O ator Oscar Calixto viverá o seu primeiro protagonista na TV. Ele será Arrebita em “Brasil Imperial”, série original da Fundação Cesgranrio, que será exibida a partir do dia 10 de novembro no Amazon Prime Video. A produção se passa entre 1807 e 1822, quando se dá o processo de independência do Brasil. Ela é centrada no momento histórico que vai desde a decisão da Família Imperial de vir para o Brasil até o posterior regresso de Dom Pedro a Portugal, após a independência.
“O meu personagem é um homem do povo! Um serviçal da corte portuguesa. Ele vive um romance com Ana do Congo, interpretado por Jéssica Córes. É extremamente inteligente, ágil, perspicaz, detém o poder da retórica, sabe ler e escrever, e isso, para um homem do povo daquela época, já era muita coisa”, diz Calixto.
Oscar Calixto e Jéssica Córes em cena de “Brasil Imperial” – Foto: Divulgação
Toda a história de “Brasil Imperial”, que tem direção de Alexandre Machafer, é contada a partir do ponto do personagem de Oscar, que vem para o País com a corte em 1808.
“Achei interessante a construção da narrativa feita pelo Antônio Ernesto Martins, autor da série, porque funciona quase como que ‘A História do Brasil sendo contada a partir de um olhar sobre a vida de um homem do próprio povo’. É um extrato de 15 anos da nossa história, e óbvio, da vida do Arrebita e Ana do Congo. Brinco que o Arrebita vai ‘do menino ao homem em 15 anos’, argumenta Calixto.
O personagem de Oscar é o único, junto a Ana do Congo, ficcional dentro da trama.
“Ainda nos ensaios, o autor me disse que os dois personagens eram ficcionais, mas que eles também tinham um pouco de histórias que encontrou em pesquisas de cartas e textos antigos que continham pequenos relatos e impressões de gente mais simples sobre a vida do próprio povo da época, uma das razões que lhe motivou a criar o Arrebita e a Ana do Congo, essa dupla que sai recortando a História do Brasil.”
Oscar tem 22 anos de carreira, é natural de Maceió (Alagoas), e é um ator premiado. Atual Membro Correspondente da Academia Palmeirense de Letras, Ciências e Artes (AL), ele mora no Rio de Janeiro há 17 anos. Produziu, dirigiu e atuou em mais de 20 produções teatrais e já fez diferentes personagens na televisão, sendo um dos mais marcantes o “Carlos Barbosa” da novela “Rock Story” (TV Globo).
“Eu sou um ator que gosta de desafios e que tenta driblar o ‘lugar comum’. Gosto do risco e me sinto muito à vontade quando tenho liberdade de criação. O Carlos Barbosa foi um personagem que permitiu tudo isso. A direção do Dennis Carvalho e da Maria de Médicis, foi um verdadeiro presente. O Carlos Barbosa era o ‘vilão do vilão’ Lázaro (João Vicente de Castro). O meu personagem havia sido citado durante a novela inteira, o que, em si, já era uma baita responsabilidade. O que eu não esperava era a repercussão que ele podia gerar”, ressalta Oscar.
O ator de 41 anos também fez trabalhos na GNT, Multishow, na RecordTV, onde integrou o elenco da série “Milagres de Jesus” como antagonista do personagem do ator Claudio Gabriel e na trama “Luz do Sol”, de Ana Maria Moretzsohn.
Além disso, integra o elenco da série “A Divisão”, que tem direção geral de Vicente Amorim, que chegou ao ar recentemente no Globoplay.
Além da TV, o ator já fez cinema fora do Brasil, trabalhou em Honduras, México e Buenos Aires, onde morou por um ano e onde rodou dois longas e um curta.
“Já trabalhei com diretores de diferentes nacionalidades: brasileiro, argentino, mexicano, cubano, italiano, japonês, libanês, americano e londrino. Cada um lida com o set de uma forma, isso me trouxe uma riqueza muito grande, e com cada um deles aprendi algo muito precioso sobre o nosso ofício, sobre ser ator. Tudo isso está em mim de alguma forma.”
Além da TV, o ator estará em breve no cinema no longa “Pra Onde Levam as Ondas”, dirigido por Dan Albuk, com o personagem Pablo.
“O que posso adiantar sobre o Pablo é que ele trabalha em uma funerária, que é um cara bem divertido e meio ‘fora da casinha’. Foi um prazer enorme trabalhar com o Albuk e todo o elenco. Eu e o Dan nos entendemos muito bem desde o primeiro instante. Eu não o conhecia, fiz um teste e um ano depois ele me chamou para fazer o Pablo. O Dan é um diretor muito generoso e absolutamente fora do lugar comum. Me deixou muito à vontade para criar o Pablo”, completa.