Kian Ogo – Foto: Divulgação
Na música, temáticas que são tratadas como tabus na nossa sociedade vem à tona. Sendo uma pessoa LGBTQIA+, Kian Ogo se propõe a relembrar as dores e as opressões homofóbicas que sofreu em ambientes religiosos na sua infância e adolescência, e mostrar para as pessoas que passaram ou ainda passam por essa rejeição dentro da fé, uma visão mais independente da espiritualidade onde qualquer forma de amor será celebrada e encorajada, livre de construções sociais heteronormativas.
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“Você não precisa fechar a porta da espiritualidade por causa da hipocrisia de algumas pessoas. Existem cada vez mais igrejas LGBTQIA+ por aí, e se você quiser se conectar com o Universo sem nunca mais pisar em uma igreja, tudo bem também… Eu acho que o amor é a única coisa fundamental”, conta Ogo.
Ele é uma persona artística. Dentro de sua narrativa é uma inteligência artificial alienígena. Se lançou no mercado em 2019 e mostrou seus primeiros singles “Legião”, “Amor Retrô” e “Game Boy” apresentando seu eletropop indie mesclado com MPB, sempre acompanhado de vídeos e referências visuais e estéticas que flertam com a mitologia judaico-cristã, ficção científica e o movimento retrowave.
Em abril de 2020, lançou um EP com seis faixas intitulado “O Ev4ngelho de Kian Ogo, Pt. 1“, disponível em todas as plataformas digitais composto pelos singles anteriores e mais três faixas, essas, mais políticas abordando temas como racismo, desigualdade e intolerância religiosa.
Por trás dessa persona está o brasiliense, Jon Fonseca, ator, músico, compositor, coreógrafo e escritor brasiliense que recentemente se mudou para São Paulo e criou o universo de Kian Ogo com o objetivo de ser um projeto musical, visual e de ficção. Jon participou de musicais profissionais na capital como “Domingo no Parque“, “Quem Um Dia Irá Dizer“, “Agreste” e “Um Reles Potter” como ator, cantor e dançarino, assina o livro de ficção “Aura: Mundos Sombrios, Vol. I”, publicado pela Modo Editora, a produção e composição de seu álbum debut “TNT” (2018) e atualmente também atua como coreógrafo do Instituto Lumiere em São Paulo.