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Nicolas Prattes se despede de “Éramos Seis”: “importante sermos conscientes de nossas responsabilidades”

Foto: Vinicius Mochizuki

Por André Aloi

A reta final de “Éramos Seis”, na Globo, foi de pura emoção para o personagem de Nicolas Prattes. O ator se despede do Alfredo nesta sexta-feira (27.03), quando a novela – assinada por Angela Machado e dirigida por Carlos Araújo – chega ao fim com uma das melhores audiências na faixa das seis da tarde.

Devido ao avanço do Covid-19, a partir de segunda (30.03), ao invés da inédita “Nos Tempos do Imperador” a emissora reexibirá “Novo Mundo”.”Estou aproveitando esse momento para descansar já que, durante as gravações, quase não foi possível”, conta o ator. Como a ordem é ficar em casa, viajar não está nos planos.

“Acho importante sermos conscientes de nossas responsabilidades diante da necessidade de contenção do (novo) coronavírus”, explica. Prattes se diz satisfeito com a repercussão do personagem e contracenar com com veteranos do naipe de Glória Pires e Cássio Gabus Mendes. “Trabalho lindo, com troca generosa e intensa.”

O boa pinta tem um gosto musical eclético. Em seu player, toca de tudo: do rock ao funk. “Sem críticas”, como gosta de taxar: “Gosto de Eminem, Jay-Z, Ella Fitzgerald, Whitney Houston, Guns N’ Roses… Minha trilha sonora é uma mistura boa”. Carioca da gema, já morou em São Paulo por conta de trabalho, mas não pensa em mudar para a megalópole. “Gosto muito da cidade e de como tudo funciona, mas meu coração mora no Rio.”

Na entrevista, o jovem ator de 22 anos fala sobre próximos trabalhos, incluindo um filme em inglês (produzido por ele e pelo também ator João Côrtes), um sonho de infância, abre o jogo sobre astrologia (ele é um taurino de 4 de maio) e o que gosta de fazer nos dias de folga com a namorada, Bruna Blaschek. Juntos há pouco mais de seis meses, será que casamento e filhos estão nos planos? Veja o papo, abaixo.

Quem foram os atores/atrizes que você sai da novela como amigo?
“Éramos Seis” é uma família. Reencontrei parceiros de outros trabalhos (Danilo Mesquita, por exemplo, meu “irmão”), contracenei com veteranos, com quem aprendi muito, e também com atores tão jovens quanto eu, todos dedicados e bons colegas. Foi um trabalho lindo, com uma troca generosa e intensa.

Qual foi a melhor lição que tirou dessa novela e do personagem?
Por mais difícil que a vida seja, não podemos perder o entusiasmo. É preciso seguir com fé e energia positiva, encarando todos os desafios que vierem.

De trabalho, tem mais alguma coisa programada para o ano?
Ano passado, antes de começar a novela, viajei para Nova York para estudar. Durante a minha estada por lá, o Diego Freitas, diretor de “O Segredo de Davi”, me convidou para gravar um curta chamado “Flush”. O filme, produzido por mim e pelo João Côrtes, foi todo rodado em inglês (há outra versão em português também). Lançaremos o projeto, ainda este ano, em alguns festivais de cinema pelo mundo.

Você fez o filme “O Segredo de Davi”, lançado no ano passado. Tem algum que gravou e deve estrear?
Há algumas sondagens, mas não posso dar “spoiler” (risos). Me limito a dizer que, se tudo der certo, será um ano bem movimentado.

Quem é o Nicolas em casa, que não aparece nas redes sociais?
Sou tranquilo, gosto de ficar em casa com a família, vendo filmes e inventando receitas. Também gosto de ler e ouvir música deitado na rede. É o meu lugar de relaxamento.

Você acredita em signos? Acha que sua personalidade bate com seu signo? 
Acredito em horóscopo, sim. Me impressiona ver que algumas características sobre determinados signos coincidem com as personalidades das pessoas. Como bom taurino, por exemplo, eu adoro comer! (Risos)

Como você descreveria o Nicolas da música? Toca algum instrumento ou sua carreira musical é só teatro? 
Não vivo sem música. Além de terapêutico, ouvir canções costuma me ajudar na construção de personagens. Comecei a tocar violão para viver o Zac, em Rock Story, e, até hoje, me aventuro com o instrumento. A paixão pela música vai além do trabalho e dos personagens musicais que interpretei.

Tem alguma coisa que você não come?
Como de tudo, mas, quando estou trabalhando, costumo ser mais regrado, evitando frituras, doces e exageros alimentares. Como sou apaixonado por esportes, quando passo um pouco do ponto, recupero intensificando a rotina de exercícios.

Qual é a peça que não sai do seu guarda-roupa? O que mais gosta de vestir?
No dia a dia uso jeans, bermudas e camisetas básicas. No inverno, gosto muito de jaquetas. Aliás, as peças da estação são as minhas preferidas.

Qual livro leu e mudou sua vida?
O mais recente foi “O poder do Hábito”. O livro fala de um tema simples, mas só parei para pensar como o nossos hábitos repetidos afetam o nosso cotidiano quando terminei de ler.

Você se vê trabalhando como diretor?
Acho importante entender um pouco do trabalho de cada profissional que me cerca, mas, por enquanto, quero apenas atuar e me desenvolver no que me propus a fazer.

Você tem algum sonho?
Sonho em continuar vivendo da minha profissão, ativo, e sendo convidado para interpretar personagens que me desafiem.

Se não fosse ator, seria…
Jogador de futebol. É um sonho de criança.

O que você e a Bruna Blaschek gostam de fazer em um dia de folga?
Somos apaixonados pela natureza. Quando é possível, é onde gostamos de estar.

Sei que são super jovens. Mas há conversas de casamento, filhos etc.?
Nos preocupamos em viver o momento, o presente. Ainda temos muito pela frente.

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