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Pedro Novaes conta que “Malhação” foi intenso e especial: “Aprendi muita coisa”

Foto: Divulgação/Carol Beiriz

O ator e bateirista Pedro Novaes vai assistir ao último capítulo de “Malhação: Toda forma de amar” – que vai ao ar nesta sexta-feira (03.04), no sítio da família, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Para ele, esse trabalho foi muito especial e de intenso. “Aprendi muita coisa com esse trabalho. Eu não fazia a menor ideia do que eu tava fazendo, mas eu estava 100% ali”, contou, em papo exclusivo ao RG.

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Pedro tem 23 anos e é filho dos atores Letícia Spiller e Marcelo Novaes. Além da carreira de ator, o carioca também tem uma banda chamada Fuze, que é composta pelo irmão, Diogo, o primo Felipe Novaes e o amigo Guilherme Fonseca, e já tocaram em grandes festivais, como o João Rock (SP).

Nesta temporada de Malhação, ele foi filho de Lígia Pinheiro, vivido por Paloma Duarte, e Joaquim Henriques, interpretado por Joaquim Lopes. Dando vida ao seu primeiro personagem fixo na televisão brasileira, Pedro Novaes diz que a troca que teve com a dupla foi sinistra, principalmente com Paloma.

“Obrigado por essa perguntar sobre Joaquim Lopes e Paloma Duarte porque foi um aprendizado sinistro, tanto de se divertir em cena (eles se divertem tanto) quanto aprender. Eu gravei mais com a Paloma do que com o Joca, e ela foi realmente minha mãe”, diz Novaes, contando que eles tem se falado até após Malhação. “Ela está muito emotiva com o fim ainda”.

Além de Pedro, quem também protagonizou esta temporada de Malhação foi a atriz paulista Alanis Gullen, de 21 anos, que deu vida a Rita. Os jovens atores foram um casal durante a trama e muita gente na internet apoiava que o casal Rita e Filipe dessem certo na vida real.

Sobre isso, Novaes conta que nunca rolou nada fora de cena, que eles são muito amigos, mas que se jogaram nos personagens e até beijavam de língua para passar maior realidade ao casal. “Dei muita sorte de ter feito esse trabalho com a Alanis. A disponibilidade que a gente tinha um pro outro: brincava, dançava em cena. Criamos uma parceria muito forte. A gente beijava de língua mesmo! Queria nem saber”, contou, rindo.

Veja abaixo o papo na íntegra com o ator e músico Pedro Novaes, que viveu Filipe em “Malhação: Toda forma de amar”.

RG – Como está sendo sua rotina? Vi um vídeo que no começo não estava botando fé na quarentena. E agora, como está sendo sua rotina? Sossegou?

Foi só no primeiro fim de semana anterior a quarentena que eu sai. Eu ainda não tinha notado. É algo que você não pega de cara, né? De repente, BOOM! Precisei entender o que estava acontecendo no mundo, e acho que muitas pessoas tiveram essa consciência disso. Foi logo nessa semana que virou essa chave para as pessoas e para mim. Passaram dois dias daquele vídeo que eu fiz e eu fui embora do Rio. Subi aqui para a serra e estou aqui desde então. Minha rotina, graças a Deus, tem sido boa. Tenho privilégio de não estar enfiado dentro de um apartamento. Estou aqui conectado com a natureza, mais isolado. Corro todo dia, olho para o céu, para a natureza. Tenho mandado muitos pensamentos positivos para toda essa situação do coronavírus no mundo. Espero que as pessoas tenham mais empatia, mais respeito umas com as outras, e dar valor a vida.

Como você separa seu dia? Quem mais te acompanha nessa quarentena? E onde você resolveu passar a quarentena?

Eu tomo café e tento produzir algo. Estou com o projeto de uma banda chamada Banda Fuze. Tô em isolamento com o meu irmão e meu primo, e os dois são da banda comigo. O Guilherme, que é o quarto integrante, está a uma hora daqui – também na serra – e então a gente consegue ir, buscar ele, produzir e levar ele de volta. A gente está compondo muito, fazendo planejamento de trabalho para lançar coisas, e eu passo mais tempo junto com o meu pai. Temos feito várias reformas, saímos de moto para fazer trilha. A gente trouxe todo nosso estúdio do Rio para cá, junto com todos os equipamentos e conseguimos tocar, fazer um som. A noite, vejo série, paro para ver o Big Brother.

Apesar de você já ter participado de “Sol Nascente”. Foi em “Malhação – Toda Forma de Amar” que você fez a estreia com um personagem fixo. O que mais aprendeu com o Filipe?

Aprendi muita coisa com esse trabalho. Eu não fazia a menor ideia do que eu tava fazendo, mas eu estava 100% ali. No começo, eu já até falei isso em outras entrevistas que, quando eu soube que eu seria par com a Alanis, a gente se olhou e se perguntou se a gente já tinha feito aquilo e os dois responderam que não, mas falamos: “Vambora, meu irmão! Vamos se divertir, rir e chorar juntos!” E foi assim com todo mundo, com o elenco inteiro. Eu passei por um processo profissional como ator bem bizarro, de saber se divertir em cena – até em cenas tristes. Acho que o fato de fazer um personagem tão longo, com um processo fixo num período tão grande, a vantagem disso tudo é evoluir como ator, evoluir em cena, se entregar. De você saber o jeito mais fácil de estudar. Eu sinto que eu não sei nada ainda. Eu gosto de falar isso: eu não sei nada. Sei algumas coisas, eu sabia o que eu estava fazendo, mas, ao mesmo tempo, eu sei que eu tenho muito para evoluir ainda. Gosto de pensar desse jeito porque você sempre tem mais para aprender. Muitas amizades lá dentro! A equipe do Projac era a maior resenha maneira. Todo mundo se respeitava, dava a mão mesmo. Quase nada de briga ou discussão – e eu estou falando de um período longo de 1 ano e 6 meses convivendo com pessoas que você nunca viu na vida. Foi tudo muito tranquilo!

Você era um fã do ship “Rilipe”? Torceu para os dois ficarem juntos no final da trama?

Claro, né! Era tudo que os dois mais queriam. Rita e Filipe queriam muito. Eu torcia muito por “Rilipe”, mas eu adorava que eles tinham um problema. O Filipe botava uma coisa na cabeça dele e era aquilo. Eu gostava quando eles tinham desavença, mas era sempre com muito amor, era surreal. Brigavam se amando!

Rolou um affair entre você e a Alanis Guillen em algum momento? (risos)

A gente está sempre zuando com isso. Muita gente perguntou! Não rolou nada entre a gente. Já bastava o que a gente se pegava lá em cena. Eu e Alanis rolou uma parada muito intensa desde o início, como eu falei. Eu dei muita sorte de ter feito esse trabalho com a Alanis. A disponibilidade que a gente tinha um pro outro, a gente brincava, dançava em cena. Criamos uma parceria muito forte. A gente beijava de língua mesmo! Queria nem saber! Queria passar isso pro público e pensamos que beijar de língua era o que ia passar mais verdade. Tava beijando loucamente já mesmo, melhor fazer pra ser do melhor jeito. Tudo tem seu respeito, cada ator decide. Mas foi algo decidido entre a gente! Mais uma parceria. Viramos uma dupla, se encontrava todo dia, saia junto, saia com a galera. Agora ela voltou para São Paulo, vamos ver como vai ser!

Além de contracenar com a Alanis Guillen, você atuou com Paloma Duarte e Joaquim Lopes. Como foi essa troca pra ti? Aprendeu muito? Saíram amigos?

Obrigado por essa perguntar sobre Joaquim Lopes e Paloma Duarte porque foi um aprendizado sinistro, tanto de se divertir em cena (eles se divertem tanto) quanto aprender. Eu gravei mais com a Paloma do que com o Joca, e ela foi realmente minha mãe. Acabou Malhação, e eu mandei mensagem pra ela pra gente se ligar e ela falou que não consegue ainda porque senão ia chorar. Isso é uma das características dela, ela é muito inteira, muito dedicada. Eu olhava ela no set e eu dizia que não podia fazer menos que aquilo. Tinha que ser aquilo para mais. Ela me inspirou muito, demais. Ela me botava em uns locais de cena. A relação que a gente criou foi de mãe e filho real. Gravamos muito juntos, passávamos muitas horas juntos. Ela foi realmente minha mãe naquele lugar. Não só para mim, mas para muita gente. Você pegava para conversar com ela e ia além. Muito carinho que a gente tinha um pelo outro. Tínhamos uma intimidade surreal. E eu queria agradecer Paloma Duarte. Obrigado pelos dois!

Quais são seus planos pós-novela? Tinha alguma viagem marcada?

Eu queria muito viajar com a minha mãe pós-Malhação, mas com tudo isso do coronavírus, vamos deixar para depois. Meus planos pós-Malhação é Banda Fuze total, 100%. Estou totalmente focado nisso, estamos produzindo e gravando na quarentena. Está nos planos lançar uma música neste período. Tudo se encaminhando!

Já tem algum outro personagem encaminhado?

Não tenho nenhum outro personagem encaminhado. Durante a novela, eu fiz uma participação em um filme. Se chama “A Cerca”. Foi muito bom, fiz o meu pai mais novo. Ele fazia um vilão então foi muito legal. No meio do bonzinho do Felipe fazer um vilão. Não sei data de lançamento, mas deve ser em breve!

E se tivesse que atuar com seus pais, encararia de boa?

Acho que sim. Eu já fiz um curta com a minha mãe, quando eu era bem mais novo. Estava me sentindo muito seguro, estava em casa por estar com a minha mãe. Isso trazia conforto, segurança. Eu nunca atuei com meu pai. Acho que ia ser divertido, sabia? Ia ser muito engraçado, íamos curtir muito. Te falar que uma vez a minha mãe foi no set de Malhação e foi no começo ainda, eu ia fazer uma cena com a Paloma no estúdio. Antes de entrar em cena, eu vi que ela chegou. Minha mão começou a suar frio. O primeiro take foi uma bosta, pedi pra voltar e ela saiu do estúdio e eu consegui fazer. Doido, né? Mas acho que atuar juntos seria uma boa, ela assistir me deu um pouco de nervoso por tudo que ela é, por ser um ícone da dramaturgia brasileira, assim como meu pai.

Quem são suas referências musicais? O que tem no seu Spotify e ouve todo dia?

Eu escuto de tudo assim. Tim Maia, Ed Mota, Mac Miller, Bob Marley – nunca sai da minha playlit assim como Red Hot Chilli Pepper, Lagum, Natiruts. Eu escuto também tudo o que a galera está fazendo agora para saber o que está rolando, saber o que o público está gostando.

Tem algum artista que seria um sonho gravar uma collab ou feat.?

Eu queria muito gravar uma música com a Cynthia Luz. Queria muito! Eu escuto muito! Com Lagum, já até falei com o Pedro. Seria incrível!

Tem alguma coisa que você não come? Alguma restrição alimentar?

Não tenho, sabia? Como de tudo! Comigo não tem essa não. Como qualquer coisa. É alimento, a gente está botando para dentro.

Quem é o Pedro em casa, que não aparece nas redes sociais?

Eu sou um cara hiperativo, eu estou toda hora querendo fazer alguma coisa, não consigo ficar parado. Preciso me ocupar, ocupar minha mente. Não é nem algo para fugir do meu próprio eu. Porque eu acho que o que as pessoas mais fogem de fazer é lutar com seu próprio eu. Só que isso é a parada mais maneira, estou lidando comigo mesmo, e estou sempre bem. Sempre muito leve, eu gosto de levar a vida assim. Tô olhando agora para um pé de laranja e já é genial. Não preciso estar numa lancha, saca? Gosto de ouvir música, ouvir um som, assistir filmes, séries. Vida leve, gosto de trabalhar, de produzir, gosto de estar ativo. Sacou? É isso!

 

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