“As pessoas precisam de acalento, de carinho e, se eu conseguir dar minimamente isso para elas, já estou feliz. Vou continuar fazendo música porque estou me sentindo útil. Não é se omitir do que está acontecendo, mas é passar por isso de uma forma melhor, com um sorriso no rosto.”
É assim que Di Ferrero, de 35 anos, pensa sobre fazer, gravar e lançar músicas durante a quarentena. O músico, que hoje vive em Florianópolis ao lado da modelo Isabeli Fontana, foi um dos primeiros brasileiros a vir a público contar que estava com a Covid-19.
Hoje, totalmente recuperado, ele se diz pronto para escrever músicas sem parar até o fim do ano. E olha, pelo jeito, vai de fato acontecer. Nesta sexta-feira (10.07), Di Ferrero se junta a Iza para o single “Onde a gente chegou”.
Fora isso, o atual projeto do artista é o “Di Boa Sessions”. Originalmente pensado para ser uma festa/show em que ele encontraria seus fãs para celebrar o atual bom momento da carreira solo, Di resolveu – por conta da pandemia do coronavírus – lançar EPs ao lado de outros amigos artistas.
“Serão 4 EPs. É um projeto leve, não tem o peso de ser um álbum. Serão EPs com regravações, músicas minhas, músicas dos convidados, faixas inéditas. É essa a ideia”, conta ele, revelando, também, que este projeto é “atemporal”. “Ele é meio atemporal. Fiz os 4 iniciais, mas quero fazer com muita gente”.
O primeiro dos quatro foi ao lado do amigo e parceiro Thiaguinho, mas Di Ferrero contou com exclusividade ao RG que prepara outros dois com Vitor Kley e Lucas Silveira, da banda Fresno.
“A gente se conhece tem muitos anos. Eu vi ele crescer e ele me viu crescer na carreira, e estávamos sempre um do lado do outro. Estamos preparando umas coisas bem legais”, conta ele sobre Lucas, afirmando que eles estão gravando à distância por conta do distanciamento social.
Mesmo com uma lista enorme de lançamentos previstos, Di Ferrero diz querer muito mais por estar em uma “boa fase de composições”. “Quando lançar estes quatro, eu vou lançar mais um monte de coisa que eu estou fazendo. Estou em uma fase criativa muito intensa e boa”, disse, concluindo que irá lançar muitas músicas ainda em 2020.
Veja o papo com Di Ferrero na íntegra.
RG – Você está passando estes últimos meses de quarentena onde?
Di Ferrero – Estou em Florianópolis mesmo. Estou aqui há um tempão já, né? Teve o ciclone, passou por aqui.
RG – Você sentiu aí na sua casa?
Di Ferrero – Sentimos sim, passou na minha casa. Quebrou vidro, arrancou telha, derrubou árvore. Foi intenso, mas estamos todos bem, graças a Deus. Todos bem. Foi só um susto enorme mesmo e do nada, né?
RG – Sim, de repente. E eu nem vou te perguntar nada sobre Covid porque você já falou bastante coisa sobre e a gente já leu muito disso. Pensei em focar no seu novo projeto de música, que é o “Di Boa Sessions”. Conta um pouco para nós a ideia deste seu novo projeto. Serão 4 EPs lançados separadamente?
Di Ferrero – Este projeto é como se fosse uma celebração. Antes da pandemia, eu ia fazer umas festas um pouco diferente. Estou acostumado a fazer shows que as pessoas vão e acabando o show elas vão embora. Elas vão lá só para te ver. Então, o “Di Boa” é para ser uma festa, um evento, no qual eu vou organizar e pretendo tocar um setlist variado. Sempre quero chamar uma participação diferente para confraternizar com outros artistas e até com fãs. Chamar a galera pra subir no palco. Algo bem descontraído. O projeto era uma festa mesmo e, quando tudo isso passar, vou fazer. Enquanto isso, estamos lançando os EPs. Eu chamo as pessoas mais por afinidade de trabalho mesmo. O Thiaguinho é um grande amigo meu, a gente entrou no estúdio e decidiu juntos, ali na hora mesmo, quais músicas a gente ia fazer. E estou fazendo isso com os outros convidados. Serão 4 EPs. É um projeto leve, não tem o peso de ser um álbum. Serão EPs com regravações, músicas minhas, músicas dos convidados, faixas inéditas. É essa a ideia.
RG – E quando puder fazer um show ao vivo do “Di Boa Sessions”, como você imaginou esse show: de dia, de noite, lugar fechado, lugar aberto? Como vêm na sua cabeça?
Di Ferrero – Eu imaginei fazer de dia, mas não é uma regra. Eu fiz uma live, que chamou “Di Boa”, e teve um setlist variado. Era para durar umas quatro horas porque eu vou fazer mais lives, mas durou bem mais. Quero começar esses shows mais cedo porque o negócio vai ser grande, entendeu? Vou tocar muita música! Seria legal ser de dia. Quem sabe no próximo verão conseguimos fazer!
RG – E eu ia te perguntar isso: como foi o privilégio de estrear esse projeto ao lado do Thiaguinho?
Di Ferrero – É incrível, sem palavras. O Thiaguinho tem uma festa, que é a “Tardezinha”, que é mais ou menos o que eu pensei da festa “Di Boa”. A gente estava há muito tempo para fazer algo juntos e acho que as pessoas não esperariam alguma parceria nossa. Foi essencial começar com ele. Ele tem a cara do projeto.
RG – E você disse que vocês são amigos, né? Como rolou essa amizade?
Di Ferrero – Cara, deixa eu pensar…Faz muito tempo. Conheci primeiro o Exaltasamba. Lembro que fui em um dos últimos shows de despedida do Exalta e a gente começou a sair juntos, dar rolê. Na época, eu ainda estava com o NX Zero. E nossas vidas foram mudando, eu mudei de cidade, fomos se encontrando e ficamos amigos. Nos falamos sempre, e sobre tudo: a vida, música. Cantamos pela primeira vez em um programa da Xuxa. Eu cantei uma música dele e ele uma minha. E ele gosta de tudo, ele é do pagode e do samba, mas ele conhece umas bandas de pop, rock. Ele flerta com tudo isso.
RG – Falando de outros ritmos musicais, você tem interesse ou se sente a vontade de se arriscar em outros estilos musicais, fora o pop? Você se sente confortável?
Di Ferrero – Eu acho que esse é o grande lance de ter personalidade. É eu ser eu mesmo até dentro de outros estilos musicais. O lance do “Di Boa” é que eu estou trazendo as músicas para mim. Com o Thiaguinho, a gente gravou uma dele que chama “Ponto Fraco”, que não lançou ainda, que é um samba. Na live, eu cantei “Evidências” com a minha releitura. Então, eu acho que eu consigo cantar músicas que não sejam do meu universo que eu goste e que eu possa trazer para mim. A ideia é levar isso para os shows e para os EPs.
RG – Tem uma periodicidade para lançamentos destes EPs?
Di Ferrero – Estamos trabalhando com a ideia de soltar um EP por mês, mas entre eles, lançaremos também singles soltos, assim como foi o meu último “Desculpa”. Amanhã sai com minha parceria com a Iza e tem tudo a ver com agora. O “Di Boa” é para ser assim: um encontro com as pessoas e irmos gravando. Ele é meio atemporal. Fiz os 4 iniciais, mas quero fazer com muita gente.
RG – É um projeto longo que não vai ter fim, digamos assim? Vai ir fazendo?
Di Ferrero – Exatamente isso, não tem fim. Estes quatro primeiros sairão um por mês, mais ou menos, e cada um com um artista diferente.
RG – Legal! Eu li que um destes EPs vai ser com o Vitor Kley. Como foi gravar com ele? Curtiu o resultado?
Di Ferrero – Foi demais gravar com ele, gravamos antes da pandemia. O Vitor tem a minha vibe. Eu adorei porque tem muitas pessoas que falam que ele é parecido comigo, nossos amigos em comum e até produtores. Eu fiquei feliz demais porque ele é muito para cima. Deu muito certo. Foi muito fácil ficar com ele no estúdio. Escolhemos a música, começamos a gravar ali na hora. Ele escolheu uma que ele gosta, da época do NX Zero e eu escolhi uma dele. E já rendeu mais coisas, fizemos coisas inéditas. Quem sabe ainda dá tempo de colocar no EP mais uma música inédita nossa. Foi ótimo, eu adorei o resultado.
RG – E como você se sente regravando músicas do NX Zero, que fizeram parte do começo da sua carreira? Se sente mais maduro, musicalmente falando?
Di Ferrero – Para mim, é muito natural. Tem várias canções que a gente regravou que eu lembro da fase que estava minha vida quando eu escrevi, eu toco elas nos meus shows, os fãs pedem. É muito tranquilo. Até acho que é uma coisa legal que é relembrar os fãs dos momentos que eles viveram com a gente. Acaba sendo uma homenagem para tudo que vivemos juntos.
RG – Os outros dois artistas que vão gravar com você os EPs você já pode falar quem são?
Di Ferrero – Não vou te contar de todas, mas vou te dar um spoiler: tem um EP com o Lucas, da Fresno. Acho que é legal também porque, juntos, participamos de um movimento musical muito bom. A gente se conhece tem muitos anos. Eu vi ele crescer e ele me viu crescer na carreira, e estávamos sempre um do lado do outro. Então, vai ser muito legal. Estamos preparando umas coisas bem legais. Estamos gravando à distância.
RG – Falando nisso, como tem sido sua experiência de gravar à distância?
Di Ferrero – As primeira foram bem difíceis, assim. Eu estou gravando pra caramba, né? Então, já me acostumei eu acho. Música é muito sentimento. Igual show, sabe? Estar no estúdio, tocar junto, trocar sentimentos depois de cantar, escolher o tom. Mas, como tudo na vida a gente se adapta, a gente se adaptou também. Tem um prós também, devo confessar: posso fazer tudo no meu horário, posso acordar mais tarde. Sou mais da madrugada, então, floresce bem neste horário. Tem essa coisa de eu estar na minha casa, de qualquer jeito. Acaba sendo algo bem mais a vontade. Está sendo legal.
RG – Você está na carreira solo tem pouco menos de 2 anos, né? Vai completar. Como você enxerga sua trajetória solo até aqui? Você almeja muitos lugares que ainda não alcançou?
Di Ferrero – Almejo muitos outros lugares. Esta é a grande sacada, a gasolina para a gente continuar. Metas mesmo! E não estou falando de números ou grana. O lance é bem musical na minha cabeça, conseguir tudo o que eu quero, que são músicas novas, novas inspirações na minha carreira como cantor. Mas, também, fora da música, eu posso ir para vários lugares, como eu já fiz outras vezes, que é escrever, atuar, fazer musicais. Posso fazer muitas coisas. Tenho bastante planos de onde eu quero e posso ir.
RG – Não imaginava que você tinha planos de atuação. Imaginava que você era 100% música.
Di Ferrero – Sou também. Dentro da arte, agora que eu tenho essa liberdade como artista solo, eu posso transitar por onde eu quero, ter as minhas escolhas. Eu posso fazer.
RG – Uma curiosidade que eu tenho é como que está seu lado compositor durante a quarentena? Está conseguindo escrever coisas? Se a resposta for sim, quais os temas você mais tem sentido?
Di Ferrero – Olha, eu estou dividindo a quarentena em três fases. Primeira fase, que foi muito difícil. Para mim, a experiência pessoal foi bem intensa, ainda mais depois que eu peguei o Covid. A segunda fase foi a fase de entender e a terceira fase foi a de escrever sobre isso, que é a que eu estou agora. Então, estou conseguindo escrever sim. Estou escrevendo sobre meu dia a dia, meu cotidiano e também sobre sonhos, sobre histórias e, com isso, fugir um pouco da realidade e até fazer analogias com a atual situação. Acho importante isso. Tem muita gente que está deixando de lançar música. Eu estou pelo contrário: estou lançando música sem parar. Porque simplesmente eu vivo isso e é o que eu amo fazer e isso tudo tem ajudado as pessoas. Sinto que este é o meu papel neste momento. As pessoas precisam de acalento, de carinho e, se eu conseguir dar minimamente isso para elas, já estou feliz. Vou continuar nisso porque estou me sentindo útil. Não é se omitir do que está acontecendo, mas é passar por isso de uma forma melhor, com um sorriso no rosto.
RG – Para fechar o nosso papo, depois que você lançar estes 4 EPs do projeto “Di Boa Sessions” e você olhar para trás, o que você quer sentir?
Di Ferrero – Quando eu lançar estes quatro, eu vou lançar mais um monte de coisa que eu estou fazendo. Vou olhar para trás “rapidão” e continuar trabalhar. Estou em uma fase criativa muito intensa e boa. Quero lançar muita coisa este ano, vamos voltar a nos falar, sem dúvida nenhuma.
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