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Tiê lança “Kudra”, álbum criado na quarentena; ouça

Foto: Rodolfo Magalhães

Com novas perspectivas sobre o tempo e a vida, o álbum “Kudra”, de Tiê, idealizado e gravado nos últimos meses de pandemia, chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (02.10). Em formato enxuto, com seis faixas inéditas, o disco foi criado no estúdio Rosa Flamingo, e tem produção musical de André Whoong, Gianni Salles, Flávio Juliano e Adriano Cintra, além das participações especiais de Filipe Catto e de Amora, filha mais nova da Tiê. A direção geral de arte é assinada por Rita Wainer, fotografia de Rodolfo Magalhães, styling de Carol Roquete e arte de Ana Ariette.

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“‘Kudra’ nasceu de um reflexo da quarentena, desse momento de reclusão, de rever as coisas, os hábitos, faxinar a casa, a mente e os HD’s. Não é tempo de festejar, mas é importante colocar a música pra fora. Algumas letras têm essa intenção de ser como um acalanto”, comenta Tiê, que traz para o título de seu quinto álbum autoral a palavra que significa amor, além de ser um nome de uma cidade na Índia e também um sobrenome de família.

Foto: Rodolfo Magalhães

“É a vivência de um ciclo, a necessidade de olhar pra dentro que o isolamento social trouxe, tentar de fato entender o interior e o que está a nossa volta”, complementa.

O álbum explora algumas ideias arquivadas, revistas agora com um novo olhar, além de canções inéditas. “Apesar de ter sido elaborado em menos tempo que o comum, foi um processo de descarrego, mas leve. Sinto que minha voz está registrada de maneira diferente a cada faixa, e isso me agrada”, conta ela, que espelha essa fase também no visual. “Estamos constantemente recriando, renascendo. É sempre um novo momento”, diz.

O álbum abre com a faixa “Crepúsculo”, uma parceria de Tiê e Flávio Juliano, com produção dele e de Gianni Salles. Aberta pelo som de violoncelo, a cantora conta que gravou a música deitada: “a letra é mais falada, trago um jeito distinto de cantar”. Em seguida, o som “E Nasce Uma Mãe”, que explora a maternidade no sentido de cuidar, de aprender: “quando nasce um bebê, também surge uma mãe. Aqui trago a sensação do gerar, não só da gestação, mas de você olhar algo e acompanhar o crescimento e a troca”, diz.

Foto: Rodolfo Magalhães

Em “Lado Bom”, primeira faixa de trabalho do novo projeto, a cantora, em parceria com Gianni e André Whoong, que também produziu a faixa, traz a mensagem dessa situação da velocidade das informações, do celular, mas de tentar sempre ver a parte positiva dos momentos, dos diálogos. Não lutar contra e sim entender os benefícios. Ainda neste lugar de enxergar a vida de maneira leve, Tiê, André e Filipe Catto criaram “E Daí”, que em clima solto e despojado, busca mostrar a importância de encerrar os ciclos, apesar de possibilidade da dor, sempre rir e se divertir com as histórias.

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