes na cidade, mas depois de sermos rejeitados por uma menina, ficamos minúsculos”, explica o conceito. Um ano antes de vir a público, o português entrou em contato com o brasileiro porque o cantor havia citado seu nome em uma entrevista a uma rádio de Portugal.

Piçarra já acompanhava o sucesso dele desde os tempos de “O Sol”, de 2017, que ganhou notoriedade do outro lado do oceano. Foi quando resolveu mandar uma mensagem no Instagram, convidando-o para um dueto. “Fomos trocando ideias no WhatsApp e hoje, um ano depois, é uma coincidência terrível”, brinca sobre ter lançado a música exatamente 365 dias depois. Se a letra brada que nada vai durar para sempre, ele acredita que boas intenções, bons momentos e memórias podem ser eternizados.


PARCERIAS
Depois de Kley e tantas outras collabs, espera um dia trabalhar com a cantora Giulia Be, que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado português. Mas ainda não rolou o convite propriamente dito, pois nunca esbarrou com ela. Outra parceria poderia ser com Luan Santana – a quem conheceu no backstage de um show em Lisboa. “Minha vida tem sido de muitas surpresas. Quem sabe amanhã possa conhecer ainda mais gente e poder trabalhar, também”, questiona.

Cantor português e Vitor Kley nos bastidores do clipe “Nada É Para Sempre” (Foto: Divulgação)

PATERNIDADE
Durante a pandemia, Piçarra se viu frustrado por não ter conseguido se apresentar ao vivo com o disco “South Side Boy” e voltou as atenções para a primeira filha, Penélope (fruto de seu relacionamento com a maquiadora e stylist Melanie Jordão). “Estive quase três meses desligado e concentrado na bebê e tudo o que estava acontecendo”, explica ele que deixou as coisas fluírem naturalmente, mas se viu na obrigação de compor. “Descansei e tive as minhas primeiras férias em quase seis ou sete anos.” Segundo o cantor, ele e Mel são pais “babadíssimos” (babões, para contextualizar). “Adoramos a nossa filha e, cada vez mais, vamos conhecendo cada coisinha dela. Essa é a parte mais bonita da paternidade.”

DÉCADA DE CARREIRA
Este ano, Diogo completa dez anos de carreira, desde que foi revelado no reality musical “Ídolos”, na televisão portuguesa. “Diria para ter calma, muita paciência, não ter pressa porque as coisas vão acontecer. Mas não pare de trabalhar. É muito importante não perder o foco”, diz ele que daria essa mensagem ao seu eu de uma década atrás. Diria também para não ter pressa em lançar as coisas, pois tudo acontece ao seu tempo. “No início, ficamos com o receio (de ser esquecido). Às vezes, isso é um passo em falso.”

Hoje, sentado em uma das cadeiras de jurado do “The Voice Portugal”, usa sua “sensibilidade” de calouro para guiar os participantes. “Seja para uma crítica mais construtiva ou um elogio para não atingir os extremos”, reforça. “Às vezes, não é só a voz para um programa destes”, diz ele que não está ali para brincar com os sonhos das pessoas. Mas, muitas vezes, as pessoas se esquecem que é um reality e a escolha de repertório, como uma música errada, pode acabar com um sonho, porque não percebeu aquela oportunidade como algo estratégico. Em sua vez, teve que aprender sozinho.

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