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Laz Alonso conta sobre ser o ponto de equilíbrio em “The Boys”

Miriam Spritzer

Laz Alonso ficou conhecido na televisão americana por coestrelar a série “Mysteries of Laura” junto a Debra Messing, onde os dois eram detetives em Nova York. Na nova série da Amazon Prime Video, “The Boys“, Alonso segue sua luta contra o mal na cidade, mas em um formato bem diferente. A série traz uma nova perspectiva para o estilo, os heróis são os vilões da história. 

“The Boys” conta a história de um grupo de pessoas normais que ao serem vítimas de crimes cometidos pelos super-heróis corruptos, se juntam a fim de buscar justiça ou vingança contra eles. Alonso interpreta Mother’s Milk, o ponto de equilíbrio e bom-senso do grupo, que mesmo assim entra nas mais diversas confusões.

Em Nova York conversamos com Alonso para saber como foi participar da produção que já é um grande sucesso de audiência. 

Quem é o seu personagem? Como você apresentaria ele?

Mother’s Milk é o nome, já diz tudo. Ele não é um dos super-heróis da série, ele é um dos meninos. E o trabalho dele é evitar que o grupo “The Boys” se autodestrua completamente. Ele é um dos maiores caras do grupo, ele é grande fisicamente. Mas na verdade seu superpoder é o cérebro. Ele é um pensador e impede que os outros enlouqueçam no meio de tanta bagunça e tensão. Então sou tipo a mãe do grupo. 

Isso é meio fora do comum. É divertido interpretar alguém assim?

Eu acho que o mais legal de fazer esta série foi o desafio de encontrar esse equilíbrio entre tensão e comédia. Porque mesmo que as coisas estão muito ruins, ou tudo está dando errado, a gente ainda tem que dar uma forma de humor. E a vida real é assim, eu acho. Mesmo nos seus piores momentos, acontecem coisas as vezes tão bizarras que você pensa “ninguém poderia inventar uma coisa destas”. Eu acho que esses momentos são os mais legais de trabalhar e explorar como ator.

O conceito da série é o contrário do que se espera do tema de super-heróis. Qual foi a sua reação quando teve o seu primeiro contato com a série? 

Eu tinha acabado de terminar “Mysteries of Laura” e podia ser mais seletivo no que iria trabalhar, foi a primeira vez que pude recusar alguns projetos que não achava interessante. Eu queria trabalhar em coisas que tivessem algum comentário social, com mais substância. Aí me chamaram para o teste e eu fui estudar os quadrinhos e vi que coisas que Garth Ennis tinha escrito há 15 anos estavam acontecendo hoje. No formato de sátira, mas ainda assim, políticos e celebridades que tem poder ilimitado e as pessoas que os endeusam. Foi isso que me atraiu na série. 

Imagino que você deve ter brincado de super-herói quando pequeno, ou sonhado em interpretar algum quando decidiu ser ator. Como é hoje estar trabalhando neste tipo de produção onde você tem personagens com os figurinos, cenas de ação, superpoderes?

No meu caso, como eu sou um dos meninos, então não tenho superpoderes e meu figurino é formado por camisetas e jeans. E isso foi sorte, porque fazia muito calor quando gravamos, e as roupas dos heróis eram mais pesadas. Acho até que o Anthony Starr, que interpreta Homelander, tinha um sistema de ar-condicionado na roupa. Para nós, tem mais cenas de ação tradicionais, do estilo de filme de ação mesmo. E é muito divertido, porque os nossos personagens se viram com o que eles conseguem para derrubar os sups, como chamamos na série.

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