A partir do dia 5 de outubro, sábado, às 19h, a Galeria Crua ocupa a CZO Art Space, no Cartel 011. A galeria do artista paraibano Gen Duarte apresenta, além de suas obras, as de mais quatro artistas – Isa,Tikka Meszaros, Burge e Guiga – todos com inspirações na arte urbana e grafite. A exposição é gratuita.
As obras de Duarte são um diálogo entre o estúdio e a cidade, baseada no choque entre a geometria e o orgânico, carregadas de padrões ritmo e dinamismo. Seu trabalho já foi exposto em outros países como Argentina, Inglaterra e Estados Unidos.
A artista e grafiteira Tikka começou a fazer grafite em 2002 e logo se identificou com a possibilidade de interagir com o cotidiano das pessoas inserindo um universo mágico em seus caminhos. Seus personagens, a maioria femininos, misturam doçura e serenidade em um contexto lúdico, quase infantil. Recentemente, após a maternidade, a artista iniciou uma mudança em seu trabalho, buscando outras formas de falar o tanto que há para dizer e os torna mais provocativos.
O paulistano Menezes, conhecido também como Burge, de 39 anos, teve a influência da pichação em suas primeiras pinturas, em 1996, na região central de São Paulo. O artista criou suas próprias letras, com formas orgânicas, e que já expressavam além de uma simples palavra. Assim, surgiram seus desenhos abstratos com uma composição de cores e, principalmente, traços muito originais e expressivos. Suas pinturas e esculturas traduzem o desafio particular do autoconhecimento, abordando temas que se conflitam, mas ao mesmo tempo se completam.
O artista Guiga, nascido em São Paulo, iniciou seus trabalhos com referências ao universo da pichação, muito forte na década de 90. Logo depois, teve contato com o grafite, dando também inspirações da atmosfera das ruas. Mas foi em 2014 que Guiga começou a expor seu trabalho em galerias com trabalhos inspirados nas suas origens desenvolvidos em ladrilhos, porta de aço, pastilhas, tijolos e lambes mostrando seu olhar sobre todos os cenários de São Paulo.
Paulista, Ise teve seu primeiro contato com universo do grafite em 1992, e, desde então, nunca mais deixou de pintar e interferir nas ruas de São Paulo e do mundo. Sua arte está impregnada de influência da grande metrópole e do caos urbano. Hoje, o artista vem trazendo uma linguagem que mistura sua realidade na metrópole e seu amor pela natureza, que remete sua infância, onde passou uma boa parte dela brincando e tendo contato com animais e plantas.
Cartel 011 – R. Artur de Azevedo, 517, Pinheiros, São Paulo. Entrada gratuita.