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“É a volta dos que não foram”, debocha Aretuza Lovi sobre ‘comeback’

Por André Aloi

Aretuza Lovi debocha sobre os haters que falaram que ela foi deixada no churrasco (meme que remete ao esquecimento), uma vez que em 2019 ela lançou apenas “Geladinho” (em fevereiro). Quase um ano depois, a drag queen lança a novíssima “I Love You Corote”, que marca seu comeback e dá pontapé em nova fase, que precede um EP – a ser lançado em duas partes. “É a volta dos que não foram”, brinca em entrevista por telefone à RG.

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A faixa de forró – com um pé na música eletrônica – foi produzida pelo coletivo Dogz (Pablo Bispo, Ruxell e Sérgio Santos) e divulgada nesta sexta-feira (24.01) junto com clipe. “O fato de a gente não lançar nada, não quer dizer que a gente parou de trabalhar. Trabalhei bastante”, defende-se, falando que estudou mais para entender seu universo e quais seriam os próximos passos da carreira. “As pessoas acham que a gente tem que lançar o que elas querem. E estava sentindo falta de lançar o que gosto, parte da minha verdade”, reforça.

A faixa foi composta pela artista em parceria com a estreante baiana Keveny. “Muito talentosa, ela é uma mulher trans. Então, essa verdade da diversidade é o que eu vivo. A gente está em uma família de muito amor”, comenta. Quem também assina a produção e direção junto ao Dogz é o Noize Men, também da Bahia. Ela diz que se esses comentários fossem há cinco anos, ela ficaria chateada. “De 100 mil comentários, tiver um negativo, a gente se apega às críticas e eu aprendi a não me apegar mais a isso”, explica. “Me apego às pessoas que querem meu bem”.

“Eu gosto muito de cerveja. Não é pela divulgação da música (que fala da bebida-hit do Carnaval do ano passado), mas eu gosto de bebida doce”, enumera. Ela gosta bastante de vinho, mas viciou em corote (seu favorito é o de pêssego) até para ter certeza da mensagem que queria passar com a faixa. “Só faço coisas que eu gosto, acredito, como dos produtos que faço campanha. Corote não foi intencional falar de marca, mas fiz porque é uma bebida que está na boca de todo mundo. Eu gostei, tomei. É povão, é Carnaval, é bloco, ficar louca e tirar a roupa“, ri.

O fato de a nova música ser um forró não é por acaso. Nascida na terra do sertanejo (Goiás), a cantora morou em estados do Norte e Nordeste, como Pará, Tocantins, Pernambuco e Bahia. “Trabalhei em bandas de forró, é uma forma de me realizar profissionalmente (cantando nesse estilo), homenagear e agradecer esses estados que me inspiraram tanto”, finaliza ela, que se diz uma enciclopédia do gênero musical.

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