Arthur Berges faz parte da nova geração do teatro que quer ir muito além das adaptações. Após uma temporada de sucesso em “Se Essa Lua Fosse Minha” e em “Aparecida – o Musical”, o ator, de 29 anos, tem pela frente um dos seus maiores desafios: protagonizar “Escola do Rock”, adaptação brasileira da Broadway, e que conta com um elenco de mais de 40 atores. Berges vai dar vida à Dewey Finn, papel de Jack Black na versão cinematográfica do musical. “Apesar de a história ter um grande pano para comédia, ela também possui uma curva dramática muito forte, e nisso vou me aprofundar bastante, me diferenciando um pouco da versão cinematográfica”, explica.
O musical possui texto original de Julian Fellowes, letras de Glenn Slater, versões assinadas por Mariana Elizabetsky e Victor Mületahler, direção original de Laurence Connor, direção geral de Mariano Detry, direção associada de Floriano Nogueira, direção musical de Daniel Rocha e coreografias de Philip Thomas. O teatro Santander, em São Paulo, será o local para a encenação da peça, cuja estreia está programada para o dia 15 de agosto e com vendas já iniciadas no site ingresso.com
Para compor o personagem Dewey Finn, Berges se muniu de referências próprias aliadas às técnicas vocais que aprendeu ao longo dos onze anos de experiência no teatro musical. “O Rock sempre esteve presente na minha rotina. Com 14 anos montei uma banda com alguns amigos e tocamos até 2014. Tínhamos referências que iam desde Rolling Stones até AC/DC. Aproveitei essa experiência, junto com tudo o que aprendi de canto nos outros musicais que participei, para a construção do personagem nesse novo projeto”, detalha.
Além do teatro autoral, ele também reconhece a importância dos projetos da Broadway e adaptações de peças estrangeiras: “A Broadway tem um papel muito importante. Ela está fazendo as pessoas saírem de casa e irem ao teatro. Quando acaba um espetáculo, seja ele original ou adaptado de um texto estrangeiro, a sensação é de estar rejuvenescido por 10 anos, tamanho o processo de renovação interior que ocorre, ao apreciar projetos teatrais”.