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Diretor de “Sergio”, Greg Barker quis destacar “forma de ver o mundo” de diplomata morto no Iraque

Ana de Armas e Wagner Moura protagonizam nova produção da Netflix (Foto: Roland Neveu/Divulgação)

Por André Aloi

“Sergio”, longa metragem que estreou esta semana na Netflix, é uma adaptação do documentário homônimo (HBO), de 2009, que tem à frente da direção o americano Greg Barker. Ele se baseou na biografia de Samantha Power para traçar as narrativas de ambos. Na nova trama, o foco central continua sendo o diplomata Sérgio Vieira de Mello, morto em 2003 em um ataque à sede das Nações Unidas no Iraque, com roteiro escrito de Craig Barton (Clube de Compras Dallas), e Wagner Moura no papel principal.

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Barker quis explorar um lado mais humano e relatar seu amor por Carolina Larriera (Ana de Armas), que à época era apenas noiva, mas em 2015 ganhou da Justiça brasileira o status de mulher do Alto Comissário da ONU. “A mensagem do filme é sobre empatia e sua forma honesta de ver o mundo”, explica o diretor por telefone ao RG. Ele diz que se envolveu com a história em 2005. Naquele período, Samantha Power ainda estava escrevendo a biografia do diplomata e Barker percebeu ali uma narrativa cinematográfica. Foi quando decidiu fazer o documentário, que agora também está disponível na Netflix para fazer companhia ao longa baseado em fatos reais.

Filme se aprofunda no relacionamento do diplomata com a, então, noiva (foto: Divulgação)

Para ele, Sérgio tinha uma luta interna muito interessante: seu desejo em mudar o mundo e uma vontade de ser autêntico e verdadeiro com os mais próximos. “Foi isso que pensei que seria melhor explorado através da narrativa no filme. Demorou muito tempo para ser feito. O Wagner ficou disponível e queria interpretar Sérgio. Depois de anos e anos de progresso lento, tudo aconteceu muito rapidamente.”

Barker estava interessado em apresentar Sérgio como uma pessoa por completo. O filme fala sobre sua incrível habilidade diplomática e vai além. “Da capacidade de fazer as coisas e se conectar com pessoas, desde (uma simples) mulher que trabalha em uma cabana de tecelagem”. Até mesmo grandes políticos, como o presidente americano George W. Bush. “Ele lutou com sua própria vida pessoal.”

Wagner Moura em cena comovente no papel de Sérgio Vieira de Mello, no longa (Foto: Divulgação)

CURIOSIDADE
O longa foi desbravar três Continentes com a produção. Claro que algumas cenas foram rodadas no Brasil e no Oriente Médio, como as cenas de Iraque, reproduzidas na Jordânia – próximo ao epicentro da guerra. “Ajuda o mundo a entender as lutas da região, o (conflito) que se passou nos últimos quinze anos.” Teve ainda trechos rodados na Tailândia e Camboja, onde se passam as cenas de Timor-Leste. Aparece Nova York, nos Estados Unidos”. Um filme da ONU, com uma equipe muito internacional”, pontua.

Wagner Moura em cena de ‘Sergio’, que foi filmado em três continentes – Foto: Karima Shehata/Divulgação

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