Jeremy Zucker lança album de estreia nesta sexta-feira (17.04) / Foto: Divulgação
Por André Aloi
Jeremy Zucker é do tipo “one man band” (banda de um homem só). Ele compõe e produz suas próprias músicas. Tão logo terminou a faculdade de Biologia Molecular, há cerca de dois anos, abandonou a possível carreira para seguir os passos na música. Passo delicado, mas assertivo. Nesta sexta-feira (17.04), ele lança seu álbum de estreia em uma grande gravadora, intitulado “love is not dying” (Universal Music).
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Zucker brinca que a parte do cérebro que usava para entender ciência, agora é útil para fazer música. “Ciência e medicina são muito lógicas, enquanto a música desperta o lado criativo. Dá pra ter um processo lógico na hora de produzir.” Mas, ele frisa: nada que leu nos livros da faculdade ou aprendeu em sala de aula dá pra aplicar ao novo trabalho. Segundo o cantor, a beleza da música é essa criatividade e liberdade que não teria no outro trabalho.
O cantor e produtor passou o último ano e meio focado no processo de composição do repertório, um auto-isolamento voluntário. “Músicas realmente especiais. Tem apenas 13 faixas, então (todas) significam muito”, defende. O álbum dá pra ouvir em uma tacada: dura meia hora. Segundo ele, há uma faixa que é um possível hit de quarentena, pois fala sobre encontrar os amigos (assim que possível, ele espera). Aliás, a primeira oportunidade que tiver ao terminar esse período será dar uma festa. “Pelo menos”, ri.
1 / 3Álbum fala sobre relacionamentos tóxicos e foi todo produzido por Zucker em sua casa em NY(Foto: Divulgação)
2 / 3Cantor terminou faculdade de biologia molecular para seguir na música(Foto: Divulgação)
3 / 3Cantor está enfrentando o distanciamento social em Nova York, onde mora(Foto: Divulgação)
RELACIONAMENTOS ABUSIVOS
No álbum, ele fala sobre cortar relações com pessoas da sua vida. Mas não do jeito que a gente está se adaptando nessa quarentena, treinando o distanciamento social. “Escrevi sobre um tipo de gente específico (tóxico), pois não quero essa energia na minha vida. Não me arrependi, foi uma decisão acertada e sem volta”, comenta. “Componho sobre meu estado mental e outras 60 coisas que acontecem comigo, experiências e emoções.” Entre os sonhos, está o de uma parceria com os veteranos do The 1975. Quem sabe?
O GRAMMY VEM?
Entre as músicas, o lead single “not ur friend” foi uma composição assinada pelo time de Max Martin, famoso produtor sueco, multi vencedor de Grammy por trabalhos que vão de Katy Perry a Taylor Swift. Ele explica que o trabalho foi menos intimidador do que o esperado. “Houve um acampamento em Los Angeles, onde pudemos ter acesso a compositores e produtores. Escrevemos em uma dessas sessões, trouxe o material para casa e produzi sozinho”, gaba-se. “Todo o restante fui só eu. No máximo, trouxe um amigo para me ajudar a finalizar uma composição ou coisa do tipo.”
DISTANCIAMENTO SOCIAL
Ele mora no Brooklyn, em New York (EUA), onde passa o período de distanciamento social. Só sai para comprar comida e aproveita para se exercitar, como correr até o mercado, Sempre de máscara. “Eu e meu roommate (também) tentamos fazer exercícios em casa.”
BRASIL
Vir ao Brasil, depois que a pandemia da covid-19 acabar, está entre os planos. “Está na minha lista”, garante. Antes de se despedir, agradece aos fãs brasileiros: “obrigado pelo apoio. Vejo os comentários e as mensagens diretas. Posso dizer que vou ao Brasil assim que puder. Valeu por me ouvirem e darem seu apoio. Espero que gostem do álbum”, despede-se. Ele está louco para poder tocar esse álbum ao vivo, agora é uma questão para saber quando isso será possível, já que sua turnê, que começaria no fim do mês, foi adiada.