O videoclipe da música “Andaluz” faz parte do último álbum da artista Lia Paris, o “MultiVerso”, e é mais um trabalho independente em parceria com outros artistas em uma intersecção de visões e universos criativos, que fazem parte do conceito do álbum coproduzido por produtores musicais de diferentes vertentes e nacionalidades.
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“Andaluz” tem direção e fotografia do italiano Lorenzo Giglio e foi filmado pré-pandemia durante a turnê “MultiVerso”, que passou pela Califórnia no início deste ano. O vídeo traz imagens de Hot Springs, Hungtington Beach e Anahein. A concepção do vídeo. desenhada por Lia, pelo francês P.A Alain e por Giglio, foi criada a distância durante o início do ano mediante a inúmeras trocas de e-mails e vídeo chamadas.
A equipe se conheceu no dia da filmagem, e passaram dois dias viajando entre trocas de figurino, adaptações no roteiro entre as trilhas no deserto e as locações nas praias e na cidade.
O vídeo traz imagens que representam a ligação da artista nômade com os espíritos dos lugares por onde passou, em especial Andaluzia, inspiração da música. Em seus vídeos, Lia incorpora visualmente estas entidades locais, personificando suas características em versões híbridas entre misteriosos seres e parte de si mesma.
“Andaluz” foi escrita em homenagem à sensação familiar que sentiu com a região de Andaluzia por onde esteve em 2017 durante a turnê do seu trabalho “Lva Vermelha”, com o qual realizou diversas performances na Europa, entre elas sendo headliner do festival “Visual Brasil na Espanha”, com uma performance elaborada com o VJ Spetto.
O Trabalho de Lia sempre traz em sua poesia visual temáticas sobre a natureza e a necessidade urgente da evolução do ser humano para o equilíbrio com o meio ambiente, a personificação de deuses elementares da Terra e seus espíritos guardiões que ela evoca em imagens e letras.
“Agora mais do que nunca o ser humano precisa fazer esta conexão, se ver como parte e não como senhor da Terra e dos outros seres vivos e animais, estamos enfrentando uma pandemia que surgiu deste desequilíbrio desenfreado. Tempos piores virão se este grande passo evolutivo em direção ao respeito com o planeta não acontecer a tempo”, diz.
“Todas as vezes que mergulho em um novo trabalho, é como se eu estivesse apenas como um prisma, instrumento para verter sentimentos em imagem e som e mensagem. As músicas sempre me vêm com suas próprias cores e formas, e amo ver essas ideias ganharem outros caminhos quando realizadas em conjunto, por isso acho tão incrível trabalhar em parceria”, completa Lia.