O #NaVaranda convida artistas, críticos, professores, educadores e articuladores de um pensamento contemporâneo para apresentar um panorama sobre a arte e a cultura na contemporaneidade.
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As publicações apresentam análises, resenhas, evocações, em formatos variados e acontecem toda terça, a partir das 10h, no perfil do Instagram e canal do YouTube da Casa de Cultura do Parque. Confira nossa programação para este mês.
Pedro França – Foto: Divulgação
Terça, 11 de agosto
Desde 2011, Pedro França vem produzindo pinturas, vídeos e instalações engajadas no rearranjo de imagens e objetos da mídia, da história e da cultura. Para esta edição, frança produziu “Resíduo: um ensaio audiovisual sobre gif, repetição e trauma”, que termina com uma proposta de um memorial a Canudos.
França é artista e membro da Cia Teatral Ueinzz. Estudou na Escola de Artes Visuais no Rio de Janeiro e tem mestrado em História Social da Cultura pela PUC-RJ. Entre suas principais exposições individuais e coletivas, estão “AI-5 – Ainda não acabou de acabar” (Instituto Tomie Ohtake, 2018), “Transformers” (Auroras, 2018), “Don’t Judd me, acabei de chegar e tem uma úlcera gigantesca entre nós” (MARP, 2018), “Lugares do delírio” (MAR, Rio de Janeiro, 2017), “Frestas – Trienal” Sesc, 2017, “Objeto da natureza” (Temporada de Projetos, Paço das Artes, 2014) e “Homeroadmovie” (Centro Cultural São Paulo, 2012). Foi indicado para o prêmio Pipa em 2016, 2017, 2018 e 2019, e para o Prêmio Marcantonio Vilaça em 2019.
Maria Noujaim – Foto: Divulgação
Terça, 18 de agosto
A artista Maria Noujaim compartilha seu processo de tradução gestual do poema bíblico “Qohélet”, mais conhecido como “Eclesiastes”. O cerne do poema, que contém a famosa frase “não há nada novo sob o sol”, consiste de uma indagação acerca do sentido da vida — indagação esta a que a artista responde com os próprios sentidos do corpo, em um processo de repetição e imprevisibilidades. A tradução não se dá pela correspondência palavra-palavra, mas sim por um processo simbólico, procurando não esclarecer o poema, mas dançar sua pergunta. A partir de uma pesquisa que nasce no corpo, sua prática carrega uma espacialidade própria através do uso de materiais e desenhos.
Maria é artista, formada em Dança pela Escola Angel Vianna e doutora em História Social da Cultura pela PUC-RJ. Seu trabalho nasce de movimentos conformados entre escultura e linguagem, com investigações sobre forma e poesia. A artista frequentemente expande sua atuação por meio de exercícios pedagógicos e produção de partituras no trabalho com intérpretes. Realizou a exposição individual “Recomeços: quatro inícios” na Galeria Jaqueline Martins (São Paulo) e participou de exposições coletivas em espaços independentes e institucionais, como Observatório (São Paulo), Change-Change (Budapeste), Oi Futuro (Rio de Janeiro), Casa França-Brasil (Rio de Janeiro), Galeria Bruno Múrias (Lisboa), entre outros. Em 2020, foi selecionada para o Grants and Commissions Program Award da Cisneros Fontanals Art Foundation (Miami, EUA).
Terça, 25 de agosto
O programa apresenta o Ali (arte livre itinerante): uma escola nômade de arte que estabelece trânsitos entre centros e periferias que hoje tem como foco de suas ações o distrito de Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo.
Compreendendo escola como lugar de trocas e construção coletiva de conhecimento, o projeto propõe ações continuadas de articulação e mapeamento de coletivos diversos, artistas, movimentos e espaços culturais com o objetivo de realizar cursos, encontros, grupos de pesquisas, exposições, visitas guiadas a ateliês e centro de artes além de contribuições na formação de grupos e fortalecimento de redes culturais.
Com cerca de um ano e meio de existência, fazem parte atualmente do conselho deste grupo Ana Prata, André Komatsu, Bruno Dunley, Ding Musa, Lucia Koch, Rodrigo Andrade, Sara Ramo, Wagner Morales e Gustavo Vidigal. O projeto conta com a assistência geral de Leandro Muniz e parcerias de Antônio Carlos Guerra, Evandro César, Link e Lucas Lins, todos poetas e artistas da Cidade Tiradentes.