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Marcos Pasquim na quarentena: tranquilidade no Rio, jardinagem em casa e futuro esperançoso; veja fotos

Ensaio a distância de Marcos Pasquim exclusivo para RG feito pelo fotógrafo Vinícius Mochizuki (@viniciusmochizuki)

Em meio à pandemia do coronavírus, o ator paulistano Marcos Pasquim que mora no Rio de Janeiro há muito tempo está parado em casa – como muita gente.

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Com uma peça engatilhada e dois longas para rodar, Pasquim teve de travar todos os seus projetos e se dedicar a algo que descobriu ser bom: a jardinagem.

Durante a pandemia e com a volta de novelas antigas à grade das televisões, fãs de Pasquim pediram a reexibição de “Kubanacan”, novela que ele fez em 2003 dando vida a diversos personagens. “Foi um ótimo trabalho. Pude mostrar minha versatilidade como ator porque eu fiz vários personagens”, diz o ator, que acredita que sua fase “descamisado” estereotipou um pouco sua imagem, mas não prejudicou sua carreira.

“O que eles mandarem, a gente vai e faz. Mas na televisão, eles gostam de colocar quem tem mais a ver com o personagem. Mas, depois desta novela, fiz outros trabalhos com diferentes autores e fiz coisas incríveis. Vilões, várias coisas”, completou.

Fora isso, Pasquim ainda falou sobre sua vivência no teatro, sua relação com religião, família, drogas e sexualidade. Veja o papo na íntegra abaixo e o ensaio exclusivo feito a distância com o fotógrafo Vinícius Mochizuki.

RG – Como está passando a quarentena?

Marcos Pasquim – Eu estou como todo mundo, né? Fico inventando coisas para fazer aqui em casa. Já fiz jardinagem, eletrônica, troquei as lâmpadas de casa. Ler, ver série, ver filmes. Tenho feito isso. Quando começou a quarentena, em março, eu estava ensaiando uma peça em São Paulo. Voltei para o Rio no fim de semana antes da quarentena e, na semana seguinte, meu irmão veio para cá com a família. Ficaram aqui durante duas semanas, depois voltaram para lá, e depois vieram de novo. Então, de duas em duas semanas, a gente tem se visto. Isso me ajuda bastante. O que eu mais sinto falta é de ver gente, é bom ter alguém do lado neste momento. A família dá um apoio muito bom.

RG – E antes de começar a quarentena, você tava fazendo o quê? Trabalhando?

Marcos Pasquim – Eu estava ensaiando uma peça em São Paulo. Como somos dois atores e o diretor – que é do Rio também -, nós estávamos fazendo uma semana de ensaio lá, uma semana de ensaio aqui, até a gente estrear a peça, que aconteceria no dia 9 de maio.

RG – Neste tempo de quarentena, você descobriu que sabe fazer algo que você não sabia que fazia? Algum hobby?

Marcos Pasquim – Essa coisa de cuidar da casa, de jardinagem. A minha filha que morava comigo, e agora foi morar com a mãe, me pediu para a gente ter um bicho de estimação. Ela queria um cachorro e eu convenci ela que não seria uma boa ideia, porque quem ia cuidar dele era eu. Nisso, eu pedi para virem plantar uma roseira e falei que, se ela cuidasse bem delas, pensaríamos em um animal. Plantei uma roseira no jardim de inverno dela e ela nunca nem olhou para a roseira. E agora fui eu que podei, reguei todas as plantas. Gostei. E também troquei lâmpadas.

RG – Agora, durante a quarentena, como está seu lado ator? Você está conseguindo produzir algo?

Marcos Pasquim – Nada, está parado. Não estou conseguindo produzir nada. Eu tive umas ideias, mas não sei. Na realidade, eu sou produtor de uma peça que se chama “Casamento Feliz”, que estava em cartaz, e eu tive uma ideia de transmitir a peça para uma sala de bate-papo digital. Teríamos que reescrever algumas coisas. A gente teve essa ideia, mas estávamos vendo como colocar em prática. A minha peça mesmo, que eu estava ensaiando, não dá para colocar em prática desta forma. Todos os atores vão sofrer bastante com essa pandemia.

RG – O entretenimento vai sofrer muito, né?

Marcos Pasquim – Exato, vai ser muito difícil, eu acho. Vai demorar um pouco para termos aglomerações de novo. Quando tivermos a vacina, as pessoas precisarão de um certo tempo para perder o medo, para poder sair de novo. Vamos sofrer um pouco ainda, teremos que pensar novas formas, eu acredito.

RG – Eu estava até conversando com um amigo sobre isso umas semanas atrás. Acho que esse tempo de isolamento social vai ser muito bom para todos os artistas em geral criarem coisas, encontrarem o “eu” interno deles. Deve refletir nos próximos anos. Você não acha?

Marcos Pasquim – Eu acho que, talvez, quando reabrirem os teatros. Já ouvi papos de que os teatros vão reabrir com um terço da plateia e, com isso, eu pensei de fazer a peça ao vivo ser transmitida para pessoas que comprarem o ingresso e estiverem vendo de casa. Com isso, teremos uma amplitude maior. Pessoas vendo no Brasil, fora dele, em diferentes estados. Acho que uma equipe de filmagem vai ser incorporada ao teatro. Acho que isso pode ser uma tendência. Vamos ver.

RG – E o que você acha desta crise política política que está rolando no meio da maior crise humanitária dos últimos anos?

Marcos Pasquim – Eu não gosto muito de me meter em política, não. Eu tenho uma opinião formada, mas eu não quero ficar externando porque isso está separando todo mundo, sabe? Acho que todos os lados estão corretos. Entende? Eu entendo a pessoa que quer voltar a trabalhar, entendo a pessoa que precisa a voltar a trabalhar, senão a economia do País vai para o brejo. O País vai para o brejo, tudo vai para o brejo. Eu acho e concordo também que a fome e a falta de dinheiro e trabalho possa matar muita gente. E também, para as pessoas que querem preservar a saúde. Acho que os dois lados estão certos, mas, como que eu posso dizer? O que eu acho ruim de tudo isso é a roubalheira que a gente tem visto muito, sabe? As pessoas estão usando de uma pandemia, algo mundial, para lucrar. Isso me deixa muito triste. Quando todo mundo devia se ajudar, algumas pessoas preferem fazer o mal. É uma pena como usam isso para lucrar. Realmente, é um absurdo. Eu me considero brasileiro. Eu gosto do Brasil. É o que eu disse. Se a esquerda vai fazer melhor pelo Brasil, maravilha, eu vou torcer para a esquerda. Se a direita for fazer melhor, eu vou torcer pela direita. Eu vou torcer pelo Brasil. Eu acho que o Brasil é um País com muito potencial, acho o povo brasileiro maravilhoso, quero ver o Brasil crescer.

Ensaio a distância de Marcos Pasquim exclusivo para RG feito pelo fotógrafo Vinícius Mochizuki (@viniciusmochizuki)

RG – Saindo um pouco deste assunto, voltaram em pauta as novelas antigas. Vi a galera marcando você no Twitter e pedindo a novela “Kubanacan” de volta, né?

Marcos Pasquim – Cara, isso é tão legal! Eu tenho muitos fãs por conta de “Kubanacan” e eles me pedem para voltar “Kubanacan”. Não entendo porque não colocam uma versão compacta lá. “Kubanacan” foi muito divertido. Foi um ótimo trabalho. Foi um trabalho que eu pude mostrar minha versatilidade como ator porque eu fiz vários personagens. O Esteban era um agente secreto, ele ficava se disfarçando e fugindo da polícia. Ele se disfarçava de várias coisas. Eu fazia japonês, francês, branco, negro, muitas. Fiz de tudo e isso era muito bacana, muito gostoso. Fiz 5 personagens.

RG – E eu vi um comentário de um fã do Twitter que ele se descobriu gay enquanto ele assistia “Kubanacan”. Como que você lida com isso? É tranquilo?

Marcos Pasquim – Não vejo o menor problema! [risadas] Acho que vi esse comentário também. Não tenho o menor problema. Se eu pude ajudar alguém a sair do armário, show de bola.

RG – E este personagem fez muitas cenas sem camisa, né? Você se incomodava?

Marcos Pasquim – Não. Não é que me incomodava. Eram novelas do Carlos Lombardi. Ele, normalmente, faz as novelas em lugares quentes porque ele vai tirar a roupa mesmo. E não era só eu que ficava sem camisa. Era todo mundo descamisado. Como eu era protagonista, logicamente eu aparecia mais. No começo, lá atrás, em “Uga, Uga”, eu cheguei a pensar no fim da novela o porquê que eu tirava tanto a camisa. Isso me incomodava um pouco. Quando eu relaxei, eu levei na boa. Também tem que ficar claro que não era eu que resolvia ficar sem camisa. O ator não chega lá e pensa: “Poxa, aqui vai ficar bom se eu tirar a camisa”. Vem pronto! Tá escrito lá. Os textos do Lombardi, nas rubricas, vem tudo escrito como é que tem que estar, qual roupa tem que usar. Sempre está escrito! E eu não tinha o menor problema disso.

RG – E você acha que, por você ter feitos personagens mais sensuais, isso chegou em algum momento a atrapalhar a sua carreira como ator?

Marcos Pasquim – Eu acho que a gente fica meio estereotipado. Depois de “Kubanacan”, eu fiz “O Quinto dos Infernos” e lá eu pude mostrar – que eu já tinha demonstrado no trabalho anterior – mais minha dramaticidade. Então, eu acho que, claro, como fiquei como descamisado e depois com comédia, os outros autores da casa escolhiam de acordo com o que conheciam de atuação – o que eu não concordo muito porque, afinal de contas, somos todos atores e podemos interpretar tudo. O que eles mandarem, a gente vai e faz. Mas na televisão, eles gostam de colocar quem tem mais a ver com o personagem. Mas, depois disso, fiz outros trabalhos com diferentes autores e fiz coisas incríveis. Vilões, várias coisas.

Ensaio a distância de Marcos Pasquim exclusivo para RG feito pelo fotógrafo Vinícius Mochizuki (@viniciusmochizuki)

RG – E como sempre foi sua relação com seu corpo? Você sempre cuidou? A nudez era algo tranquilo para você?

Marcos Pasquim – Eu nunca fui muito “puderado”. Minha primeira peça de teatro foi “Blue Jeans” e a gente fazia a peça nu. Éramos 25 homens e tinham várias cenas de nudez. Foi minha primeira peça, então, nunca tive problema com meu corpo. Sempre gostei de me tratar bem, no sentido, de me cuidar: sempre fiz ginástica, fui esportista. A aparência do meu corpo é uma consequência dos meus atos. Eu não fazia isso pra ficar gostoso, eu fazia – e faço – porque eu me sinto bem. Me trato bem e isso reflete na aparência.

RG – Quando você começou a ver que estava ficando com os pelos do rosto, do peito, da barba grisalhos, como é que você lidou?

Marcos Pasquim – Eu não senti, na realidade. Na aparência, claro, a gente vai notando. Minha barba está toda branca. Meu último personagem na Globo em “O Tempo Não Para” tinha a barba branca e tenho zero problema com isso. Se pintar um personagem mais jovem, eu pinto, não tem problema. Tenho sorte de ter poucas rugas mesmo com 50 anos. Isso faz parte. Se a gente ficar jovem a vida toda, também, quem é que vai fazer os papéis de velho? É legal e interessante a gente fazer os papéis mais velhos. É ótimo, faz parte da minha carreira como ator.

RG – Falando sobre atuação, seu último papel na Globo foi em “O Tempo Não Para” e eu vi uma outra entrevista sua em que você disse que sentiu que seu personagem se perdeu. Você acha que foi uma novela ruim?

Marcos Pasquim – Não. Quem sou eu, um reles ator da obra para falar isso. Não sou eu quem tem que dar esse palpite. Só sinto que poderia ter se desenvolvido mais a história dos negros, a história do meu personagem, de outros atores também e o autor preferiu só fechar em um núcleo dos quatro protagonistas e ficou só naquilo. Num certo momento, que uma das atrizes sofreu um acidente em casa e teve que se afastar por um tempinho, ali ele se perdeu na história, me pareceu isso, e era onde meu personagem estava diretamente envolvido. O assunto da novela era fantástico, tudo aquilo das pessoas congeladas e não desenvolveu tudo que tinha que desenvolver. E, nessa, meu personagem acabou rodando.

RG – E falando um pouco de televisão, você já recebeu convite para trabalhar na Record?

Marcos Pasquim – Já, já sim. Já recebi. Mas eu nunca fiquei a fim. Me convidaram para fazer a novela de Jesus e Moíses. Já me convidaram umas 2, 3 vezes, mas eu estava em outros projetos e não pude fazer.

RG – Entendi. E você foi contratado pela Globo até 2015, né? De 2000 a 2015. E agora é aquele esquema por obra?

Marcos Pasquim – Isso, é contrato por obra. Eu e a maioria da galera.

Ensaio a distância de Marcos Pasquim exclusivo para RG feito pelo fotógrafo Vinícius Mochizuki (@viniciusmochizuki)

RG – Você prefere assim?

Marcos Pasquim – Eu gosto, sabia? Claro que é muito bom você ter contrato e não se preocupar com esse tipo de coisa, mas é bom também para nós. E, cara, esse é o modelo do mundo inteiro. Só a Globo fazia contrato de exclusividade. Isso é ótimo porque você pode fazer várias coisas. Quando eu estava com contrato de exclusividade, se eu fosse fazer qualquer coisa em qualquer outro canal, eu tinha que pedir permissão e, algumas vezes, essa permissão me foi negada.

RG – Como foram suas experiências no teatro, pensando que você começou ali?

Marcos Pasquim – São as melhores possíveis. Eu adoro. É no teatro que a gente aprende, no teatro que a gente testa, é lá que a gente se torna ator. É uma experiência fantástica. Para mim, como nos outros países, teatro tinha que ser matéria obrigatória na escola, mesmo quem não vai seguir a carreira porque o teatro ajuda não só as pessoas que querem seguir carreira artística. Estudando teatro você aprende várias coisas que pode querer levar para a vida. Teatro é escola, é isso.

RG – E quando você começou a produzir teatro? Faz pouco tempo?

Marcos Pasquim – Em 2000, eu cheguei a produzir uma peça com o André Matos e ficamos uns 4 anos com a peça. Foi em meados de 2006 e ficamos até 2009. Viajamos o Brasil todo. Nessa, eu produzia e atuava. Já nesta segunda peça que estou produzindo, eu sou só produtor porque o produtor saiu e eu entrei para continuar o trabalho. Chama-se “Casamento Feliz”.

RG – E essa primeira peça que você produziu e rodou o Brasil, você conseguiu ganhar dinheiro? Foi rentável?

Marcos Pasquim – Sim, ganhei dinheiro sim. Já fiz peça com 25 atores – que foi minha primeira peça na vida, que eu não ganhava quase nada. Fiz peça com várias quantidade de atores. Claro que, então, eu prefiro peças que tenham menos atores.

RG – Monólogos, duplas. Você pensa em fazer monólogos?

Marcos Pasquim – Não. Monólogos ainda não. Talvez mais velho, quem sabe. Agora, acho que não é a hora. Mas é muito gostoso fazer teatro, e a forma que eu mais me identifico e gosto são peças com dois atores. Vou estrear uma peça chamada “O Chefe”. É uma peça espanhola, que está fazendo muito sucesso. Conta a história de um chefe e um empregado. O chefe é petulante, ranzinza. Se passa no dia de Réveillon e os dois acabam ficando presos e passam a virada do ano juntos, e isso causa uma mudança na perspectiva dos dois. É bem interessante. Sou eu e João Lima, é um ator de teatro.

RG – E cinema você fez poucas coisas ao longo da sua carreira, né?

Marcos Pasquim – Sim, fiz pouca coisa. No último ano, eu fiz dois filmes. Neste ano, tenho programado mais dois filmes, assim que puder voltar a gravar, e gosto bastante de fazer cinema. Já até dirigi curtas-metragens. É uma delícia.

RG – Falando um pouco de antes de tudo isso, de onde veio sua veia artística? Teve influência familiar?

Marcos Pasquim – Não, não teve. Só eu sou artista na minha família. Eu era programador de computador. Já fiz monte de coisa na vida e trabalhava como modelo paralelamente a isso. Quando eu fiz 22 anos, eu larguei a computação e fui trabalhar só como modelo. Foi aí que eu tive a oportunidade de fazer um teste com texto. Eu sempre fui extrovertido, então me deram este teste para fazer e deu certo. Nem eu sabia que eu tinha essa veia, e eu virei para minha agência e pedi para eles me escalarem para testes com texto. Nisso, pintou o teste para a peça “Blue Jeans”. São Paulo inteiro foi fazer o teste e eu acabei passando em primeiro lugar. Quando eu me vi em cima do palco, foi ali que eu falei: “Acabou, é aqui. Me achei! É isso que eu quero pra mim”. Fiz a peça, depois fiz minha primeira novela, que foi “Cara e Coroa”, e aí eu fui estudar teatro mesmo.

RG – E você canta?

Marcos Pasquim – Eu acho que eu sou “afinadinho”. O preparador de elenco da última peça que eu fiz disse que eu canto, mas eu não tenho essa pretensão. Se precisar, eu solto a voz de leve, mas não é tudo isso.

RG – Falando de música, o que você gosta de ouvir?

Marcos Pasquim – Eu sou muito eclético. Eu gosto de música popular brasileira, gosto de tudo. Só não ouço de heavy metal pesado. Isso eu nunca consumi. Mas sou eclético. Gosto de canto gregoriano, gosto de funk, de pagode. Não tem algo que eu não ouça.

RG – Se vazasse um print do seu Spotify, o que você tem ouvido agora na quarentena?

Marcos Pasquim – Olha, eu acabei de assistir um seriado na Netflix que se chama “Peaky Blinders”. Se você prestar atenção na trilha sonora, é fantástica. Eu gostei muito e estou ouvindo muito. São vários cantores e bandas, mas fez muito sentido.

Ensaio a distância de Marcos Pasquim exclusivo para RG feito pelo fotógrafo Vinícius Mochizuki (@viniciusmochizuki)

RG – E você falou muito de cuidar do corpo e tudo mais, você fuma? Já usou drogas?

Marcos Pasquim – Ah, a gente experimenta. Já experimentei umas coisas aí. Não uso nada. Hoje em dia, eu parei. Há muito tempo, inclusive. Também eu nunca fui usuário frequente. Mas já usei sim. Hoje em dia, eu estou parando de fumar cigarro. Já parei uma vez de fumar cigarro, fiquei 3 anos sem fumar. Mas, infelizmente, voltei. Agora, com essa pandemia, está muito difícil de parar. Assim que acabar a pandemia, um objetivo já é parar de fumar. Eu tenho um método para parar de fumar: começo cada dia mais tarde a começar a fumar, e fumo 1 cigarro por hora. Antes da pandemia, naquele domingo, eu estava começando a fumar umas 20 horas. Aí começou a pandemia, e desandou. Voltei a fumar e começo umas 14 horas. Mas, assim que acabar, vou parar.

RG – E religião para você, como é? Você é bem religioso?

Marcos Pasquim – Eu sou espírita, sou umbandista. Agora, com a pandemia, todos os centros estão fechados – inclusive, o que eu frequento. Mas eu costumo ir uma, duas vezes por mês tomar um passe, conversar com a entidade, ver como andam as coisas no mundo espiritual, me proteger. É o que eu faço e acredito.

RG – Sua vida pessoal, tudo bem? Você está solteiro?

Marcos Pasquim – Estou solteiro, sim. Eu namorei até o ano passado. Me separei no Natal do ano passado, dois dias antes do Natal de 2019, e fiquei nessa. Eu prefiro usar minha vida social para me divertir. Na realidade, eu acho minha vida pessoal meio “normalzinha”, sabe? Não tem nada de interessante nela. Então, gosto de me divertir nas redes sociais. Por isso, uso mais elas para postar coisas engraçadas do que mostrar minha vida pessoal.

RG – E você já teve experiências homoafetivas?

Marcos Pasquim – Não, nunca tive. Não tenho problema algum, mas nunca tive.

RG – E para fechar o nosso papo, além desta peça que você estava ensaiando, o que mais você estava preparando para o ano?

Marcos Pasquim – Além desta peça, tinha um filme chamado “Tração”, que eu ia começar a filmar em maio. E tinha um outro filme chamado “Obscuro”, que íamos rodar em junho, mas agora está tudo meio parado. Quando voltar, já temos muito trabalho para fazer.

 

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