Foto: Divulgação/Instagram
O Sesc São Paulo promove desde maio a série Teatro #EmCasaComSesc, com a transmissã de diferentes trabalhos cênicos, direto da casa dos artistas, sempre às segundas, quartas, sextas e domingos, às 21h30. Nesta semana, o público assiste aos monólogos “Medusa”, com Caco Ciocler, “Terra em Trânsito”, interpretado por Fabiana Gugli, e “Instabilidade Perpétua”, com Soraya Ravenle.
Na quarta-feira (29.07), Ciocler encena “Medusa”. Originalmente, o solo forma parte do espetáculo “Fluxorama”, com direção de Monique Gardenberg e texto de Jô Bilac, composto por quatro peças curtas – Amanda, José Guilherme, Valquíria e Medusa, esta última sugerida por Gardenberg ao autor quando convidada para dirigir a primeira encenação. No texto, Ciocler interpreta a tentativa desesperada de um homem de meditar em meio ao caos urbano. Ao tentar esvaziar a mente, a questão do sentido na vida se coloca em seu caminho. A peça oferece uma reflexão, ora cômica, ora dramática, a respeito do homem contemporâneo e sua existência num mundo em aceleração.
“Fluxorama” surge de um processo de investigação da dramaturgia performativa e toma o ato de pensar como ponto de partida para a criação. A narrativa é constituída sob a ótica de personagens que vivenciam situações-limite, tornando-se reféns do fluxo de seus pensamentos e memórias, num curso ininterrupto de consciência.
Foto: Reprodução/Instagram/@ fabigugli
Fabiana encena, na sexta-feira (31.07), “Terra em Trânsito”, espetáculo dirigido por Gerald Thomas e com a participação de Marcos Azevedo. A peça narra a história de uma cantora de ópera que se encontra dentro de um camarim em processo de concentração, aquecimento e delírio. Ela conversa o tempo todo com um cisne e alimenta o animal, com a intenção de fazer foie gras. O texto, uma homenagem a Glauber Rocha, é lúdico, verborrágico e nos remete ao universo das grandes estrelas atormentadas, como Judy Garland ou Bette Davis. Nervosa o tempo todo, a diva se ajeita no espelho, fala pelos cotovelos, arruma o cabelo, o figurino, aquece a voz, dança e divaga sobre o mundo e a vida.
Foto: Reprodução/Instagram/@ sorayaravenle
No domingo (02.08), Soraya apresenta “Instabilidade Perpétua”, seu primeiro solo teatral, baseado no livro homônimo do filósofo e poeta paulistano Juliano Garcia Pessanha. A obra, publicada em 2009, apresenta uma coletânea de ensaios filosóficos e historietas. Assinando a dramaturgia com Diogo Liberano, Soraya instiga o público com aspectos filosóficos da existência humana em sociedade, oferecendo ao espectador uma maneira de enxergar a vida através das próprias feridas. A encenação é o resultado de um processo colaborativo que contou com quatro diretoras: Julia Bernat e Stella Rabello, responsáveis por esta adaptação audiovisual, e que junto com Daniela Visco e Georgette Fadel formam o grupo de diretoras da encenação para o teatro.
Assista online em sesctv.org.br/aovivo.