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Novo artista: o carioca Luthuly traz romantismo, sensualidade e favela no álbum de estreia “Pele”

Para ficar de olho: o novo artista carioca Luthuly traz um mix de sentimentos e sensações no álbum de estreia “Pele” (Som Livre) (Foto: Divulgação)

Criatividade, texturas, estilo, sensualidade, romance, muita energia e música essencialmente preta se destacam em “Pele“, primeiro álbum solo do cantor e compositor carioca Luthuly, que sai pelo slap, selo da Som Livre.

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Com 7 faixas com arranjos, letras e interpretações fortes, o projeto de estreia de uma das vozes mais interessantes da nova cena chega com swing e estética que passeiam por referências entre Childish Gambino, Cassiano, Beyoncé e Tim Maia.

O som traz um R&B contemporâneo caprichado, com produção de Lux Ferreira e, entre os versos apaixonados, um posicionamento político claro e sutil que exalta as raízes do artista.

Cria da favela da Rocinha, o cantor e compositor conhece de perto a pobreza e a nobreza, já que morou alguns anos da adolescência em prédio luxuoso da Zona Sul. Desde os 10 anos, Luthuly canta.

É daqueles caras que a gente olha e vê logo que é artista. É inquieto, elétrico. Toca teclado, guitarra , dança, atua, conversa, discute. Opina mesmo. É forte como seu nome de nascença: Luthuly Ayodele. Alma africana, desenvoltura do morro carioca e beats gringos.

“Who´s that boy, who’s that nigga?”, indaga ele na primeira faixa, “Who´s That Boy?“, deixando claro que muito mais do que fama, Luthuly está em busca de reconhecimento do povo preto e isso fica claro também no título do disco. “‘Pele’ é onde escorre o choro, onde bate o sol. É a magia e a potência”, filosofa. “Eu quero com esse álbum poder causar representatividade, emoção, sintonizar os povos e trazer amor. Amor e música são símbolos de salvação para a minha existência”, explica o cantor. A faixa ganhou clipe e fashion film produzidos por Ladybird e dirigidos por Helder Fruteira, recheados de movimentos, beleza e atitude.

Para o diretor, o fato de Luthuly ser um artista versátil e performático trouxe infinitas possibilidades criativas e artísticas para a produção. “Além da música ser incrível e ter guiado todo o processo criativo do filme, esse foi um set de filmagem que contou com uma equipe diversificada e um processo de criação coletivo. A musicalidade e essência de Luthuly acabaram se conectando com tudo o que envolveu esse trabalho, e a leveza proporcionada por um ambiente de profundo respeito ao outro ficou evidente no filme”, diz Fruteira.

Foto: Divulgação

Aisha Mbikila, outra diretora criativa da Ladybird, participou do videoclipe como atriz. “Ela foi nossa musa inspiradora, personificando os sentimentos cantados na música. É incrível poder estar rodeado de tantas pessoas talentosas”, afirma o diretor.

 

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