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“Amazônia”, de Renato Gosling, chega à Suíça

Foto: Divulgação

No próximo dia 21 de agosto, a cidade suíça de Lausanne exibe o mais novo trabalho de Renato Gosling: “Amazônia”. Com uma forma singular e técnicas inovadoras, o artista utilizou-se de elementos naturais entre guloseimas e vegetais, para criar sua obra.

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Sob um novo olhar, brócolis retratam árvores centenárias e na mesma direção, uma doce e deliciosa geleia de uva representa o caudaloso Rio Negro. Tinta acrílica embebedaram chumaços de algodão para um céu azul resplandecente. Uma obra disruptiva na qual processos se misturam e que faz parte da exposição “Arte Sem Fronteiras”, até 11 de setembro no Swiss Art Space, Lausanne, Suíça.

Visceral, “Amazônia” foi criada em um espaço diminuto de moldura de madeira freijó (dimensões A2) e leva a urgente reflexão no que anos de queimadas e derrubadas podem fazer com o imenso pulmão verde do mundo. O resultado fotografado e impresso em Fine Art, com apenas oito exemplares em três medidas distintas: 1,20m x  0,80m, 1m x 1,40m, 1,20m x 1,80m longe de ser um trabalho que se assemelhe ao clássico da fotografia, exprime volume, verdade e tridimensionalidade que modificam e traduzem a imagem, ainda, mundialmente conhecida.

Foto: Divulgação

A curadora da mostra, Francy Beltrão Thiébault, brasileira radicada na Suíça há mais de 30 anos, conta que a força ideológica e imagética foram decisivos em sua escolha. “A obra do Renato é algo lindo. Há tanta delicadeza e uma fineza na concepção que impressionam e nos leva à reflexão sobre o quão sensível é a vida e o que ela nos impõe, de tão efêmera, mas, mágica ao mesmo tempo”, pontua Francy.

Uma obra singular que integra a série “Ícones Brasileiros” criada por Gosling e que nasceu da angústia do artista na ânsia de mostrar, por meio da arte, sua indignação e sofrimento com o descaso e maltrato à floresta ofertados. O artista, cujo trabalho se destaca em dar novos significados a madeiras e tantos outros itens descartados, seja pelo homem, seja pela natureza, sentiu em “Amazônia” o momento oportuno para a expressão de uma visão análoga ao que faz: se aproveitar do perfeito estado da natureza para denunciar o possível fim.

“Até que ponto vamos nos calar, temer e não lutar pelo que deve ser feito e encarado?”, questiona o artista.

Serviço

Vernissage: 21 de agosto.

Local: Swiss Art Space – Lausanne – Suíça.

Expo Place Swiss des Arts I Rue de Valentin 32 I CH – 1004 Lausanne.

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