Reprodução: Casa das Rosas
Depois de seis meses realizando a sua programação 100% online, a Rede de Museus-Casas Literários, formada por Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida e Casa Mário de Andrade, retoma a atividade de visitação presencial nesta quarta-feira (14.10), seguindo todas as medidas de proteção à saúde do público e de funcionários.
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Inicialmente, os museus passam a abrir ao público de quarta-feira a sábado, das 12h às 16h, e com número restrito de visitantes, que a partir de agora deverão agendar as visitas pelo site de cada museu. A Casa das Rosas poderá receber até 10 pessoas por hora; a Casa Mário de Andrade e a Casa Guilherme de Almeida receberão até 4 visitantes por hora.
A retomada das atividades da Rede de Museus-Casas Literários, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciada pela Poiesis, segue o Plano São Paulo de controle da pandemia. Nesta primeira fase de abertura serão permitidas apenas visitas aos museus que hoje abrigam exposições para diversos públicos.
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Os visitantes podem conhecer a estrutura do museu advinda da década de 1920, quando o casarão no estilo clássico francês foi projetado pelo arquiteto Francisco de P. Ramos de Azevedo e onde seus herdeiros viveram até os anos 1980.
Para todas as idades, a exposição “Arteletra em Trânsito” retorna aos espaços internos do museu, com as relações e experiências entre poesia e imagem, a partir da parceria entre o poeta Álvaro Faleiros e o artista e ilustrador Fernando Vilela. São 93 trabalhos desenvolvidos nos últimos 20 anos, entre eles obras inéditas, organizados em séries de gravuras, pinturas, esboços, desenhos, estudos, processos e poemas dos livros “Caracol de Nós”, “À Flor do Mal”, “Meio Mundo”, “Achando a Chave”, “Invento no Vento” (inédito), “O Voo de Vadinho” e “O Sapoeta”. O público pode conhecer as obras até o dia 15 de dezembro.
Casa Guilherme de Almeida
Móveis, objetos e livros que pertenceram ao patrono do museu, poeta, tradutor e jornalista Guilherme de Almeida, e à esposa, Baby de Almeida, continuam como parte da exposição de longa duração. Os visitantes também encontram o acervo de obras de artes, entre elas gravuras, desenhos, esculturas e pinturas, em grande parte oferecidas por artistas modernistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Victor Brecheret.
O museu literário e biográfico ainda oferece nova exposição de curta duração que marca o centenário de “Livro de horas de Sóror Dolorosa: a que morreu de amor” (1920), de Guilherme de Almeida. O público pode conhecer a repercussão, na época, do lançamento da obra de poemas sobre os conflitos entre a adoração religiosa e a ligação carnal por meio da personagem de uma monja que sofre uma desilusão por um relacionamento.
As edições raras do livro e como o mesmo inspirou a escultura em bronze “Sóror Dolorosa” (1921) de Victor Brecheret, obra integrante do acervo da instituição e que esteve na mostra do artista na Semana de Arte Moderna de 1922, completam a exposição aberta até 15 de dezembro.
Casa Mário de Andrade
A exposição de longa duração “Morada do Coração Perdido” traz a trajetória multifacetada do escritor, músico, pesquisador e gestor cultural Mário de Andrade, as curiosidades da residência onde o modernista e seus familiares viveram entre as décadas de 1920 e 1940, além de como o imóvel, que completa 100 anos em 2020, se tornou instituição museológica.
As pessoas que procuram pelo museu também encontram a retomada das exposições “Mário & Alphonsus revisitados” e “Tarsivaldo”. A primeira é voltada aos 100 anos da visita de Mário de Andrade ao poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens, em Mariana (MG), e a repercussão do famoso encontro por meio de referências em cartas e publicações da época. Aberta para visitação até o dia 15 de dezembro.
A segunda é uma celebração à amizade com afetos e conflitos entre Mário e o casal Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade. O que hoje se conhece como shippar (unir nomes de um casal pelo qual torce para dar certo) equivaleria ao que Andrade fez nos anos 1920, quando chamava o casal de “Tarsivaldo” em correspondências pelas quais abordavam situações corriqueiras, os rumos artísticos no Brasil e outros assuntos. Aberta até 31 de outubro, a exposição “Tarsivaldo” tem cerca de 30 documentos, entre reproduções de cartas, de fotografias, cartões-postais e de publicações de jornais, junto a uma vitrine com alguns livros e revistas modernistas.
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 – Paraíso – São Paulo (próximo à estação Brigadeiro do metrô)
Convênio com o estacionamento Parkimetro: Alameda Santos, 74 (exceto domingos e feriados)
Acessibilidade: rampa de acesso, elevador e videoguia em libras.
Entrada gratuita
Casa Guilherme de Almeida
Casa Mário de Andrade
Rua Lopes Chaves, 546 – Barra Funda – São Paulo
Acessibilidade: rampa de acesso ao andar térreo e fraldário móvel.
Entrada gratuita