Mariana Lima – Foto: Mauricio Fidalgo
Toda segunda, quarta, sexta e domingo, às 21h30, o Sesc São Paulo promove a transmissão de um monólogo interpretativo diferente, direto da casa dos artistas. Até agora, a série já soma mais de 74 mil visualizações nas 19 apresentações realizadas. Nomes importantes do teatro brasileiro como Celso Frateschi, Georgette Fadel, Sérgio Mamberti, Cacá Carvalho, Gero Camilo e Matheus Nachtergaele já passaram por aqui.
Abrindo o fim de semana, nesta sexta-feira (19.06), é a vez de assistir à adaptação do espetáculo-documentário “Contos Negreiros do Brasil”, do ator, diretor e articulador cultural Rodrigo França. Sob direção de Fernando Philbert, o espetáculo narra as dores, angústias, medos da população negra no Brasil, a partir de diferentes personagens – o negro gay, a idosa, a prostituta, o estudante – vítimas da desigualdade, da violência e da estereotipagem.
O texto é de Marcelino Freire. França iniciou sua carreira no teatro e no cinema em 1992 e no ano passado ganhou o Prêmio Shell, na categoria Inovação pelo “Coletivo Segunda Black”. Cientista social e filósofo, é ativista pelos direitos civis, sociais e políticos da população negra no Brasil.
Mariana lima – Foto: Fernando Young
No domingo (21.06), a atriz e produtora Mariana Lima encena, de sua autoria, a peça “SIM – Cérebro|Coração em conferência para a terra”. O monólogo adapta a estrutura dramatúrgica da peça “Cérebro Coração”, que estreou em 2018 e foi encenada mais de cem vezes em diversas cidades do País.
Assuntos como neurociência, memória, linguagem, cérebro e coração estão dispostos nos fragmentos e passagens escolhidos pela atriz e autora em parceria com os diretores Enrique Diaz e Renato Linhares, tendo como cenário o único lugar recomendável para este momento, a sua casa. O texto é o resultado de um longo processo criativo vivido por Mariana nos últimos sete anos.
Motivada pela leitura de “Em Busca do Tempo Perdido”, de Proust, e por uma série de acontecimentos pessoais, ela começou a pesquisar, improvisar e escrever sobre memória, linguagem e neurologia. A classificação indicativa é de 14 anos.