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Estrela de “Para Todos os Garotos”, Noah Centineo diz que personagem “roubou” jeito que resolve problemas

foto: imdb/divulgação

O mês de fevereiro foi bem especial para os adolescentes do mundo todo, especialmente aos do Brasil. No último dia 12, a Netflix liberou o segundo filme de uma de suas maiores franquias. “Para Todos Os Garotos P.S.: Ainda Amo Você” dá continuidade a história de amor entre dois adolescentes americanos: Lara Jean, vivida pela atriz Lana Condor, e Peter Kavinsky, interpretado pelo galã Noah Centineo.

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Os dois estiveram no Brasil para o festival Tudum, que aconteceu na Bienal, em São Paulo, e buscava divulgar novidades que estão por vir na plataforma de streaming mais famosa do mundo. Depois de toda a comoção do público presente para ver os dois astros, eles receberam alguns jornalistas para um bate papo sobre o filme, carreira e muito mais no hotel que estavam.

Ao RG, Noah contou detalhes sobre como foi dividir o protagonismo do filme com Jordan Fischer, que viveu John Ambrose na sequência, e falou muito sobre o terceiro filme, que foi gravado junto com o segundo filme e ainda vem por aí, sem data de lançamento prevista.

Além disso, o astro da Netflix disse também que Peter Kavinsky roubou dele diversos jeitos e soluções sobre como lidar com inúmeros problemas. “Algumas das manias dele, o jeito que ele resolve e lida com problemas com diálogo e conversa. É algo que eu faço. Tem muito dele que faz parte de mim. Eu desejo que ele se lembre de mim porque ele é muito eu”, brincou.

Fora isso, Centineo contou ainda como escolhe os filmes que integra o elenco e falou sobre os próximos passos de sua carreira. Veja o papo na íntegra abaixo.

RG: Como foi dividir o protagonismo neste segundo filme com John Ambrose? Você teve uma preparação especial?

Noah Centineo: Foi muito bom voltar a Vancouver para gravar. Viramos uma família e, principalmente, foi muito legal gravar com John Ambrose porque crescemos juntos fazendo teste para filmes e produções em Los Angeles. Ele é profissional, eu sentia que era sempre com muito respeito todas as cenas que gravamos juntos. Foi muito divertido. Ele é muito talentoso. Ele foi muito bem, passou muito amor para o John Ambrose. Acho que ficou muito bom, do jeito que eu imaginava ele.

Neste segundo filme, Lara Jean enxerga Peter Kansinky de uma forma muito mais humana e passível de erros. Você acha isso também?

Sim, sem dúvida. Acho que agora ela enxerga ele de uma forma muito mais humana. Penso que uma relação entre duas pessoas não é mais para se passar sobre algo sozinho, é para seguir em frente se ajudando. É muito importante.

Você sente que você “roubou” algo do Peter para sua vida pessoal?

Eu acho que Peter roubou muitas coisas de mim. Sério! Acho que foi isso. Algumas das manias dele, o jeito que ele resolve e lida com problemas com diálogo e conversa. É algo que eu faço. Tem muito dele que faz parte de mim. Eu desejo que ele se lembre de mim porque ele é muito eu! Hahah

O que você acha que fez com que as pessoas gostassem tanto de Peter e Lara Jean?

Eu acho que as pessoas se sentem bem e gostam do que sentem quando veem Peter e Lara Jean juntos. Eu acho que Peter e Lara Jean representam paixão. Representam porto seguro, proteção no primeiro filme. Já no segundo filme, eles representam perseverança e ousadia, por enfrentarem seus problemas juntos, darem a cara a tapa até acharem uma solução juntos. Acho que também as pessoas enxergam um sentimento de união, que eles nunca se abandonam. As pessoas se sentem bem. E elas gostam de se sentir bem.

Você acha que Peter e Lara Jean são um casal possível? Real?

Completamente, sem dúvida. Eu acho. Se as pessoas quiserem, elas vão achar um romance igual!

Porque as pessoas ficam tão enlouquecidas com o filme?

Eu acho que as pessoas se sentem bem. No dia a dia de cada um, as pessoas já veem tantas coisas ruins, principalmente agora com as redes sociais. Todo mundo fala sobre o corona vírus, sobre economia, sobre coisas que dão medo. As pessoas se automedicam tanto, os números de depressivos na América é tão alto. Então, eu acho que estamos em um período triste e que dá medo e as pessoas querem fugir disso, se entreter e se sentir bem.

Você imaginava que seria um sucesso tão grande no Brasil?

Nossa, nunca. A gente não sabia que seria sucesso nos Estados Unidos. A gente gravou o primeiro filme como independente e nem sabia onde seria distribuído. Aí o Netflix comprou os direitos antes do Netflix ser gigantesco. Mas depois disso, o Netflix fez ele ser gigantesco. Quando estávamos gravando o segundo filme, chegaram a me falar que ele seria um sucesso e um dos maiores projetos da Netflix e eu disse: “OK, vamos! Eu acredito!”

E teremos um terceiro filme?

Sim, teremos um terceiro filme. Já até gravamos! Já está pronto. Não sei se será lançado esse ano ou ano que vem. Só sei e posso dizer que teremos um terceiro filme. Se vai ter um “encontro”? Eu não Sei! [risadas]

Um dos grandes dramas do segundo filme é que ele não conseguiu escrever uma carta para a Lara Jean. Você acha que no terceiro filme isso será possível? Você acha que ele vai conseguir?

Eu não acho que ele seja bom em escrever cartas. Lara Jean que é boa nisso!

E você tem uma cena favorita do segundo filme?

Sem dúvida, tenho sim. Eu gosto muito quando Peter e Lara Jean estão na casa na árvore. Eu gosto do conflito, da atuação. Foi divertido gravar! Foi bom gravar lá porque foi uma cena que fizemos todos juntos, estavam todos ali que tem alguma conexão com a história. Conseguíamos nos ver, todos nós seis durante quase dois dias gravando essa sequência. Foi muito divertido!

Todos os filmes foram gravados juntos, porque você está visualmente igual no primeiro e no segundo?

Nós gravamos o segundo e o terceiro juntos e o primeiro separado. Teve uma lacuna de uns 8 meses entre isso tudo. Peter tem cabelo, né? [Noah tira a toca neste momento e mostra sua cabeça raspada, dando risadas]. Acho também que tem uma diferença no meu corpo entre o segundo e o terceiro filme. Eu estava treinando bem firme e estava maior nesse período. Vocês vão ver essa diferença bastante no terceiro filme.

O que guia sua carreira? Porque você costuma fazer bastante filmes, né? Você prefere fazer a séries?

Foi um tempo perfeito na minha vida estar no elenco de “The Fosters”, mas eu prefiro fazer filmes. Foram três anos vivendo o mesmo personagem. Isso é bom, mas, pessoalmente, eu não gosto de interpretar o mesmo personagem por tanto tempo. Em “Para todos os garotos”, a gente gravou por volta de 6 semanas seguidas para cada filme e isso eu acho o tempo perfeito para a imersão dentro do personagem. Não vou dizer que nunca faria séries, eu amo mini-séries. Aquelas de 8 episódios, por exemplo, que você grava tudo em umas 10 semanas. Aí você dá uma pausa e depois grava.

Eu sempre penso que eu não posso dar um “sim” apenas pelo dinheiro. Mesmo no segundo e no terceiro filme, foi preciso que nos contassem a história toda com propriedade para que a gente acreditasse na história. Saber da história antes de aceitar é muito importante. Já falei “não” para várias coisas e é estranho porque você vai para o teste, crente que vem algo bom por aí e esperançoso sobre o dinheiro e carreira – porque a gente precisa disso também – e, às vezes, não sai como planejamos. Antes, anos atrás, eu falava sim para 80% das propostas que chegavam até mim e, agora, eu falo sim somente para o que os roteiros e para os trabalhos que eu acredito. E eu sinto que os próximos passos da minha carreira são muito críticos porque eu preciso provar a mim mesmo. Eu tive a sorte de protagonizar um filme como “Para Todos os Garotos”, que foi sucesso de audiência, mas não significa que os próximos que eu fizer também serão. Mesmo que não tenha sucesso, que eles sejam respeitados. Então, são decisões muito importantes para o próximo ano.

 

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