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MIS recebe arte e ativismo ambiental de Thiago Cóstackz

De 9 a 18 de março, o MIS (Museu da Imagem e do Som) recebe obras do artista e ativista ambiental Thiago Cóstackz, que lança o livro “Tupiland goes to Greenland”, em edição bilíngue; o documentário “A Terra de Frente”; e 25 obras entre instalações, esculturas, fotografias e músicas, como parte do projeto “S.O.S Terra“.

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Idealizado por Cóstackz há 12 anos, o “S.O.S Terra” é uma ambiciosa iniciativa, que entrelaça arte multimídia e ações ambientais, já realizadas em três continentes, com mais de 100 mil quilômetros percorridos pelo artista e sua equipe em grandes cidades e lugares ameaçados ao redor do planeta. O resultado são trabalhos ousados, inovadores e sustentáveis, que se utilizam de diversas linguagens artísticas para expressar urgências de um tempo.

Com 107 páginas, edição bilíngue, capa dura e impresso de forma sustentável, o livro “Tupiland goes to Greenland” teve lançamento prévio no final do ano em instituições americanas, como a Universidade de Columbia e a Universidade de Nova York. Agora, será distribuído ao público durante o lançamento até o final da exposição no MIS. Por meio de imagens, poesias e textos científicos, a obra relata a mais recente expedição do “S.O.S Terra” realizada à Groenlândia e Amazônia, e reflete sobre a atual situação do planeta. O projeto gráfico foi feito pelas Irmãs de Criação.

Além da troca cultural promovida por Cóstackz, que levou em suas performances elementos da Amazônia para o Ártico e vice-versa, o título do livro se refere ao fato da devastação ambiental ignorar fronteiras, como as queimadas na Amazônia, por exemplo, afetando até mesmo o degelo e o escurecimento da Grande Capa da Groenlândia, a segunda maior massa de gelo da terra. O livro também estará disponível para download gratuito em www.costackz.com/sosterra.

Já o documentário “A Terra de Frente”, dirigido pelo multiartista, com uma hora de duração, traz imagens de locais em risco por mudanças climáticas, na Islândia, Groenlândia e Amazônia brasileira, e o processo de montagem das instalações e performances realizadas por Cóstackz nestas regiões. O filme intercala ainda entrevistas com cientistas brasileiros e europeus, além de participações da líder indígena Sônia Guajajara, da ativista Céline Cousteau, e o pajé Bire Huni Kuin, da etnia Kaxinawa, do Acre. A trilha sonora é assinada pelo duo musical C2H, que Cóstackz integra com o músico islandês Hjörvar
Hjörleifsson. A montagem e a finalização foram feitas pela agência Younik. O filme ficará em cartaz no MIS até 18 de março.

Na exposição, o artista funde elementos pop e míticos em um conjunto de fotografias, instalações e esculturas. Entre os destaques estão a peculiar escultura “Cactus on Ice”, feita em acrílico translúcido reciclável; “Trash Coral”, esculturas minimalistas de porcelana, que alertam para o lixo plástico nos oceanos e para o branqueamento e morte dos corais; e a escultura de aço reutilizado, “Silver Bird”. “Mas a mais polêmica talvez seja “Made in Brazil 2019”, que alude diretamente aos tempos bélicos e de autoextermínio que vivemos hoje”, afirma Cóstackz.

Em fotografia, são cerca de 15 imagens entre paisagens, trabalhos de body art e performances de Cóstackz, como “The Great Tupi Mother on Ice”, quando realizou uma dança performática sobre um iceberg no oceano Glacial Ártico; ou em visita a uma tribo Tuiúca, na Floresta Amazônica, executando uma dança cerimonial com os índios da aldeia (performance “The Great Artic Mother in Amazon”). Outros destaques são “Jaguar in Arctic”, “Plastic” e “Morte no Mar Negro”.

MIS – Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo.

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