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“Concentrando para ser o show da vida”, diz Lagum, que abre para Shawn Mendes no Brasil

Por André Aloi

Os mineiros do Lagum vão fazer o show de abertura de Shawn Mendes, nesta sexta-feira e sábado (dias 29 e 30.11), em São Paulo, e, na próxima terça (03.12), no Rio de Janeiro. A banda está redimensionando seu show para amplificar o som e ficar mais conhecida do grande público, no Allianz Parque e na Arena Jeunesse. “Estamos concentrando tudo o que a gente tem nesses 30 minutos para ser o melhor show da vida”, afirma o vocalista Pedro Calais.

Em entrevista ao RG, o grupo conta que tem novo projeto para o início de 2020, mas faz mistério sobre possíveis parcerias. “Por nós, a gente faria música com cada artista brasileiro. Mas, como isso não vai ser possível – nem até o fim da carreira  -, acho que seria um sonho realizar algo com a Iza“, sonha. Eles se reuniram com a cantora, em agosto, em um show no Mineirão – na programação do festival Sarará.

Pedro afirma que, quando recebeu a notícia tinha acabado de acordar e não entendeu muito bem o buzz, só caiu na real quando os fãs fizeram desse o assunto mais comentado do Twitter. “Vi que conhecia quase tudo (da discografia) porque tocava no rádio e na TV”, comemora. “A gente ainda não trocou ideia. Espero que a gente tenha esse momento. É muito legal ter essa troca de ideias e energia”. 

O grupo – composto também por Jorge (guitarra), Glauco Borges (guitarra), Chicão Jardim (baixo) e Tio Wilson (bateria) – continua morando em Belo Horizonte, com membros de outras cidades, como Contagem e Brumadinho, e faz pop com uma pegada de humor. “Como a banda é um projeto muito espontâneo,  isso se tornou uma identidade, seja nas redes sociais ou nos clipes”, pontua. Leia íntegra:

Vocês lançaram o álbum de “Coisas da Geração” no meio do ano. Vocês têm algum lançamento próximo?
A gente fez vários lançamentos antes do álbum sair. A gente teve como single: “Detesto Despedidas”, “Chegou de Manso” e “Oi”, que foi o mais recente. De maneira bem sutil, a gente fez alguns trabalhos ao vivo, como “Reggae Bom”, que trabalhou de maneira tímida na TV e redes sociais. Mas tá na hora de um single inédito. (…) A gente já está trabalhando pra coisa nova. Logo de cara, quando 2020 começar, a gente vai começar nosso próximo trabalho, que não tem muito o que falar, mas tá vindo.

Teve alguma situação ou momento que falaram: opa, agora deu certo? A música aconteceu pra gente e o sucesso chegou?
Isso vai acontecendo, esses momentos vão acontecendo. A gente fala que, pra nós, nunca foi um ‘passão’ de uma vez. “Deixa” foi um grande passo, mas as coisas geralmente vão acontecendo aos poucos., A cada dia a gente vai vendo que vai crescendo crescendo e se consolidando. O sucesso é uma parada que vem sendo construída, não aconteceu ou vai acontecer. Tá acontecendo, saca? Vai acontecendo.

O jeito mais fácil de se comunicar com os fãs são as redes sociais. Você já se sentiu pressionado ou sentiu que algo que postou deu brecha para comentários invasivos?
Tenho tentado me resguardar um pouco, não falar tudo o que penso, não postar a minha vida inteira. Não por ser invasivo, mas acaba se acostumando e dá a vida para as pessoas e viver em função daquilo. Tenho evitado bastante de me ver nessas situações. Eu pondero muito o que estou mostrando da minha vida e a frequência. Acaba que não tenho nada a esconder. Se pudesse viver em um ‘Big Brother’, viveria filmando. F…. Acho que eu sou o que eu mostro e mostro o que sou. Não é questão disso, mas é estar focado na vida real.

Você lembra onde estava quando recebeu a notícia que abririam para o Shawn? Você já gostava dele?
Eu recebi a notícia na cama, tinha acabado de acordar e a produtora dele me mandou uma mensagem, pedindo pra ligar. Não entendi nada e liguei. Aí as conversas foram para os nossos empresários, não entendi direito. quando vi já tinha anunciado, a galera tava falando disso, virou assunto mais comentado do Twitter, foi a maior loucura. Não tava muito por dentro da discografia dele, conhecida as paradas que estavam que tocavam na rádio, sabia o que era mais ou menos. Mas quando entrei no Spotify dele, vi que conhecia quase tudo porque tocava na rádio e na TV.

Vocês trocaram ideia em algum momento? Terão algum momento com ele? De repente, tempo para uma colaboração?
A gente ainda não trocou ideia, não. Só com a produção dele. Espero que a gente tenha esse momento, sim. Quando os artistas estão juntos, principalmente tocando juntos, é muito legal ter essa troca de ideias e energia. A gente tem muito aprender com o que ele já fez. Então, pra gente vai ser muito legal. De collab, só se fosse uma colaboração relâmpago, ali no camarim, de dez minutos. As coisas vão surgindo naturalmente.

O que prepararam para os shows de abertura do Shawn Mendes?
A gente tá readequando nosso show para um tempo mais curto. Nos apresentamos, em média, em 1h10. Mas, para esses shows, teremos um pouquinho mais curto: 30 minutos. A gente vai selecionar os maiores sucessos da banda pra fazer acontecer esse show, que está sendo baita oportunidade para gente, para um número de público que a gente nunca tocou antes. Estamos concentrando tudo o que a gente tem nesses 30 minutos para ser o melhor show da vida.

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