Ítalo Ferreira estreia programa no Canal OFF e sonha com documentário sobre vida e carreira

Campeão mundial do WSL em 2019, o maior campeonato mundial de surfe, Ítalo Ferreira abre sua casa, sua intimidade e seus amigos para o primeiro programa de quatro episódios que o brasileiro será o protagonista.

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“Parque do Ítalo” é uma produção do Canal OFF (Grupo Globo) em parceria com a Costa Blanca Films e foi gravado em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, cidade natal do esportista.

Para Ítalo, o programa será uma chance do público conhecer um pouco mais sobre a sua intimidade, que, muitos, conhecem apenas em cima de uma prancha dentro do mar. “Eu estava super feliz, no lugar que eu amo e com as pessoas que eu mais amo na vida. Foi a combinação perfeita. Fui me soltando, a galera me deixou a vontade”, contou em entrevista coletiva via Zoom.

Se engana quem pensa que o surfista ama câmeras: Ítalo afirma, mais de uma vez, que é um cara tímido, mas estar em casa, ao lado de pessoas queridas, fez ele se soltar. “Eu até brinquei com o pessoal: ‘Deixa a câmera ligada e me filma que eu sempre faço alguma coisa, alguma brincadeira'”, conta sobre o programa, que estreia no canal pago nesta quarta-feira (17.06) às 21:30.

Além desta estreia, Ítalo tem muito a conquistar ainda – segundo ele mesmo diz: ouro olímpico, mais campeonatos mundiais e outros títulos. Mesmo vendo um longo caminho pela frente, o esportista sonha em ter sua vida e carreira em um documentário.

“Sem dúvidas, em mais alguns anos, gostaria de um filme falando da minha vida, da minha carreira e das pessoas que estão ao meu redor e vivem comigo do meu talento – que é surfar”, completa.

Veja abaixo algumas respostas na íntegra, feitas durante a coletiva de imprensa via Zoom com o surfista Ítalo Ferreira para o Canal OFF.

Qual é a emoção de ter sua história contada pelo Canal OFF?

Quando vieram me oferecer o projeto, eu fiquei meio tímido porque eu nunca imaginei ter um programa e filmar a minha vida no dia a dia. “Vamos mostrar para a galera como você realmente é”, o Marcos, da minha equipe, chegou falando. Claro que eu já apareço muito nas minhas redes sociais, fazendo coisas engraçadas, mas nada comparado com isso. O projeto veio e resolvemos abraçar e fazer valer! O mais legal foi que foi no melhor momento da minha carreira, voltando de um título mundial. Eu estava super feliz, no lugar que eu amo e com as pessoas que eu mais amo na vida. Então, foi a combinação perfeita. Fui me soltando, a galera me deixou a vontade. Eu tinha que falar algumas vezes, outras não. Eu até brinquei com o pessoal: “Deixa a câmera ligada e me filma que eu sempre faço alguma coisa, alguma brincadeira”. Casou que deu tudo certo no final e realmente foi muito divertido com a galera.

Você chegou a pensar, um dia na sua vida, que você protagonizaria um programa em um canal de televisão?

Não. Eu era muito tímido, mas não sou mais. Depois disso [do programa no Canal OFF], a galera não vai perceber como eu era tímido. No início das gravações, foi muito legal porque estavam todos os meus amigos, meus pais, minha namorada e fui vivendo, como eu contei. Foi fluindo muito as coisas. Foi uma emoção incrível eu ver que eu poderia mostrar para as pessoas quem eu realmente sou, meu lado brincalhão, meu lado divertido de ser – que eu não sou com todo mundo. Fiquei mais solto, foi bom!

Um dos momentos mais reveladores do primeiro episódio é quando você apresenta seus amigos, um por um, para quem está te assistindo. Foi algo bem espontâneo, deu pra ver. Manter essa veia espontânea é bem importante para você, não só ser um campeão mundial, como um ídolo para as pessoas?

Eu tento ser. Eu acho que eu não mudei. Muitos dos meus amigos vem comigo desde a infância, outros chegaram na minha vida há alguns anos atrás. Não cresci com essas pessoas, mas elas me deram suporte incrível – principalmente para esta fase da minha vida. O Mocotó é uma destas pessoas. São pessoas que marcaram a minha vida, meus amigos de verdade. Essa galera eu tento não deixar que outras pessoas possam destruir esse relacionamento que temos porque a gente sabe que aparecem várias pessoas neste meio que a gente vive e separar quais pessoas querem realmente te ver bem, independente do momento, estarão ali para tudo. Acredito, então, que meus amigos são de verdade e são fiéis. Tenho uma galera muito boa comigo, eu acho.

Você se diz uma pessoa muito tímida, mas no primeiro episódio do programa [que assistimos], você está bem solto, extroverdido. Como é que você lida com a fama, com toda essa exposição na mídia, e até com os julgamentos da galera que nem te conhece?

Sobre as pessoas que não me conhecem, claro que podem ter pessoas que vão falar bem de você e que vão falar mal. Normal, temos que saber lidar. Eu não ligo muito. Tento respeitar as pessoas e as opiniões delas, respeitar o próximo. Cuidar dos meus e ser feliz. Esse é o ponto fundamental. Temos que viver e ser felizes com as pessoas certas, as que te fazem bem.

Depois do seu título mundial no circuito WSL em 2019, como está sua relação com Baía Formosa, sua cidade?

Ouvi uma galera falando que a Baía está mais famosa, uma galera tem ido lá pra ver a praia, a minha casa, vão até mim depois do título mundial. É legal isso, né? Como eu falei, eu tento agradar as pessoas e respeitar também. Tem sido incrível tudo isso. Um amigo meu acha que eu não consigo perceber ainda o impacto que eu trago para o município: que trago pessoas, renda, turismo. É demais, no fim de tudo.

Como você falou várias vezes hoje, você foi perdendo sua timidez com o passar das gravações, né? Você pensa em contar sua história em outro formato, quem sabe em um filme, talvez?

Tenho esse desejo sim. Minha equipe deve estar cuidando disso. Eu já coloquei na mesa que gostaria de ter um filme. Acredito que eu ainda tenha muita coisa para explorar e conquistar, se Deus quiser, se ele permitir – assim eu espero. Acho que um documentário cairia muito melhor na minha carreira por achar que tenho muito mais a viver e explorar ainda. Sem dúvidas, em mais alguns anos, gostaria de um filme falando da minha vida, da minha carreira e das pessoas que estão ao meu redor e vivem comigo do meu talento – que é surfar.