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RG já viu: 4ª parte de ‘La Casa de Papel’ estreia na Netflix com surpresas, aventura e tom mais agressivo

Professor encerrou a terceira temporada, acreditando na morte de seu amor, Lisboa

[ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS]

Você deve se lembrar da adrenalina em torno da última cena da terceira parte de “La Casa de Papel”, que estreou na Netflix em 2019. O desespero para descobrir como o Professor (Sergio Marquina, interpretado por Álvaro Morte), controlando o assalto à distância, fará com que seu bando – vestido de macacão vermelho e máscaras de Dalí – escapará do Banco da Espanha ganha uma nova oportunidade, nesta sexta (03.04), na plataforma de streaming.

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RG assistiu aos cinco primeiros episódios da quarta parte da trama, quando o grupo enfrenta contratempos, como a intermitente liderança de Palermo (Rodrigo de La Serna) e a falta de comunicação entre o grupo. Pontas soltas que voltam para assombrá-los e dão um novo ritmo à série. Atual, o roteiro ainda aborda violência e abusos, e levanta questões de gênero, como protagonismo feminino – ainda que de forma tímida.

Como dissemos, o “fechar dos olhos” para intrigas e lapsos de atos anteriores faz com que eles tenham um novo percalço (maior até do que a própria Polícia) e o caos é instaurado. Esta nova surpresa – longe de ser agradável – faz com que a trama ganhe fôlego e dá um tom mais pesado e agressivo aos episódios. Daqueles de querer esmurrar o sofá de tamanha a imbecilidade e ingenuidade do bando, que já está no seu segundo assalto. Vale lembrar!

Outros questionamentos vêm à baila, por assim dizer: você seguiria seu plano como arquitetado ou defenderia sua família? Pois é… O jeito que a história é contada – sempre recorrendo às vivências do passado (Berlim, interpretado por Pedro Alonso, sempre aparece), lembranças e porquês de cada ato – ganha ainda mais força nesses novos episódios. E eles são importantes para o espectador entender o real motivo de cada ação. Mas, se uma coisa nova a gente aprendeu com o professor é que o tempo é o inimigo deles, não a Polícia.

Sierra interroga Lisboa

DESCOBERTAS
Nos primeiros episódios, você descobrirá os motivos pelos quais Alicia Sierra (Najwa Nimri) é uma grávida sem escrúpulos. A relação Denver (Jaime Lorente) e Estocolmo (a ex-secretária Monica, que virou a casaca, interpretada por Esther Acebo) se desgasta, fazendo o clima esquentar e o diálogos melodramáticos correrem solto. Por falar em Arturito (Enrique Arce), nada contra. Apenas ranço. Aqui, ele revela uma face mais boçal e obscura. Se ainda não tinha motivos para não gostar dele, agora terá convicção. Outra coisa que podemos dizer é que a relação de Tóquio (Úrsula Corberó) e Rio (Miguel Herrán) está estremecida. E Helsinki (Darko Peric) é um personagem crucial para reunir o grupo depois do que aconteceu com Nairóbi (Alba Flores).

INIMIGOS DO FIM?
Se o plano para recuperar Rio estava rumo ao sucesso, cada cena a gente vibra, seja por momentos de felicidade, ou se enfurece com goals do adversário. A pergunta que sempre fica: como vão sair do banco e cheios de ouro? A sede por um desfecho próximo nos inebria e faz com que os episódios iniciais sejam devorados. Que os restantes tenham o mesmo ritmo ou frustração será nosso lema até 2021 (ou 2022, caso haja atraso nas produções de séries por causa da pandemia de Covid-19). Preparados para mais duas partes? Rumores indicam as partes 5 e 6.

PARA RECORDAR
Nas ruas, o povo estava do lado dos assaltantes e, pelas ruas de Madri, o professor era tido como revolucionário contra o sistema após chuva de dinheiro na capital espanhola. Pontos que precisam ser relembrados: o professor acredita que seu amor, Lisboa (a antiga inspetora Raquel Murillo, vivida por Itziar Ituño), havia sido executado em uma captura da Polícia. Nairóbi levou um tiro e estava entre a vida e a morte. A Polícia ia invadir o Banco da Espanha quando o grupo mandou um lança-chamas contra um tanque blindado. Depois disso, tudo estará por um fio.

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