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“Vivemos a era de ouro do conteúdo digital, está todo mundo online”, afirma Camila Coutinho

Empresária desde o dia um que se tornou influenciadora, Camila Coutinho ficou conhecida na internet pelo seu blog, o Garotas Estúpidas. Mas, de boba, ela não tem é nada. Sua presença digital com mais de 2,5 milhões (só no pessoal) criou ramificações e hoje seu site de entretenimento soma outro 1,2 milhão de seguidores. Recentemente, foi uma das pioneiras a promover um festival multicultural remoto no Brasil, com artistas fazendo lives pelo Instagram, cada um de seu lar doce lar (inspirado no português #EuFicoEmCasa).

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“A gente está vivendo a era de ouro do conteúdo digital porque está todo mundo online. Se você manda um direct (mensagem privada) para a Rihanna, existe a possibilidade de ela ler. Concorda? Eu penso assim”, conta por telefone ao Site RG. “Estou aproveitando para trabalhar minhas marcas institucionalmente e fazer publis (publieditorial) de maneira cirúrgica, de produtos que tenham a ver com esse contexto”, avalia.

Ela aproveitou esse momento de pandemia do Covid-19 (popularmente conhecido como o novo coronavírus) para mandar uma direct para Anitta e a convidou para falar sobre empreendedorismo. “Mandei um: Anitta? Ela: oi! Ela respondeu (ao convite), falou bora e pronto”, comenta. “As pessoas estão disponíveis”, recorda, dizendo que mandou algumas mensagens para amigos com o convite do festival e eles toparam. “Foi uma combinação de criatividade e curadoria, mas de botar a ideia em prática rápido”, diz ela, cujas atrações do Festival GE, contou com show de Silva, aula de Bela Gil e apresentação de Mônica Martelli.

Antes da recomendação do auto-isolamento, Camila resolveu ir para Recife, sua terra natal. “Não fiquei um dia sem fazer nada”, contou ela na entrevista. Mas, no Instagram, logo depois saiu dessa pilha e se permitiu não fazer nada. “Principal missão é cuidar da cabeça. A gente vai fazer o que as autoridades estão pedindo: ficar em casa, com responsabilidade”.

Além disso, Camila Coutinho tem uma estratégia para não ficar alheia e, ao mesmo tempo, não pirar:  “vejo o jornal de noite, mas mantendo minha sanidade. Porque tudo meu depende disso. A nossa cabeça é a única coisa que a gente domina 100%”, pontua.

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ROTINA DE EXERCÍCIOS
“Dentro da minha rotina, academia e exercício físico é crucial, seja no dia a dia normal, seja agora em quarentena. Desde o primeiro dia, dei um jeito de fazer. Peguei uns produtos de limpeza e fiz eles de peso. Fiz meu treino todo com elástico e esses pesos (improvisados)”.

PUBLIPOST, PODE?
“Não é tudo que se pode promover a venda. Eu mesma diminuí, por vontade própria, meus publis. E estou raciocinando cada um”, explica. “É momento de oscilação porque as marcas – com toda a razão – estão reconsiderando.É hora de estar mais sensível”.

GRANDES MARCAS
“Quem tem caixa, vale reforçar o institucional, os valores e ter atitudes que vão ser lembradas agora e no futuro. Vai marcar a humanidade. O consumidor, eu acredito, lá na frente ele vai falar: caraca, olha a cerveja que, naquela época, fez isso ou aquilo”.

PEQUENAS MARCAS
“A moda está sofrendo muito, pois não é um produto de primeira necessidade. Mas tem outras indústrias a se promover: alimento, bem-estar, fitness e vão ter outras que vão voltar logo em seguida, depois desse pesadelo. Como as indústrias do Turismo e Entretenimento.”

ESCRITÓRIO OU HOME OFFICE
“A gente ia entrar em escritório agora. Por incrível que pareça, uma semana antes (de decretarem a pandemia), tinha negociado e eu suspendi. Mas, na volta, vai entrar nesse esquema. Existe grande diferença entre home office quando escolhe e obrigatória.”

ALGUÉM FALOU SIESTA?
“O ser humano só quer o que ele não pode ter. Antes era: quero trabalhar de casa e tirar um cochilo à tarde. Agora, você é obrigado a fazer isso e não quer nem tirar a soneca mais. Você quer ir para a rua”, pontua.

MOTIVAÇÃO
“É fácil cair a produtividade nesse sentido. O que dá pra fazer é inventar coisas, projetos que deixem a equipe orgulhosa e feliz. Uma coisa puxa a outra”, pontua.

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