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Simone Spoladore vê final feliz para Clotilde, sua personagem em “Éramos Seis”

Por Ligia Kas

A atriz Simone Spoladore nunca trabalhou com outra coisa senão com a arte de atuar, desde seus 16 anos. Chegou a cursar seis meses de cinema, mas não concluiu porque sua agenda já a chamava para estar presente no representar. Muito ativa no cinema, são 35 filmes em seu currículo, ela está de volta à Globo com a personagem Clotilde, da trama das 18h, “Éramos Seis”, na qual interpreta uma mulher que vive um romance mal resolvido do passado e que reencontra nos dias atuais da novela.

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Com um interpretação forte e intensa, Simone conquistou o público com Clotilde, e recebe a torcida para que ela se dê bem. “Estou muito contente com a Clotilde! O que, a princípio poderia ser visto como um estereótipo, se tornou uma personagem complexa e cheia de nuances”, diz.

Atualmente em um relacionamento sério com Vanni, com quem está há três anos e mora, ela não tem planos de ser mãe, mas diz que isso pode mudar. A ideia do momento é trabalhar e produzir cada vez mais, algo que flui de dentro de sua alma e que ela externa na maneira como vive. Ela contou ao RG sobre sua carreira e dia a dia, como seu prazer em dançar e nadar.  Leia a seguir entrevista com a atriz:

Como avalia essa sua volta à TV Globo com um papel tão relevante como a Clotilde?
Estou muito contente com a Clotilde! O que, a princípio poderia ser visto como um estereótipo, se tornou uma personagem complexa e cheia de nuances.

Como criou a personagem?
Um pouco antes de ser convidada para fazer a Clotilde, eu tinha assistido a um filme do cineasta japonês Yasujiro Ozu chamado “Late Spring”. Nele, o pai tem que convencer a filha a se casar. Apesar disso, Noriko, a filha, vive o próprio sacrifício com leveza e alegria. Esse foi o meu ponto de partida para começar a imaginar a minha personagem em “Éramos Seis”. Para mim, no início, a Clotilde era plena e muito alegre com a vida que levava. Ela não se preocupava em ter interesse por alguém. Apesar disso, com a chegada do Almeida, houve um despertar das suas necessidades e desejos mais profundos. Ela diz não (por causa da própria rigidez moral), mas é por puro medo de perder o controle. No fundo, acho que ela tem medo de sentir porque sente tudo muito intensamente.

Vc vê um final feliz para ela?
Sim, a Clotilde vai ter uma final feliz.

No tempo em que ficou longe da TV você fez vários filmes, conte um pouco sobre esse período e sobre seus trabalhos.
Tenho trabalhado muito desde que fiz “Lavoura Arcaica”, meu primeiro longa. São 35 filmes até então. Tive o privilégio de trabalhar com diretores de diferentes linguagens e contar histórias muito diversas – o que me deu uma grande experiência para estar à frente de uma câmera. O “Livros dos Prazeres”, da diretora Marcela Lordyc, e “Aos Pedaços”, do mestre Ruy Guerra, serão lançados ainda neste ano.

Vc tem planos de fazer teatro e cinema em um futuro próximo? Se sim, o que pretende fazer? Já tem personagens em andamento?
No momento, estou só planejando minhas férias e um período de estudo.

O que tem lido?
“Mulheres que correm com os Lobos”, da Clarissa Pinkola Estés.

Como cuida da beleza?
Tudo começa de dentro para fora. A beleza é também o reflexo do que  você come, lê, escuta, como você alimenta sua relação com o mundo e com você mesma.

É ligada em moda, que marcas você curte?
Descobri que gosto mais de moda do que pensava. Gosto muito da estilista Ângela Brito!

Que cuidados toma com o corpo? Malha, dança, faz pilates, o que gosta de fazer?
Amo dançar e nadar!

Tem alguma coisa que não come?
Evito glúten e lactose porque sou intolerante.

Está apaixonada, namorando? Pode contar um pouco pra gente?
Estou namorando o Vanni há três anos. Moramos juntos em Londres e estamos muito felizes.

Tem planos de ser mãe? Se sim, para quando seria?
Ainda não, mas acho que isso ainda pode mudar.

Com vc vê esse momento em que vivemos tantas restrições à cultura e à arte, em que alguns governantes acham dispensável a arte como forma de educação e comunicação?
Se os governantes são contra a arte e a cultura é porque são ferramentas muito profundas de transformação. A arte não morre nunca. Nós vamos continuar!

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