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Curta com produção remota “Lockdown – Não Tem Vacina” aborda violência doméstica durante quarentena

Foto: Divulgação

O curta “Lockdown – Não tem vacina”, é um projeto da Produtora Girassol que reuniu uma equipe de mais de 30 mulheres de todo o País em uma produção remota. O principal objetivo do curta é mostrar que a pandemia é apenas um agravante para uma doença que é crônica no Brasil: a violência contra a mulher.

“A quarentena apenas intensifica os comportamentos abusivos e agressivos do companheiro. A intenção é traçar uma relação comparativa entre sentimentos que são comuns em períodos de pandemia como medo, insegurança e instabilidade emocional com sentimentos que mulheres que são vítimas passam diariamente”, explica Daila Ferreira, diretora do curta.

A produção conta com apoio do diretor Pedro Vasconcelos, coprodução da Boa Ideia Entretenimento, e tem Paulinho Vilhena como produtor associado. O curta será exibido no Cléo On Demand, da atriz Cléo que também entra como coprodutora do projeto. O elenco principal é composto pelas atrizes: Maytê Piragibe, Carolina Bonjour, Bianca Faria, Roberta Santiago.

O projeto, que teve o aporte inicial financiado pela Boa ideia Entretenimento, fez um financiamento coletivo no Catarse para custear equipe e gravações e destinar parte do dinheiro arrecada ao Instituto Marielle Franco.

“Lockdown” conta a história de quatro mulheres dentro do contexto da violência doméstica, agravado pela pandemia da Covid-19, a história fictícia, porém baseada em fatos reais, retrata as dificuldades que cada uma enfrenta. Para desenvolver a trama, o curta-metragem busca utilizar narrativas de passagem de tempo e cenas que deixem o espectador incerto.

O intuito é causar desconforto, confusão e dúvida quanto ao que está acontecendo. Sentimentos que, muitas vezes, vítimas da violência vivem.

A equipe busca alcançar pessoas que não estão acostumadas a discutir o tema, com o intuito de ajudá-las a identificar o que é violência doméstica. Além de evidenciar que a violência está presente em muitos lugares e que a desigualdade racial, social e econômica agravam essas situações. O curta, que tem previsão de estreia para segunda quinzena de setembro, já foi convidado para participar do Festival Internacional de Miami.

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